Eu tenho uma relação antiga e intensa com a barba. Desde os tempos em que eu... nem tinha barba! Minha mãe sempre relembra, nos encontros de família, que eu gostava, quando fedelho era, de mexer nas coisas de gente grande, entre elas o barbeador elétrico e o Maverick GT azul do meu pai (é claro que, neste caso, eu só me sentava diante do volante -prometo foto!).
Naquela época de nenhum pêlo, especialmente na cara, eu pensava que seria lindo ter barba! Não que eu seria lindo com barba, isso não... Apenas que seria legal eu ter barba. Então tentava cultivar os pêlos, mas nunca funcionou. Teve um tempo em que eu pensava que barba era sinônimo de personalidade: um cara com barba, do jeito que ele queria, do jeito que ele desenhava, só podia ser um cara de muita personalidade...!
Hoje eu tenho barba e já tive em situações delicadas por conta dela. Tenho barba e às vezes não tenho mais. Hoje eu descobri que barba é, em muitos casos (como no meu) nada mais que pura falta de tempo de fazê-la. Ou de falta de "tempo" para ir até o supermercado para comprar a única lâmina que se adapta à haste que se tem, e cujo par sai por dezessete reais.
Fico com a barba. É mais barato.
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