Para que serve uma relação?
Martha Medeiros (*)
"Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.
"Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso.
"Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e bonita a seu modo. Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.
"Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro quando o cobertor cair.
"Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois".
(*) achei o verdadeiro autor. O texto acima é um trecho daqui
Baseado em fatos reais...
Diretamente de 31.78/35.22, mais conhecida como Jerusalém, escrevo para quem quiser ler - um pouco da vida e do dia-a-dia de um sujeito perdido em Israel.
29.5.03
Apelo
A Camila precisa de ajuda. Ela está atrás, DESESPERADAMENTE, do livro No mundo da ficção científica do Asimov. "Preciso dele pra ontem, digamos". O livro está esgotado e ela não consegue achar em sebo nenhum. "Alguém pelamordedeus tem esse bicho pra emprestar/ doar/ vender/ alugar/ outra possibilidade?"
Nona
Minha avó já está melhor, graças a D-s.
A Camila precisa de ajuda. Ela está atrás, DESESPERADAMENTE, do livro No mundo da ficção científica do Asimov. "Preciso dele pra ontem, digamos". O livro está esgotado e ela não consegue achar em sebo nenhum. "Alguém pelamordedeus tem esse bicho pra emprestar/ doar/ vender/ alugar/ outra possibilidade?"
Nona
Minha avó já está melhor, graças a D-s.
28.5.03
Preocupado
Minha mãe tinha uma amiga, quando eu era criança, que odiava receber telefonemas. Ela achava que só viriam más notícias pela linha... Hoje o meu celular tocou, há pouco. Estou na faculdade. Era a minha mãe. Disse que a minha avó foi internada, de novo. Eu estou tentando descobrir para onde ela foi, mas meu pai está sem celular e na casa dele ninguém sabe. D-s permita que ela fique bem.
Minha mãe tinha uma amiga, quando eu era criança, que odiava receber telefonemas. Ela achava que só viriam más notícias pela linha... Hoje o meu celular tocou, há pouco. Estou na faculdade. Era a minha mãe. Disse que a minha avó foi internada, de novo. Eu estou tentando descobrir para onde ela foi, mas meu pai está sem celular e na casa dele ninguém sabe. D-s permita que ela fique bem.
Despedida?
Queria que esse texto, que eu li aqui, fosse meu. Na verdade, eu, como ele, percebi que o blog é mesmo uma porta. Por aqui conheci gente com quem eu nunca teria a oportunidade de cruzar na vida real. E que agora, posso chamar de amigos.
Mas é mais que isso, na verdade. Tenho notado (e é claro que o blog nada tem a ver com isso) que tenho um humor refinado, que faz as pessoas rirem, mesmo. Tenho, por alguma razão, a capacidade que nunca tive de conquistar as pessoas, de cativá-las, de fazer e manter verdadeiras amizades. Outro dia de papo pro ar na faculdade, percebi como o bom da vida está nos amigos, nas risadas, nas gozações...
Bom, o texto do sujeito não é meu e eu não vou me despedir do 23ª idade. Nem dos meus poucos e fiéis leitores. Mas eu preciso de verdade fazer algumas das coisas que ele sugere lá, como responder alguns emails antigos, resgatar amigos e costumes, otimizar meu sono, trabalhar a vaidade de outro jeito, escolher melhor os textos que quero escrever ou registrar no tempo. Queria poder transformar isso em mais do que palavras soltas em um blog...
9 é o meu número. por isso queria que a soma dos algarismo de 27/05/03 desse 9, de alguma forma. ou que fossem 9 meses, 999 posts, 999 dias, 99 semanas, 9 histórias de amor, 81 (9x9) textos inesquecíveis, 9 novas formas de [vi]ver a vida, qualquer coisa assim, mas sinto que são apenas 9 minutos até eu terminar de escrever o último post deste blog.
estaria mentindo se dissesse que está tudo bem, que só quero mais tempo e menos vitrine, ou se usasse qualquer subterfúgio para disfarçar o incômodo dos últimos dias. cansei, simplesmente. cansei dos outros e das convenções. cansei de querer ser lido, cansei de quererem me ler. volto ao caderninho debaixo do travesseiro e à caneta. vou aproveitar para responder alguns e-mails antigos, resgatar amigos e costumes, otimizar meu sono, trabalhar a vaidade de outro jeito, escolher melhor os textos que quero escrever ou registrar no tempo.
é bom demais descobrir pessoas através de blogs – encontrei muita confluência, fiz amigos. dei e recebi carinho, isso vale a experiência. me aprendi, também: enfrentei medos, liberei rancores, declarei verdades que nem sempre acharam espaço fora do blog, entendi (uma parte das) minhas fraquezas e pude ver o que tem de melhor e pior em mim – não que eu tenha lidado com isso sempre da forma mais produtiva, mas me foi dada a chance. eu me dei as chances, e essa constatação é um presente por que agradeço muito.
sem mais delongas, que está na hora de almoçar. carpe diem, certo?
9 beijos, então, para as novas pessoas que entraram na minha vida por esta porta. obrigado por me acompanharem, pelas broncas, pelo respeito, pela torcida, por tudo. estou vivo, não vou sumir, a gente se vê!
Queria que esse texto, que eu li aqui, fosse meu. Na verdade, eu, como ele, percebi que o blog é mesmo uma porta. Por aqui conheci gente com quem eu nunca teria a oportunidade de cruzar na vida real. E que agora, posso chamar de amigos.
Mas é mais que isso, na verdade. Tenho notado (e é claro que o blog nada tem a ver com isso) que tenho um humor refinado, que faz as pessoas rirem, mesmo. Tenho, por alguma razão, a capacidade que nunca tive de conquistar as pessoas, de cativá-las, de fazer e manter verdadeiras amizades. Outro dia de papo pro ar na faculdade, percebi como o bom da vida está nos amigos, nas risadas, nas gozações...
Bom, o texto do sujeito não é meu e eu não vou me despedir do 23ª idade. Nem dos meus poucos e fiéis leitores. Mas eu preciso de verdade fazer algumas das coisas que ele sugere lá, como responder alguns emails antigos, resgatar amigos e costumes, otimizar meu sono, trabalhar a vaidade de outro jeito, escolher melhor os textos que quero escrever ou registrar no tempo. Queria poder transformar isso em mais do que palavras soltas em um blog...
9 é o meu número. por isso queria que a soma dos algarismo de 27/05/03 desse 9, de alguma forma. ou que fossem 9 meses, 999 posts, 999 dias, 99 semanas, 9 histórias de amor, 81 (9x9) textos inesquecíveis, 9 novas formas de [vi]ver a vida, qualquer coisa assim, mas sinto que são apenas 9 minutos até eu terminar de escrever o último post deste blog.
estaria mentindo se dissesse que está tudo bem, que só quero mais tempo e menos vitrine, ou se usasse qualquer subterfúgio para disfarçar o incômodo dos últimos dias. cansei, simplesmente. cansei dos outros e das convenções. cansei de querer ser lido, cansei de quererem me ler. volto ao caderninho debaixo do travesseiro e à caneta. vou aproveitar para responder alguns e-mails antigos, resgatar amigos e costumes, otimizar meu sono, trabalhar a vaidade de outro jeito, escolher melhor os textos que quero escrever ou registrar no tempo.
é bom demais descobrir pessoas através de blogs – encontrei muita confluência, fiz amigos. dei e recebi carinho, isso vale a experiência. me aprendi, também: enfrentei medos, liberei rancores, declarei verdades que nem sempre acharam espaço fora do blog, entendi (uma parte das) minhas fraquezas e pude ver o que tem de melhor e pior em mim – não que eu tenha lidado com isso sempre da forma mais produtiva, mas me foi dada a chance. eu me dei as chances, e essa constatação é um presente por que agradeço muito.
sem mais delongas, que está na hora de almoçar. carpe diem, certo?
9 beijos, então, para as novas pessoas que entraram na minha vida por esta porta. obrigado por me acompanharem, pelas broncas, pelo respeito, pela torcida, por tudo. estou vivo, não vou sumir, a gente se vê!
Spam maldito
Gostaria de saber se alguém tem problemas com o tamanho do meu pênis! É que eu passei a receber um maldito spam há algumas semanas com o título "Faça do seu pênis um pênis"... Pode?! O pior de tudo, no site (acabei entrando, depois de tanta insistência!), é o que os supostos usuários dizem sobre o "milagre"! Olha esse depoimento: Olá. Estou a trabalhar algumas das vossas técnicas todos os dias. Em 6 de Setembro, o meu pênis media 16.51 cm. Esta tarde tornei a medir e marcou 18.42 cm...wow! As técnicas no vosso manual resultam de facto. Acham que é possível chegar aos 19 cm??? Estou muito excitado com os exercícios...mal consigo esperar que a minha namorada volte da universidade. Ela vai ficar radiante com o crescimento do meu pênis! Depois dou noticias! Sabe o que é pior? Uma amiga minha, a Maíra, também recebeu.
Odeio spam (bom, quem é que gosta?!). Uma vez, passei a receber centenas (sem exagero) de emails por dia divulgando uma máquina de ginástica. Isso me irritou de tal forma, que resolvi tomar uma atitude. Entrei no site anunciado nos emails e consegui um número de telefone. Então, encomendei uma quantidade absurda da tal máquina que eles vendiam. Eu disse que estava montando uma academia.
O cara ficou todo emocionado! Eu, é claro, pedi um desconto, disse que pra quantidade que estava pedindo, merecia um abatimento grande. Ele disse que não podia fazer nada e tal... fiquei mais puto!!! Pedi para falar com o gerente, dono etc. Um dia um cara me ligou, devia ser o gerente. Eu mantive a conversa até que o cara me deu o desconto que eu queria!!! Aí eu peguei os dados dele, endereço e tal, dizendo que passaria para retirar. E disse: "cara, se você não parar de me mandar emails, eu vou mandar alguém aí pra acabar com o teu contrabando". Funcionou: nunca mais recebi emails deles!
Gostaria de saber se alguém tem problemas com o tamanho do meu pênis! É que eu passei a receber um maldito spam há algumas semanas com o título "Faça do seu pênis um pênis"... Pode?! O pior de tudo, no site (acabei entrando, depois de tanta insistência!), é o que os supostos usuários dizem sobre o "milagre"! Olha esse depoimento: Olá. Estou a trabalhar algumas das vossas técnicas todos os dias. Em 6 de Setembro, o meu pênis media 16.51 cm. Esta tarde tornei a medir e marcou 18.42 cm...wow! As técnicas no vosso manual resultam de facto. Acham que é possível chegar aos 19 cm??? Estou muito excitado com os exercícios...mal consigo esperar que a minha namorada volte da universidade. Ela vai ficar radiante com o crescimento do meu pênis! Depois dou noticias! Sabe o que é pior? Uma amiga minha, a Maíra, também recebeu.
Odeio spam (bom, quem é que gosta?!). Uma vez, passei a receber centenas (sem exagero) de emails por dia divulgando uma máquina de ginástica. Isso me irritou de tal forma, que resolvi tomar uma atitude. Entrei no site anunciado nos emails e consegui um número de telefone. Então, encomendei uma quantidade absurda da tal máquina que eles vendiam. Eu disse que estava montando uma academia.
O cara ficou todo emocionado! Eu, é claro, pedi um desconto, disse que pra quantidade que estava pedindo, merecia um abatimento grande. Ele disse que não podia fazer nada e tal... fiquei mais puto!!! Pedi para falar com o gerente, dono etc. Um dia um cara me ligou, devia ser o gerente. Eu mantive a conversa até que o cara me deu o desconto que eu queria!!! Aí eu peguei os dados dele, endereço e tal, dizendo que passaria para retirar. E disse: "cara, se você não parar de me mandar emails, eu vou mandar alguém aí pra acabar com o teu contrabando". Funcionou: nunca mais recebi emails deles!
Volto já
Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa
de mensagens e estará sujeita a cobrança após o sinal...
Você acessou o blog do Gabo. No momento não posso atualizar. Deixe seu comentário que eu entro em contato assim que possível -acho que dentro de duas ou três semanas, quando começam minhas férias...!
Frase
"A pátria são os amigos" (Nahum Sirotsky)
[clique para ler Nahum]
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"A pátria são os amigos" (Nahum Sirotsky)
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25.5.03
Frio na barriga
Amanhã é o grande dia... Vou coordenar o radiojornal do 5º semestre e lutar por uma boa nota. Mas eu não estou ansioso por isso, pela nota. Estou porque quero que saia tudo ótimo. Serão, eu acho, duas entrevistas ao vivo. Só amanhã saberei. E ainda haverá outras coisas... O perfil que eu defini é espinhoso: executivos de São Paulo, com ênfase em economia e política internacional.
Enfim, depois, se tudo der certo, vou gravar e tentar transformar em um arquivo mp3 pra colocar aqui (alguém sabe como fazer isso?!). Agora eu só quero saber de dormir e de relaxar, ao som de Marisa Monte. E que meu despertador (seja o rádio-relógio ou quem se ofereceu pra ligar!!) não falhe! Boa noite e cruzem os dedos!!
Sonhos
Falando em noite, preciso de alguém que saiba interpretar sonhos. Ontem sonhei que matei a minha ex-namorada. A tiros. No meio da 23 de Maio. Em meio a uma perseguição em alta velocidade. Alguém sabe o que pode significar? O pior é que eu nem sei se ela está bem...
Loucura, loucura, loucura
E hoje estive com o Luciano Huck, para uma entrevista que será publicada, eu acho, em agosto...!
Amanhã é o grande dia... Vou coordenar o radiojornal do 5º semestre e lutar por uma boa nota. Mas eu não estou ansioso por isso, pela nota. Estou porque quero que saia tudo ótimo. Serão, eu acho, duas entrevistas ao vivo. Só amanhã saberei. E ainda haverá outras coisas... O perfil que eu defini é espinhoso: executivos de São Paulo, com ênfase em economia e política internacional.
Enfim, depois, se tudo der certo, vou gravar e tentar transformar em um arquivo mp3 pra colocar aqui (alguém sabe como fazer isso?!). Agora eu só quero saber de dormir e de relaxar, ao som de Marisa Monte. E que meu despertador (seja o rádio-relógio ou quem se ofereceu pra ligar!!) não falhe! Boa noite e cruzem os dedos!!
Sonhos
Falando em noite, preciso de alguém que saiba interpretar sonhos. Ontem sonhei que matei a minha ex-namorada. A tiros. No meio da 23 de Maio. Em meio a uma perseguição em alta velocidade. Alguém sabe o que pode significar? O pior é que eu nem sei se ela está bem...
Loucura, loucura, loucura
E hoje estive com o Luciano Huck, para uma entrevista que será publicada, eu acho, em agosto...!
23.5.03
Moleza e nostalgia pouca é bobagem!
Estou literalmente fazendo nada, embora esteja fazendo um monte de coisas... inúteis. Ao som de Bryan Adams (que saudade daquele CD que a minha irmã tinha...!), estava lendo a Veja (não entremos em discussão sobre a revista, ok?!), falando com um pessoal no ICQ (alguns colegas e uns ex-colegas, como a Lisandra, que estudou comigo há uns anos!) e... mais nada! Esperando o tempo passar!
Amanhã vou viajar, depois da minha tutoria! Preciso mudar de ares, pra relaxar! Percebi que estou sofrendo de stress depois de perder, hoje pela tericeira vez, a carteirinha da faculdade, e de notar como estou distraído (não é só por isso, mas eu levei a chave do meu carro quando saí do estacionamento, no meu prédio... Distração pura!).
Exposição
Eu também quero ver a exposição Luzenças, da qual participa a minha amiga Graziella Widman, que é fotógrafa. A 1ª Mostra de Fotografia Acadêmica do Brasil vai rolar em dois lugares diferentes. O trabalho da Grazi estará exposto no Museu do Imaginário do Povo Brasileiro (antigo Dops), a partir de amanhã, sábado, às 13h00. Outros alunos vão expor no Sesc Pompéia.
A frase da semana
Sou um bebezinho largado numa porta. Preciso de uma mulher para cuidar de mim. Do dono da CNN, Ted Turner. Ele disse que está sem namorada e em crise... Se ele está assim, imagine só como estamos nós, pobres mortais, então...!
Estou literalmente fazendo nada, embora esteja fazendo um monte de coisas... inúteis. Ao som de Bryan Adams (que saudade daquele CD que a minha irmã tinha...!), estava lendo a Veja (não entremos em discussão sobre a revista, ok?!), falando com um pessoal no ICQ (alguns colegas e uns ex-colegas, como a Lisandra, que estudou comigo há uns anos!) e... mais nada! Esperando o tempo passar!
Amanhã vou viajar, depois da minha tutoria! Preciso mudar de ares, pra relaxar! Percebi que estou sofrendo de stress depois de perder, hoje pela tericeira vez, a carteirinha da faculdade, e de notar como estou distraído (não é só por isso, mas eu levei a chave do meu carro quando saí do estacionamento, no meu prédio... Distração pura!).
Exposição
Eu também quero ver a exposição Luzenças, da qual participa a minha amiga Graziella Widman, que é fotógrafa. A 1ª Mostra de Fotografia Acadêmica do Brasil vai rolar em dois lugares diferentes. O trabalho da Grazi estará exposto no Museu do Imaginário do Povo Brasileiro (antigo Dops), a partir de amanhã, sábado, às 13h00. Outros alunos vão expor no Sesc Pompéia.
A frase da semana
Sou um bebezinho largado numa porta. Preciso de uma mulher para cuidar de mim. Do dono da CNN, Ted Turner. Ele disse que está sem namorada e em crise... Se ele está assim, imagine só como estamos nós, pobres mortais, então...!
Sexta-feira
Hoje é dia de arrumar o quarto. E segunda-feira serei o coordenador do radiojornal na faculdade. Não vejo a hora, vai ser adrenalina total! Não posso sob hipótese alguma perder a hora, então aceito contribuições voluntárias de alguém que possa me ligar às 6h da manhã!! Até lá meu celular já estará de volta (mas não consertado, porque eu não aceitei pagar R$ 300...)!
Shabat Shalom.
Hoje é dia de arrumar o quarto. E segunda-feira serei o coordenador do radiojornal na faculdade. Não vejo a hora, vai ser adrenalina total! Não posso sob hipótese alguma perder a hora, então aceito contribuições voluntárias de alguém que possa me ligar às 6h da manhã!! Até lá meu celular já estará de volta (mas não consertado, porque eu não aceitei pagar R$ 300...)!
Shabat Shalom.
22.5.03
Servir e proteger?
Dizem que ela existe pra ajudar/ Dizem que ela existe pra proteger/ Eu sei que ela pode te parar/ Eu sei que ela pode te prender/ Polícia para quem precisa/ Polícia para quem precisa de polícia (Titãs, Polícia)
Hoje eu fui vítima da violência e da falta de preparo da polícia brasileira, coisas que eu tanto e tão insistentemente critico [aqui, aqui, aqui, aqui e aqui].
Estava tomando um suco perto da faculdade à noite quando de repente uma movimentação chamou a atenção. Era uma batida policial. Tinham bloqueado a rua aparentemente por causa de meia dúzia de pessoas -que acabaram sendo liberadas. Eu fiquei curioso e fui perguntar o que estava acontecendo, porque um policial com jeito truculento estava com uma arma enorme na mão, apontando para todo lado sem um pingo de responsabilidade.
Nunca, em nenhuma hipótese,
aponte qualquer arma, carregada
ou descarregada, para qualquer
pessoa ou coisa que você não
deseje atingir ou destruir
(Dica do site da Taurus)
O que aconteceu é que esse mesmo cara veio pra cima de mim com a arma apontada pra minha cabeça, berrou comigo como se eu fosse um criminoso e me revistou, me fez colocar as mãos na cabeça na frente de todo mundo... Eu penso que se a polícia serve para proteger (não era pra isso, mesmo?), esse tipo de policial não serve pra polícia.
Enfim, é para isso que está à disposição da população a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo. Já fiz a minha denúncia e aconselho a todo cidadão que faça o mesmo, se passar pelo que eu passei ou por qualquer coisa parecida. O número para ligações e denúncias anônimas é 0800 15 63 15.
Dizem que ela existe pra ajudar/ Dizem que ela existe pra proteger/ Eu sei que ela pode te parar/ Eu sei que ela pode te prender/ Polícia para quem precisa/ Polícia para quem precisa de polícia (Titãs, Polícia)
Hoje eu fui vítima da violência e da falta de preparo da polícia brasileira, coisas que eu tanto e tão insistentemente critico [aqui, aqui, aqui, aqui e aqui].
Estava tomando um suco perto da faculdade à noite quando de repente uma movimentação chamou a atenção. Era uma batida policial. Tinham bloqueado a rua aparentemente por causa de meia dúzia de pessoas -que acabaram sendo liberadas. Eu fiquei curioso e fui perguntar o que estava acontecendo, porque um policial com jeito truculento estava com uma arma enorme na mão, apontando para todo lado sem um pingo de responsabilidade.
Nunca, em nenhuma hipótese,
aponte qualquer arma, carregada
ou descarregada, para qualquer
pessoa ou coisa que você não
deseje atingir ou destruir
(Dica do site da Taurus)
O que aconteceu é que esse mesmo cara veio pra cima de mim com a arma apontada pra minha cabeça, berrou comigo como se eu fosse um criminoso e me revistou, me fez colocar as mãos na cabeça na frente de todo mundo... Eu penso que se a polícia serve para proteger (não era pra isso, mesmo?), esse tipo de policial não serve pra polícia.
Enfim, é para isso que está à disposição da população a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo. Já fiz a minha denúncia e aconselho a todo cidadão que faça o mesmo, se passar pelo que eu passei ou por qualquer coisa parecida. O número para ligações e denúncias anônimas é 0800 15 63 15.
Brincar e aprender
Estou devendo falar de dois assuntos. Um deles é o filme argentino Kamtchatka. Falo dele depois. Estou na faculdade (fazendo hora pra aula da noite) e aqui não posso buscar informações sobre o longa -a palavra "chat", no título, é barrada pela rede da faculdade...
Enfim, falo então do outro assunto. É o projeto Perach ("flor", em hebraico), do qual estou participando há duas semanas. Trata-se de uma iniciativa maravilhosa criada em Israel em 1972 e trazida para o Brasil há quatro anos.
Não podia ser mais simples: amigos mais velhos para crianças com algum probleminha de relacionamento, timidez etc. Eu sou o "amigo mais velho" de um menino de 11 anos, que é um barato! Já tivemos dois encontros -são duas horas semanais. No último, ele me disse que eu sou o melhor amigo dele. É que tínhamos saído para dar uma volta no shopping que fica perto da casa dele. Lá, brincamos no Playland, tomamos sorvete, cappucino da Kopenhagen (dica dele!)...
De vez em quando eu fico pensando quem é que faz bem pra quem, se eu pra ele ou se ele pra mim! A verdade é que se aprende muito com o contato com crianças! Sábado, quando teremos nossa próxima tutoria, é o Dia Internacional do Brincar. Não podia ser mais perfeito!
Estou devendo falar de dois assuntos. Um deles é o filme argentino Kamtchatka. Falo dele depois. Estou na faculdade (fazendo hora pra aula da noite) e aqui não posso buscar informações sobre o longa -a palavra "chat", no título, é barrada pela rede da faculdade...
Enfim, falo então do outro assunto. É o projeto Perach ("flor", em hebraico), do qual estou participando há duas semanas. Trata-se de uma iniciativa maravilhosa criada em Israel em 1972 e trazida para o Brasil há quatro anos.
Não podia ser mais simples: amigos mais velhos para crianças com algum probleminha de relacionamento, timidez etc. Eu sou o "amigo mais velho" de um menino de 11 anos, que é um barato! Já tivemos dois encontros -são duas horas semanais. No último, ele me disse que eu sou o melhor amigo dele. É que tínhamos saído para dar uma volta no shopping que fica perto da casa dele. Lá, brincamos no Playland, tomamos sorvete, cappucino da Kopenhagen (dica dele!)...
De vez em quando eu fico pensando quem é que faz bem pra quem, se eu pra ele ou se ele pra mim! A verdade é que se aprende muito com o contato com crianças! Sábado, quando teremos nossa próxima tutoria, é o Dia Internacional do Brincar. Não podia ser mais perfeito!
21.5.03
Da série "Vale a pena ler agora"
Do No Mínimo, O presidente que veio do frio, por Marcia Carmo, de Buenos Aires, sobre o novo presidente argentino, que assume no próximo domingo:
É numa Argentina que acumula índices recordes de pobreza (57,5%) e de desemprego (17,8%), ilhada do mundo financeiro, desde que declarou a moratória da sua dívida (US$ 154 bilhões, uma vez e meia o PIB), naquele mesmo dezembro de 2001, que Néstor Kircher terá o desafio de controlar seus impulsos e tentar colocar em prática a política do consenso.
Do Estadão, Fogueiras diplomáticas, editorial de ontem do The New York Times, sobre o desafio do presidente Bush para se tornar um verdadeiro estadista:
Justamente no momento em que Bush gostaria que a nação o visse como um estadista, tudo parece estar dando errado numa das regiões mais inflamáveis do mundo. Parte da culpa é do próprio Bush.
Do No Mínimo, O presidente que veio do frio, por Marcia Carmo, de Buenos Aires, sobre o novo presidente argentino, que assume no próximo domingo:
É numa Argentina que acumula índices recordes de pobreza (57,5%) e de desemprego (17,8%), ilhada do mundo financeiro, desde que declarou a moratória da sua dívida (US$ 154 bilhões, uma vez e meia o PIB), naquele mesmo dezembro de 2001, que Néstor Kircher terá o desafio de controlar seus impulsos e tentar colocar em prática a política do consenso.
Do Estadão, Fogueiras diplomáticas, editorial de ontem do The New York Times, sobre o desafio do presidente Bush para se tornar um verdadeiro estadista:
Justamente no momento em que Bush gostaria que a nação o visse como um estadista, tudo parece estar dando errado numa das regiões mais inflamáveis do mundo. Parte da culpa é do próprio Bush.
20.5.03
Irmão babão
Fico maravilhado com a capacidade que o ser humano tem de aprender coisas.
Hoje passei a tarde, depois de duas reuniões de trabalho, na casa do meu pai, brincando com o meu irmão. Não fazia muito tempo desde que eu não o via, mas na última vez ele não sabia usar um canudo para beber (precisa ver que coisa linda!) e nem dar beijo (ele só mandava, de longe...)! Eu sei que sou um irmão-coruja babão, mas a verdade é que isso me alucina! Foi a alegria do dia...
Trilha sonora
Antes que eu me esqueça, é ótimo o canal "músicas proibidas" da Rádio UOL. A seleção é realmente boa. Só estou tentando entener aqui porque esses títulos estão reunidos nesse canal...! Cantam, entre outros, Louis Armstrong (What a Wonderful World), John Lennon (Imagine), Phil Collins (In the Air Tonight), Drifters (On Broadway), Bob Dylan (Knockin' On Heaven's Door)...
Recado
E antes que eu me esqueça também, não suporto grosseria. Se você quer me dizer uma coisa que sabe que eu não vou gostar, pense cinco vezes antes sobre qual pode ser a melhor forma de falar. Se usar de grosseria, eu nem escuto. Tá?! Então tá!
Hoje eu só quero que o dia termine bem (Luciana Mello*)
Fico maravilhado com a capacidade que o ser humano tem de aprender coisas.
Hoje passei a tarde, depois de duas reuniões de trabalho, na casa do meu pai, brincando com o meu irmão. Não fazia muito tempo desde que eu não o via, mas na última vez ele não sabia usar um canudo para beber (precisa ver que coisa linda!) e nem dar beijo (ele só mandava, de longe...)! Eu sei que sou um irmão-coruja babão, mas a verdade é que isso me alucina! Foi a alegria do dia...
Trilha sonora
Antes que eu me esqueça, é ótimo o canal "músicas proibidas" da Rádio UOL. A seleção é realmente boa. Só estou tentando entener aqui porque esses títulos estão reunidos nesse canal...! Cantam, entre outros, Louis Armstrong (What a Wonderful World), John Lennon (Imagine), Phil Collins (In the Air Tonight), Drifters (On Broadway), Bob Dylan (Knockin' On Heaven's Door)...
Recado
E antes que eu me esqueça também, não suporto grosseria. Se você quer me dizer uma coisa que sabe que eu não vou gostar, pense cinco vezes antes sobre qual pode ser a melhor forma de falar. Se usar de grosseria, eu nem escuto. Tá?! Então tá!
Hoje eu só quero que o dia termine bem (Luciana Mello*)
19.5.03
A barbárie continua
Um ano atrás eu estava em Israel. Já estava trabalhando nos jardins do kibutz En Dor, no norte do país, e estudando hebraico em dias alternados. Quando eu tinha folgas, viajava com o pessoal do kibutz -muitos deles olim chadashim (novos imigrantes) e alguns mitnadvim (voluntários)- até a cidade mais próxima, Afula. O táxi saía caro -uns 50 shekalim chadashim (mais ou menos uns 40 reais). Íamos de carona, então.
O destino era normalmente uma das "atrações" da pequena cidade: a tachaná merkazit (estação central), de onde às vezes embarcávamos para outra localidade, e o kanion (shopping center) Ha'amakim. Lá eu conhecia bem o Moti, da loja onde cada semana revelava as minhas fotos -fiz mais de duas mil em seis meses. E lá eu praticava meu hebraico, pedindo fatias de pizza, ou comprando CDs, ou tentando explicar que meu relógio precisava de outra bateria...
Hoje sentei para ver meus emails e li sobre (mais) um atentado em Afula. Gelei. Fui ler as notícias e descobri que três pessoas morreram e quarenta e oito ficaram feridas na entrada daquele mesmo shopping. Foi o quinto atentado em Israel nos últimos dois dias.
De todos os atentados que já me fizeram ficar "de luto", de todos sobre os que já escrevi ou que eu, ainda que não muito próximo, presenciei e noticiei, nenhum doeu tanto. Inevitável pensar no segurança que naquele horário devia estar lá. E que muito provavelmente foi uma das vítimas. Ou em todas as pessoas queridas que -quem sabe?- estavam lá.
De vez em quando essas tragédias tomam para nós proporções diferentes. Acontecem em lugares que freqüentamos, atingem pessoas que conhecemos. E -a verdade- destroçam um país que tanto amamos. Fica difícil, assim, pensar que o tal Road Map vai sair do papel. Falta, como eu disse no último post, uma coisa básica, fundamental: que os terroristas palestinos passem a respeitar a vida e deixem de matar inocentes. De vez em quando, esse inocente morto pode estar mais próximo que se imagina...
Estou atordoado.
Números de telefone de emergência:
Hospital Haemek - Afula: 1255165
Centro Médio Rambam - Haifa: 1255144
Ministério de Absorção: 1255081010
(informações em diversos idiomas)
Um ano atrás eu estava em Israel. Já estava trabalhando nos jardins do kibutz En Dor, no norte do país, e estudando hebraico em dias alternados. Quando eu tinha folgas, viajava com o pessoal do kibutz -muitos deles olim chadashim (novos imigrantes) e alguns mitnadvim (voluntários)- até a cidade mais próxima, Afula. O táxi saía caro -uns 50 shekalim chadashim (mais ou menos uns 40 reais). Íamos de carona, então.
O destino era normalmente uma das "atrações" da pequena cidade: a tachaná merkazit (estação central), de onde às vezes embarcávamos para outra localidade, e o kanion (shopping center) Ha'amakim. Lá eu conhecia bem o Moti, da loja onde cada semana revelava as minhas fotos -fiz mais de duas mil em seis meses. E lá eu praticava meu hebraico, pedindo fatias de pizza, ou comprando CDs, ou tentando explicar que meu relógio precisava de outra bateria...
Hoje sentei para ver meus emails e li sobre (mais) um atentado em Afula. Gelei. Fui ler as notícias e descobri que três pessoas morreram e quarenta e oito ficaram feridas na entrada daquele mesmo shopping. Foi o quinto atentado em Israel nos últimos dois dias.
De todos os atentados que já me fizeram ficar "de luto", de todos sobre os que já escrevi ou que eu, ainda que não muito próximo, presenciei e noticiei, nenhum doeu tanto. Inevitável pensar no segurança que naquele horário devia estar lá. E que muito provavelmente foi uma das vítimas. Ou em todas as pessoas queridas que -quem sabe?- estavam lá.
De vez em quando essas tragédias tomam para nós proporções diferentes. Acontecem em lugares que freqüentamos, atingem pessoas que conhecemos. E -a verdade- destroçam um país que tanto amamos. Fica difícil, assim, pensar que o tal Road Map vai sair do papel. Falta, como eu disse no último post, uma coisa básica, fundamental: que os terroristas palestinos passem a respeitar a vida e deixem de matar inocentes. De vez em quando, esse inocente morto pode estar mais próximo que se imagina...
Estou atordoado.
Números de telefone de emergência:
Hospital Haemek - Afula: 1255165
Centro Médio Rambam - Haifa: 1255144
Ministério de Absorção: 1255081010
(informações em diversos idiomas)
Precisa? Sim, precisa
Muito se fala sobre a necessidade da construção de uma muralha cercando o território palestino da Cisjordânia, vizinho ao Estado de Israel. Os argumentos contrários são diversos, chegando a alusões burras ao que foi o Muro de Berlim. Eu tenho apenas um argumento para defender a construção: pode ser a única solução para deter os terroristas suicidas que não têm qualquer valor pela vida e não pensam duas vezes antes de atar explosivos ao corpo e detoná-los junto a inocentes em Israel.
Foi o que aconteceu neste último fim-de-semana, enquanto eu estava em Santos (por isso não postei nada desde sexta, embora estivesse de lá acompanhando as notícias). E aconteceu hoje de novo, quando um suicida palestino feriu três soldados israelenses ao se explodir no sul da Faixa de Gaza.
O Road Map está interrompido de novo. O primeiro-ministro Ariel Sharon já cancelou a visita que faria aos EUA para falar do assunto. E hoje, numa atitude que eu mesmo estranhei, ele rejeitou uma proposta de expulsar Yasser Arafat dos territórios palestinos. O cenário na região está mudando -ainda que lentamente. Mas falta uma coisa fundamental: o fim da violência suicida. Pelo menos para isso vai poder servir a muralha.
Muito se fala sobre a necessidade da construção de uma muralha cercando o território palestino da Cisjordânia, vizinho ao Estado de Israel. Os argumentos contrários são diversos, chegando a alusões burras ao que foi o Muro de Berlim. Eu tenho apenas um argumento para defender a construção: pode ser a única solução para deter os terroristas suicidas que não têm qualquer valor pela vida e não pensam duas vezes antes de atar explosivos ao corpo e detoná-los junto a inocentes em Israel.
Foi o que aconteceu neste último fim-de-semana, enquanto eu estava em Santos (por isso não postei nada desde sexta, embora estivesse de lá acompanhando as notícias). E aconteceu hoje de novo, quando um suicida palestino feriu três soldados israelenses ao se explodir no sul da Faixa de Gaza.
O Road Map está interrompido de novo. O primeiro-ministro Ariel Sharon já cancelou a visita que faria aos EUA para falar do assunto. E hoje, numa atitude que eu mesmo estranhei, ele rejeitou uma proposta de expulsar Yasser Arafat dos territórios palestinos. O cenário na região está mudando -ainda que lentamente. Mas falta uma coisa fundamental: o fim da violência suicida. Pelo menos para isso vai poder servir a muralha.
16.5.03
Citação
Essa eu roubei daqui: "Aqueles que sonham de dia sabem muitas coisas que escapam àqueles que sonham de noite. Nas suas vagas visões, obtêm relances de eternidade, e quando despertam estremecem, ao verem que estiveram mesmo à beira do grande segredo". (Edgar Alan Poe)
Essa eu roubei daqui: "Aqueles que sonham de dia sabem muitas coisas que escapam àqueles que sonham de noite. Nas suas vagas visões, obtêm relances de eternidade, e quando despertam estremecem, ao verem que estiveram mesmo à beira do grande segredo". (Edgar Alan Poe)
15.5.03
Razões que a própria razão desconhece
As pessoas têm me perguntado qual a real razão por trás da estranha renúncia do Menem à candidatura à presidência, poucos dias antes do segundo turno da disputa na Argentina. Eu pensava que o único motivo era o medo de levar uma lavada do outro candidato, Néstor Kirchner, que será a partir do fim do mês o novo presidente argentino. Isso porque as pesquisas vinham indicando que Menem perderia feio: seu adversário teria mais de 70% dos votos, ultrapassando o recorde anterior, de Perón, que em 1973 teve 61,85%.
Poderia ainda ser uma estratégia "menemista", ainda que burra, para enfraquecer Kirchner, já que analistas avaliavam que a desistência de Menem poderia prejudicar o adversário. Mas li outra coisa que me fez pensar. Menem é o ex-presidente que acabou (há cerca de um ano) de sair da cadeia. Na Suíça, ressurgiu nesta semana a acusação da existência de US$ 10 milhões em uma conta secreta sua. O dinheiro teria sido uma recompensa recebida do Irã para arquivar as investigações sobre o atentado contra a AMIA (entidade judaica argentina) em 1994, que matou 86 pessoas em Buenos Aires...
Talvez isso explique, por exemplo, a gigantesca rejeição de Menem entre universitários, em uma pesquisa do último fim-de-semana. Não sei, ao certo, o que motivou Menem à renúncia. Mas fico entre essas três possíveis avaliações. O tempo vai dizer qual delas estava certa. Ou se alguma outra, vai saber...
As pessoas têm me perguntado qual a real razão por trás da estranha renúncia do Menem à candidatura à presidência, poucos dias antes do segundo turno da disputa na Argentina. Eu pensava que o único motivo era o medo de levar uma lavada do outro candidato, Néstor Kirchner, que será a partir do fim do mês o novo presidente argentino. Isso porque as pesquisas vinham indicando que Menem perderia feio: seu adversário teria mais de 70% dos votos, ultrapassando o recorde anterior, de Perón, que em 1973 teve 61,85%.
Poderia ainda ser uma estratégia "menemista", ainda que burra, para enfraquecer Kirchner, já que analistas avaliavam que a desistência de Menem poderia prejudicar o adversário. Mas li outra coisa que me fez pensar. Menem é o ex-presidente que acabou (há cerca de um ano) de sair da cadeia. Na Suíça, ressurgiu nesta semana a acusação da existência de US$ 10 milhões em uma conta secreta sua. O dinheiro teria sido uma recompensa recebida do Irã para arquivar as investigações sobre o atentado contra a AMIA (entidade judaica argentina) em 1994, que matou 86 pessoas em Buenos Aires...
Talvez isso explique, por exemplo, a gigantesca rejeição de Menem entre universitários, em uma pesquisa do último fim-de-semana. Não sei, ao certo, o que motivou Menem à renúncia. Mas fico entre essas três possíveis avaliações. O tempo vai dizer qual delas estava certa. Ou se alguma outra, vai saber...
Quanto tá o jogo?
Futebol no Brasil é uma coisa mágica, mesmo. Não importa quem joga ou quem torce. A pergunta "Quanto tá o jogo?" é sempre suficiente. Hoje, por exemplo. Cheguei no supermercado, perto da meia-noite, em meio aos estouros de fogos de artifício. Pensei que o Corinthians, que jogava contra o River Plate, estava ganhando. Mas descobri que eram torcedores que queriam o time brasileiro fora, comemorando o segundo gol do time argentino. O Corinthians acabou perdendo. E desclassificado da Libertadores da América.
Não importa. Torcedor que é torcedor sempre arranja uma desculpa. O segurança do estacionamento do supermercado dependia dos gritos que vinham dos prédios próximos para acompanhar o placar. Quando eu saí do meu carro ele já lançou a pergunta: "Quanto tá o jogo?", ao que eu respondi que não sabia. Descobri dentro, onde os atendentes estavam acompanhando com radinho de pilha: um a um. Quando saí, com as compras, o empate já era notícia velha: o River tinha feito o segundo. E o segurança estava feliz. "Você é palmeirense?", perguntei. "Não, sou anti-Corinthians", ele disse, com um sorriso.
Mais nostalgia
Quem é que não se lembra de quando fazíamos filtros com pedaços de negativo velado para observar eclipses solares sem prejudicar os olhos?!
Ou, para os que nasceram até o final da década de 1970, como eu, de quando o cometa Halley passou e foi visível a partir do Brasil? Minha família toda se reuniu na cobertura onde eu morava na época e, com lunetas, pudemos ver o espetáculo momentâneo... O ano era 1984, eu acho!
Bom, sexta que vem vai ter eclipse total da Lua, visível do Brasil. Durante 53 minutos, a Lua estará completamente imersa em sombras. E poderá ser vista, a olho nu ou com pequenos telescópios, a partir daqui. O eclipse deve começar à 0h14 (horário de Brasília) de sexta-feira. Se o céu estiver descoberto, será possível observar o eclipse desde 22h46 da quinta.
Futebol no Brasil é uma coisa mágica, mesmo. Não importa quem joga ou quem torce. A pergunta "Quanto tá o jogo?" é sempre suficiente. Hoje, por exemplo. Cheguei no supermercado, perto da meia-noite, em meio aos estouros de fogos de artifício. Pensei que o Corinthians, que jogava contra o River Plate, estava ganhando. Mas descobri que eram torcedores que queriam o time brasileiro fora, comemorando o segundo gol do time argentino. O Corinthians acabou perdendo. E desclassificado da Libertadores da América.
Não importa. Torcedor que é torcedor sempre arranja uma desculpa. O segurança do estacionamento do supermercado dependia dos gritos que vinham dos prédios próximos para acompanhar o placar. Quando eu saí do meu carro ele já lançou a pergunta: "Quanto tá o jogo?", ao que eu respondi que não sabia. Descobri dentro, onde os atendentes estavam acompanhando com radinho de pilha: um a um. Quando saí, com as compras, o empate já era notícia velha: o River tinha feito o segundo. E o segurança estava feliz. "Você é palmeirense?", perguntei. "Não, sou anti-Corinthians", ele disse, com um sorriso.
Mais nostalgia
Quem é que não se lembra de quando fazíamos filtros com pedaços de negativo velado para observar eclipses solares sem prejudicar os olhos?!
Ou, para os que nasceram até o final da década de 1970, como eu, de quando o cometa Halley passou e foi visível a partir do Brasil? Minha família toda se reuniu na cobertura onde eu morava na época e, com lunetas, pudemos ver o espetáculo momentâneo... O ano era 1984, eu acho!
Bom, sexta que vem vai ter eclipse total da Lua, visível do Brasil. Durante 53 minutos, a Lua estará completamente imersa em sombras. E poderá ser vista, a olho nu ou com pequenos telescópios, a partir daqui. O eclipse deve começar à 0h14 (horário de Brasília) de sexta-feira. Se o céu estiver descoberto, será possível observar o eclipse desde 22h46 da quinta.
14.5.03
Consumidor
Para quem usa estacionamentos, importante saber que o estabelecimento é responsável por danos em veículos.
Para quem usa estacionamentos, importante saber que o estabelecimento é responsável por danos em veículos.
Sessão nostalgia
Estou me divertindo lendo os textos das Garotas que dizem Ni. Dos mais recentes, o mais divertido é o da "Vivi Griswold", que narra um jogo que fez parte da infância de pelo menos toda a minha geração... Cara a cara! O site delas, linkado entre meus "vizinhos", é aliás recheado de nostalgia. Uma das "garotas" é a Clarissa, que estudou comigo na Metô na turma de 1997. É dela o divertidíssimo Pode repetir? – Parte 1, sobre as confusões que fazemos no entendimento de letras de músicas. Vale a pena ler, para dar boas risadas!
Estou me divertindo lendo os textos das Garotas que dizem Ni. Dos mais recentes, o mais divertido é o da "Vivi Griswold", que narra um jogo que fez parte da infância de pelo menos toda a minha geração... Cara a cara! O site delas, linkado entre meus "vizinhos", é aliás recheado de nostalgia. Uma das "garotas" é a Clarissa, que estudou comigo na Metô na turma de 1997. É dela o divertidíssimo Pode repetir? – Parte 1, sobre as confusões que fazemos no entendimento de letras de músicas. Vale a pena ler, para dar boas risadas!
Feliz aniversário!
Hoje é o dia, no calendário comum, no qual, 55 anos atrás, nasceu um país chamado Israel, proclamado pelo homem que seria o primeiro premiê do Estado judeu, David Ben Gurion. Era uma sexta-feira e na casa do então prefeito de Tel Aviv, Meir Dizengoff, se proclamou a independência.
Li hoje um artigo no O Povo, jornal do Ceará, que resume bem a luta do povo judeu pela terra de Israel e o significado dessa data para nós (eu acho que é a data mais importante para o povo judeu no século 20).
Hoje é o dia, no calendário comum, no qual, 55 anos atrás, nasceu um país chamado Israel, proclamado pelo homem que seria o primeiro premiê do Estado judeu, David Ben Gurion. Era uma sexta-feira e na casa do então prefeito de Tel Aviv, Meir Dizengoff, se proclamou a independência.
Li hoje um artigo no O Povo, jornal do Ceará, que resume bem a luta do povo judeu pela terra de Israel e o significado dessa data para nós (eu acho que é a data mais importante para o povo judeu no século 20).
"Você é modelo?"
Putz! Ser paquerado por homem descaradamente é o fim... E já me aconteceu outras vezes, hoje não foi a primeira... Hoje ampliei na faculdade uma foto muito legal que uma amiga minha, a Tati, do 2º semestre, tirou de mim na semana passada. Com a foto em mãos (depois de duas tentativas ela saiu direito, e se eu conseguir escanear coloco aqui depois), um sujeito (prefiro não dizer quem!) não se conteve e veio me perguntar se eu era modelo, com aquela voz afeminada que me irrita (acho que gay não precisa contar pra todo mundo que é gay, oras)... Eu disse que não e ganhei um elogio... Fui embora!
Putz! Ser paquerado por homem descaradamente é o fim... E já me aconteceu outras vezes, hoje não foi a primeira... Hoje ampliei na faculdade uma foto muito legal que uma amiga minha, a Tati, do 2º semestre, tirou de mim na semana passada. Com a foto em mãos (depois de duas tentativas ela saiu direito, e se eu conseguir escanear coloco aqui depois), um sujeito (prefiro não dizer quem!) não se conteve e veio me perguntar se eu era modelo, com aquela voz afeminada que me irrita (acho que gay não precisa contar pra todo mundo que é gay, oras)... Eu disse que não e ganhei um elogio... Fui embora!
13.5.03
Aleinu atualizada
Tomei vergonha na cara e atualizei a Aleinu. Como estamos em semana de independência de Israel, achei interessante colocar no ar duas matérias referentes a essa data. Uma delas, sobre demografia, muito feliz, mostra os números da população israelense, que hoje é de 6,7 milhões de pessoas, contra 806 mil quando Ben Gurion declarou criado o Estado judeu, em 14 de maio de 1948. Desse total, quase 80% são judeus hoje.
A outra, nada alegre, é a que revela os números do terrorismo desde o início da atual Intifada, que completa 32 meses no final de maio. Uma análise aprofundada nesses dados revela como, na verdade, embora os números absolutos de palestinos mortos sejam maiores, a população civil israelense foi a mais atingida. Houve uma média diária de dezoito ataques contra israelenses, e um saldo de 768 mortos desde setembro de 2000 (mais de 70% deles, civis).
Falando em Israel e lembrando do dia de hoje, que comemora a abolição da escravatura, uma frase, do rabino Meir Lau: Israel é o único país do mundo que retirou um povo negro da África não para torná-los escravos, mas para torná-los homens livres. Fica para pensar.
Tomei vergonha na cara e atualizei a Aleinu. Como estamos em semana de independência de Israel, achei interessante colocar no ar duas matérias referentes a essa data. Uma delas, sobre demografia, muito feliz, mostra os números da população israelense, que hoje é de 6,7 milhões de pessoas, contra 806 mil quando Ben Gurion declarou criado o Estado judeu, em 14 de maio de 1948. Desse total, quase 80% são judeus hoje.
A outra, nada alegre, é a que revela os números do terrorismo desde o início da atual Intifada, que completa 32 meses no final de maio. Uma análise aprofundada nesses dados revela como, na verdade, embora os números absolutos de palestinos mortos sejam maiores, a população civil israelense foi a mais atingida. Houve uma média diária de dezoito ataques contra israelenses, e um saldo de 768 mortos desde setembro de 2000 (mais de 70% deles, civis).
Falando em Israel e lembrando do dia de hoje, que comemora a abolição da escravatura, uma frase, do rabino Meir Lau: Israel é o único país do mundo que retirou um povo negro da África não para torná-los escravos, mas para torná-los homens livres. Fica para pensar.
Coreano
Outro dia coloquei aqui meu nome em árabe, hebraico e japonês. Hoje é a vez do coreano que, como contei, um voluntário do kibutz onde eu estava há um ano escreveu pra mim. Eu só não me lembro da pronúncia... Alguém se habilita?! (Valeu, Michel!)
Outro dia coloquei aqui meu nome em árabe, hebraico e japonês. Hoje é a vez do coreano que, como contei, um voluntário do kibutz onde eu estava há um ano escreveu pra mim. Eu só não me lembro da pronúncia... Alguém se habilita?! (Valeu, Michel!)
Contradição? Não!
Odeio congestionamentos. Não suporto perder tempo no trânsito. Mas, de vez em quando, um farol vermelho é tudo de bom...
Por você...
Eu mudaria até o meu nome
Eu viveria em greve de fome
Desejaria todo o dia a mesma mulher
(Barão Vermelho)
Odeio congestionamentos. Não suporto perder tempo no trânsito. Mas, de vez em quando, um farol vermelho é tudo de bom...
Por você...
Eu mudaria até o meu nome
Eu viveria em greve de fome
Desejaria todo o dia a mesma mulher
(Barão Vermelho)
12.5.03
Ética?
Li hoje assustado no Estadão a história de um jornalista de 27 anos que conseguiu de uma vez só acabar com a própria carreira e reputação e, de quebra, fazer estremecer a relação de confiança entre o The New York Times, um dos mais antigos e respeitados jornais norte-americanos, e seus leitores. O cara forjou entrevistas, plagiou outros veículos, criou situações que nunca existiram e mandou material dizendo que estava em lugares onde nunca esteve... Que ética pode ter uma pessoa assim? O recurso humano do jornal é justamente seu profissional. Se ele não atua com ética, verdade e profissionalismo, então como um veículo pode transmitir seriedade e confiança a seus leitores?
De volta à pauta
Está voltando às manchetes dos jornais em todo o mundo o tema do conflito israelo-palestino, depois da guerra no Iraque. Agora as atenções estão voltadas ao Road Map (a tradução adotada pela imprensa brasileira, Mapa da Estrada, é indecente!), o plano do Quarteto (EUA, Rússia, União Européia e ONU) que pretende em três fases trazer a paz para a região. E, com isso, vai recomeçar a pipocar mídia anti-semita e anti-Israel... É esperar pra ver...
Casa nova
Está todinho reformulado o site da Hebraica de São Paulo. Eu ajudei no começo da reformulação, mas acabei me desligando por falta de tempo (mesmo assim, eles mantiveram meu nome como colaborador, aqui). Ficou muito bom. Espero voltar a ajudar!
Li hoje assustado no Estadão a história de um jornalista de 27 anos que conseguiu de uma vez só acabar com a própria carreira e reputação e, de quebra, fazer estremecer a relação de confiança entre o The New York Times, um dos mais antigos e respeitados jornais norte-americanos, e seus leitores. O cara forjou entrevistas, plagiou outros veículos, criou situações que nunca existiram e mandou material dizendo que estava em lugares onde nunca esteve... Que ética pode ter uma pessoa assim? O recurso humano do jornal é justamente seu profissional. Se ele não atua com ética, verdade e profissionalismo, então como um veículo pode transmitir seriedade e confiança a seus leitores?
De volta à pauta
Está voltando às manchetes dos jornais em todo o mundo o tema do conflito israelo-palestino, depois da guerra no Iraque. Agora as atenções estão voltadas ao Road Map (a tradução adotada pela imprensa brasileira, Mapa da Estrada, é indecente!), o plano do Quarteto (EUA, Rússia, União Européia e ONU) que pretende em três fases trazer a paz para a região. E, com isso, vai recomeçar a pipocar mídia anti-semita e anti-Israel... É esperar pra ver...
Casa nova
Está todinho reformulado o site da Hebraica de São Paulo. Eu ajudei no começo da reformulação, mas acabei me desligando por falta de tempo (mesmo assim, eles mantiveram meu nome como colaborador, aqui). Ficou muito bom. Espero voltar a ajudar!
11.5.03
Da série Tratados e Teorias: Teoria da aliança
(Leia também, da mesma série, Tratado sobre a ex)
Tenho uma teoria sobre alianças de compromisso, aquelas prateadas que entregamos em clima de paixão, quando o namoro vai muito bem e que, geralmente, usa-se na mão direita, "para ser trocada de cor e de mão no altar". Alianças, algumas delas de ouro branco, outras de bijuteria, servem apenas para as brigas. Já explico minha opinião. Antes, quero dizer que já usei alianças, e que elas tinham até nossos nomes gravados. Por isso, falo com autoridade!
Estava saindo da faculdade outro dia quando ouvi o pedaço de um desabafo de uma garota, conversando com outras duas: Aí eu joguei a aliança na cara dele. Pois é... Nessas horas, mesmo que lhe falte um vaso ou algo mais pesado e mortífero para jogar contra a cabeça do sujeito, as alianças funcionam perfeitamente. A minha aliança (não a que eu usava, a outra...!), com o meu nome gravado e tudo mais, já foi parar dentro de uma piscina...
Era assim: a gente brigava, discutia, arrancava a aliança e jogava -o destino delas era variado: fundo de piscina (depois eu tive que mergulhar para procurar...!), a cara do outro, o chão, o lixo, o banco de trás do carro... Enfim, o que estivesse mais próximo e que parecesse mais ameaçador para o pedacinho de metal (qualquer que fosse o metal!). Por isso eu sou contra alianças hoje. Elas quase só servem para as brigas! "Quase" porque também são ótimas para atrair gente do sexo oposto -mas aí já não adianta mais nada!
(Leia também, da mesma série, Tratado sobre a ex)
Tenho uma teoria sobre alianças de compromisso, aquelas prateadas que entregamos em clima de paixão, quando o namoro vai muito bem e que, geralmente, usa-se na mão direita, "para ser trocada de cor e de mão no altar". Alianças, algumas delas de ouro branco, outras de bijuteria, servem apenas para as brigas. Já explico minha opinião. Antes, quero dizer que já usei alianças, e que elas tinham até nossos nomes gravados. Por isso, falo com autoridade!
Estava saindo da faculdade outro dia quando ouvi o pedaço de um desabafo de uma garota, conversando com outras duas: Aí eu joguei a aliança na cara dele. Pois é... Nessas horas, mesmo que lhe falte um vaso ou algo mais pesado e mortífero para jogar contra a cabeça do sujeito, as alianças funcionam perfeitamente. A minha aliança (não a que eu usava, a outra...!), com o meu nome gravado e tudo mais, já foi parar dentro de uma piscina...
Era assim: a gente brigava, discutia, arrancava a aliança e jogava -o destino delas era variado: fundo de piscina (depois eu tive que mergulhar para procurar...!), a cara do outro, o chão, o lixo, o banco de trás do carro... Enfim, o que estivesse mais próximo e que parecesse mais ameaçador para o pedacinho de metal (qualquer que fosse o metal!). Por isso eu sou contra alianças hoje. Elas quase só servem para as brigas! "Quase" porque também são ótimas para atrair gente do sexo oposto -mas aí já não adianta mais nada!
Uma bela entrevista
Muito boa a entrevista de José Hamilton Ribeiro, para a Trip deste mês. Confesso que olhei a revista na banca por causa da foto da Lavínia Vlasak (autora da frase e dona das curvas ao lado) na capa. Mas decidi comprar mesmo por causa da chamada para a entrevista com o jornalista, o "repórter-mito da imprensa brasileira", como a matéria do Paulo Lima, um dos meus ídolos (eu acho!), descreveu.
O texto começa com uma lição de vida. O original da reportagem de Zé Hamilton para a Realidade, a melhor revista que o Brasil já teve, conta o momento da explosão da mina que lhe arrancou a perna, durante a cobertura da guerra do Vietnã em 1968. A primeira reação do repórter, atingido, foi a de perguntar, em meio à fumaça, se o soldado destacado para acompanhá-lo, se ele estava bem. Nos capítulos seguintes da reportagem de Ribeiro, que saiu na Realidade, ele narra como as pessoas, afinal, mesmo feridas, não reclamam da situação. O texto pode ser lido no livro A arte da reportagem, de Igor Fuser.
Enfim, o que mais de chamou a atenção na entrevista foi a opinião do Zé Hamilton sobre a guerra dos EUA contra o Iraque. Confesso que me surpreendi ao ler que ele é/ foi favorável à guerra, mesmo depois de ter saído mutilado de um outro episódio bélico. O cara, uma espécie de "lenda" do jornalismo brasileiro, com seis prêmios Esso, dá argumentos muito parecidos com os meus para justificar o que alguns poderiam chamar de belicismo:
Saddam Hussein jogou armas químicas nos curdos. Morreram todas as pessoas de uma pequena vila. Sentindo falta de ar dentro de casa, corriam para a rua, e lá estava o gás. Morreu todo o mundo na calçada, enconstado nos bancos, de boca aberta, tentando buscar o ar. Nesse momento, a ONU tinha de ter levado Saddam a julgamento como fez com Slobodan Milosevic [ex-ditador e presidente iugoslavo, também conhecido como "carniceiro de Belgrado"], acusado de genocídio. É fácil, principalmente pro pessoal esquerzidóide, condenar de pronto a invasão ao Iraque. Mas é inegável que a ONU se omitiu, virou um paraíso de burocratas, onde o mote é reunião. Discute daqui, discute dali, e ninguém pega no ganzê, ninguém pega no breu. Chegou a hora em que pelo menos uma parte do mundo, uma parte ponderada que envolve EUA, Inglaterra, Itália e cerca de 40 países, sentiu que tinha de dar um basta num tirano primitivo, um fascínora quase amoral, um sujeito que manda matar genro, que é capaz de explorar um povo tão pobre ao nível de possuir 20 palácios e muitos milhões de dólares no exterior. De repente aparece um presidente americano corajoso demais ou meio ensandecido, que decide desarmar esse homem. Desde que amanhã não se veja que essa invasão ao Iraque tem a ver com interesse direto no petróleo, desde que não se tomem os poços para companhias americanas, a história vai comprovar que essa foi uma guerra generosa. E os EUA serão absolvidos. Agora, se amanhã se provar interesses mesquinhos da parte dos americanos, a história também não vai perdoar.
É para se pensar, não? Eu também gostei das dicas dele para um bom correspondente de guerra (que, se pararmos para pensar, podem ser as dicas para um bom jornalista):
1º) O jornalista traz na alma a vaidade, complexo de herói, 'espírito cooperativo' e a curiosidade;
2º) O profissional precisa ser bem-amado, ter bom intestino e não estar pejado de ódio e inveja;
3º) O repórter precisa ter bons dentes, saber inglês, ler poesia, conhecer a constituição de uma orquestra sinfônica e as gemas no ombro dos militares.
Muito boa a entrevista de José Hamilton Ribeiro, para a Trip deste mês. Confesso que olhei a revista na banca por causa da foto da Lavínia Vlasak (autora da frase e dona das curvas ao lado) na capa. Mas decidi comprar mesmo por causa da chamada para a entrevista com o jornalista, o "repórter-mito da imprensa brasileira", como a matéria do Paulo Lima, um dos meus ídolos (eu acho!), descreveu.
O texto começa com uma lição de vida. O original da reportagem de Zé Hamilton para a Realidade, a melhor revista que o Brasil já teve, conta o momento da explosão da mina que lhe arrancou a perna, durante a cobertura da guerra do Vietnã em 1968. A primeira reação do repórter, atingido, foi a de perguntar, em meio à fumaça, se o soldado destacado para acompanhá-lo, se ele estava bem. Nos capítulos seguintes da reportagem de Ribeiro, que saiu na Realidade, ele narra como as pessoas, afinal, mesmo feridas, não reclamam da situação. O texto pode ser lido no livro A arte da reportagem, de Igor Fuser.
Enfim, o que mais de chamou a atenção na entrevista foi a opinião do Zé Hamilton sobre a guerra dos EUA contra o Iraque. Confesso que me surpreendi ao ler que ele é/ foi favorável à guerra, mesmo depois de ter saído mutilado de um outro episódio bélico. O cara, uma espécie de "lenda" do jornalismo brasileiro, com seis prêmios Esso, dá argumentos muito parecidos com os meus para justificar o que alguns poderiam chamar de belicismo:
Saddam Hussein jogou armas químicas nos curdos. Morreram todas as pessoas de uma pequena vila. Sentindo falta de ar dentro de casa, corriam para a rua, e lá estava o gás. Morreu todo o mundo na calçada, enconstado nos bancos, de boca aberta, tentando buscar o ar. Nesse momento, a ONU tinha de ter levado Saddam a julgamento como fez com Slobodan Milosevic [ex-ditador e presidente iugoslavo, também conhecido como "carniceiro de Belgrado"], acusado de genocídio. É fácil, principalmente pro pessoal esquerzidóide, condenar de pronto a invasão ao Iraque. Mas é inegável que a ONU se omitiu, virou um paraíso de burocratas, onde o mote é reunião. Discute daqui, discute dali, e ninguém pega no ganzê, ninguém pega no breu. Chegou a hora em que pelo menos uma parte do mundo, uma parte ponderada que envolve EUA, Inglaterra, Itália e cerca de 40 países, sentiu que tinha de dar um basta num tirano primitivo, um fascínora quase amoral, um sujeito que manda matar genro, que é capaz de explorar um povo tão pobre ao nível de possuir 20 palácios e muitos milhões de dólares no exterior. De repente aparece um presidente americano corajoso demais ou meio ensandecido, que decide desarmar esse homem. Desde que amanhã não se veja que essa invasão ao Iraque tem a ver com interesse direto no petróleo, desde que não se tomem os poços para companhias americanas, a história vai comprovar que essa foi uma guerra generosa. E os EUA serão absolvidos. Agora, se amanhã se provar interesses mesquinhos da parte dos americanos, a história também não vai perdoar.
É para se pensar, não? Eu também gostei das dicas dele para um bom correspondente de guerra (que, se pararmos para pensar, podem ser as dicas para um bom jornalista):
1º) O jornalista traz na alma a vaidade, complexo de herói, 'espírito cooperativo' e a curiosidade;
2º) O profissional precisa ser bem-amado, ter bom intestino e não estar pejado de ódio e inveja;
3º) O repórter precisa ter bons dentes, saber inglês, ler poesia, conhecer a constituição de uma orquestra sinfônica e as gemas no ombro dos militares.
9.5.03
Ausente
Ando meio ausente nos últimos dias, eu sei. Mas há uma razão pra isso... Eu tenho muito pra contar e, só para não perder a tradição de escrever todos os dias no 23ª idade, vou dar uma palhinha do que já está pipocando na minha mente e que vai estar aqui assim que eu tiver um tempinho pra colocar...
Teoria da aliança, a minha opinião sobre para que servem as alianças de compromisso...!
Uma bela entrevista, a do jornalista José Hamilton Ribeiro na Trip de maio.
Kamtchatka: o que eu achei do último filme a que assisti no cinema.
Uma tutoria -minha mais nova atividade voluntária e a satisfação que ela me dá.
Aguardem!!!
Ando meio ausente nos últimos dias, eu sei. Mas há uma razão pra isso... Eu tenho muito pra contar e, só para não perder a tradição de escrever todos os dias no 23ª idade, vou dar uma palhinha do que já está pipocando na minha mente e que vai estar aqui assim que eu tiver um tempinho pra colocar...
Teoria da aliança, a minha opinião sobre para que servem as alianças de compromisso...!
Uma bela entrevista, a do jornalista José Hamilton Ribeiro na Trip de maio.
Kamtchatka: o que eu achei do último filme a que assisti no cinema.
Uma tutoria -minha mais nova atividade voluntária e a satisfação que ela me dá.
Aguardem!!!
Ops...
Fiquei preocupado com os números e fui verificar no medidor da Aleinu (que tem um serviço fornecido pela excelente Locaweb) qual a realidade hoje, de fato diferente do que era há alguns meses. Hoje o visitante da revista eletrônica fica em média 10'23" no site. Menos mal! Mas que eu ainda estou contente com os números do blog, estou!
Mas o que eu gosto mesmo é de verificar nos relatórios de que países são as pessoas que entram no site da Aleinu! A maioria, claro, é do Brasil (66,1%). Depois vem EUA (28,1%), Israel (2,12%) e Portugal (1,91%). Mas também tem gente do Japão, da Holanda, França, Alemanha, do México, da Argentina, Espanha, Eslováquia (!), do Uruguai, da Itália, do Qatar (serão espiões, meu D-s?!), e da Suíça.
Fiquei preocupado com os números e fui verificar no medidor da Aleinu (que tem um serviço fornecido pela excelente Locaweb) qual a realidade hoje, de fato diferente do que era há alguns meses. Hoje o visitante da revista eletrônica fica em média 10'23" no site. Menos mal! Mas que eu ainda estou contente com os números do blog, estou!
Mas o que eu gosto mesmo é de verificar nos relatórios de que países são as pessoas que entram no site da Aleinu! A maioria, claro, é do Brasil (66,1%). Depois vem EUA (28,1%), Israel (2,12%) e Portugal (1,91%). Mas também tem gente do Japão, da Holanda, França, Alemanha, do México, da Argentina, Espanha, Eslováquia (!), do Uruguai, da Itália, do Qatar (serão espiões, meu D-s?!), e da Suíça.
Case de sucesso
Inacreditável! Eu tenho visitas diárias mais demoradas no 23ª idade do que no site profissional (embora voluntário) que produzo, o da revista Aleinu! De acordo com o SiteMeter, que faz as medições daqui, as visitas no blog duram em média 4'38"... É um verdadeiro case de sucesso! De duas, uma: ou as pessoas que visitam a Aleinu são muito rápidas na leitura ou eu estou acertando na fórmula mais aqui que lá! Opiniões?
Inacreditável! Eu tenho visitas diárias mais demoradas no 23ª idade do que no site profissional (embora voluntário) que produzo, o da revista Aleinu! De acordo com o SiteMeter, que faz as medições daqui, as visitas no blog duram em média 4'38"... É um verdadeiro case de sucesso! De duas, uma: ou as pessoas que visitam a Aleinu são muito rápidas na leitura ou eu estou acertando na fórmula mais aqui que lá! Opiniões?
Da série "coisas desse Brasil brasileiro"
Para que UTI se os idosos iam morrer de qualquer jeito? Assim pensa o nosso caro ministro da Saúde, Humberto Costa. Não só pensa, como diz... Mas não tem problema: ele rapidamente se desculpou... Assim fica fácil!
Para que UTI se os idosos iam morrer de qualquer jeito? Assim pensa o nosso caro ministro da Saúde, Humberto Costa. Não só pensa, como diz... Mas não tem problema: ele rapidamente se desculpou... Assim fica fácil!
Não é ótimo quando as coisas simplesmente... funcionam?
Sensacional esse comercial da Honda, feito para o Accord, sem qualquer recurso de computação visual! Vale a pena, confiram!
Sensacional esse comercial da Honda, feito para o Accord, sem qualquer recurso de computação visual! Vale a pena, confiram!
8.5.03
Lenha
Zeca Baleiro
Eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer.
Eu amo você
Mas não sei o que
Isso quer dizer
Eu não sei por quê
Eu teimo em dizer
Que amo você.
Se eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer
Se eu digo pare
Você não repare
No que possa parecer.
Se eu digo siga
O que quer que eu diga
Você não vai entender.
Mas se eu digo venha
Você traz a lenha
Pro meu fogo acender
Zeca Baleiro
Eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer.
Eu amo você
Mas não sei o que
Isso quer dizer
Eu não sei por quê
Eu teimo em dizer
Que amo você.
Se eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer
Se eu digo pare
Você não repare
No que possa parecer.
Se eu digo siga
O que quer que eu diga
Você não vai entender.
Mas se eu digo venha
Você traz a lenha
Pro meu fogo acender
Uma boa noite de sono
São quase duas da tarde, eu sei. Eu acordei há pouco, perdi a aula de Economia, perdi uma reunião que tinha em São Bernardo, vou perder a eletiva de Violência que começa dentro de alguns minutos... Não importa. Eu estava com tanto sono, ontem, depois de mais de 48 horas sem dormir (só tirei um cochilo de uma hora antes de entrar na aula, à tarde...), que cheguei em casa e nem liguei o computador -pulei direto na cama... Enfim, nada como uma boa noite de sono. Estou me sentindo outro agora!!! Então, bom dia!
Os Nós
Mano Borges/
Zeca Baleiro
Nada foi em vão,
Nem tudo é tão igual,
Em pouco tempo
A gente muda de opinião.
Obrigado pelo sexo,
Pelo teu suor.
Muitas vezes sinto falta
Desse teu prazer.
Vou me dar um tempo,
Vou mudar os nós.
Vou mudar o vento,
Outra direção.
Vou girar o mundo,
Vou me dar prazer.
Vou virar deserto
Pra te esquecer.
São quase duas da tarde, eu sei. Eu acordei há pouco, perdi a aula de Economia, perdi uma reunião que tinha em São Bernardo, vou perder a eletiva de Violência que começa dentro de alguns minutos... Não importa. Eu estava com tanto sono, ontem, depois de mais de 48 horas sem dormir (só tirei um cochilo de uma hora antes de entrar na aula, à tarde...), que cheguei em casa e nem liguei o computador -pulei direto na cama... Enfim, nada como uma boa noite de sono. Estou me sentindo outro agora!!! Então, bom dia!
Os Nós
Mano Borges/
Zeca Baleiro
Nada foi em vão,
Nem tudo é tão igual,
Em pouco tempo
A gente muda de opinião.
Obrigado pelo sexo,
Pelo teu suor.
Muitas vezes sinto falta
Desse teu prazer.
Vou me dar um tempo,
Vou mudar os nós.
Vou mudar o vento,
Outra direção.
Vou girar o mundo,
Vou me dar prazer.
Vou virar deserto
Pra te esquecer.
7.5.03
Dossiê
Para quem, como eu, acha que precisa entender melhor a reforma da Previdência, a Veja tem um ótimo dossiê, com tudo bem mastigado e explicadinho.
Para quem, como eu, acha que precisa entender melhor a reforma da Previdência, a Veja tem um ótimo dossiê, com tudo bem mastigado e explicadinho.
Um corpo que cai
Vi um morto hoje. A cena é chocante. Era um motoqueiro que aparentemente foi atropelado no meio da Via Anchieta... Imediatamente me lembrei de um acidente que ocorreu na esquina de casa, quando eu morava em Higienópolis. Dois carros colidiram e um deles voôu contra uma parede, matando uma mulher que dormia no local. Fiquei chocado de ver o corpo estatelado. Hoje, de novo. A morte assusta.
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego. (Construção, do Chico)
Vi um morto hoje. A cena é chocante. Era um motoqueiro que aparentemente foi atropelado no meio da Via Anchieta... Imediatamente me lembrei de um acidente que ocorreu na esquina de casa, quando eu morava em Higienópolis. Dois carros colidiram e um deles voôu contra uma parede, matando uma mulher que dormia no local. Fiquei chocado de ver o corpo estatelado. Hoje, de novo. A morte assusta.
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego. (Construção, do Chico)
Indignação
Não precisa falar muita coisa. Basta ler a notícia (Pela segunda vez, Senado livra ACM da cassação) e entender o sentimento. Outro dia eu ouvia um comentário na rádio sobre as eleições na Argentina -tinham acabado de colocar no segundo turno o Menem (recém-saído da prisão...). No Brasil as coisas são assim mesmo. Memória política curta, impunidade, corrupção...
Demorou, mas ele veio...
Falou-se muito, mas o Beira-Mar acabou voltando para São Paulo... Quem é que não se lembra do Alckmin, à época da primeira vez que o traficante ficou no Estado, garantindo que seria uma situação temporária e que o bandido não voltaria mais ao presídio?! Pois Fernandinho voltou, e voltou em operação cinematográfica. É a velha história: bandido tratado como herói, em uma sociedade que prima por não se indignar e calar-se...
Não precisa falar muita coisa. Basta ler a notícia (Pela segunda vez, Senado livra ACM da cassação) e entender o sentimento. Outro dia eu ouvia um comentário na rádio sobre as eleições na Argentina -tinham acabado de colocar no segundo turno o Menem (recém-saído da prisão...). No Brasil as coisas são assim mesmo. Memória política curta, impunidade, corrupção...
Demorou, mas ele veio...
Falou-se muito, mas o Beira-Mar acabou voltando para São Paulo... Quem é que não se lembra do Alckmin, à época da primeira vez que o traficante ficou no Estado, garantindo que seria uma situação temporária e que o bandido não voltaria mais ao presídio?! Pois Fernandinho voltou, e voltou em operação cinematográfica. É a velha história: bandido tratado como herói, em uma sociedade que prima por não se indignar e calar-se...
Bom dia
O dia vai nascendo em São Paulo. Da janela privilegiada do 18º andar, vejo as poucas luzes darem lugar ao sol que vai chegando, ouço o silêncio dar lugar aos primeiros carros que circulam nas ruas até agora desertas. Minha resenha já tem cara, corpo. Falta a ela apenas uma personalidade -que ela vai ganhar logo mais, antes que eu consiga sair de casa. Mais um dia vai começando em Sampa. Bom dia!
O dia vai nascendo em São Paulo. Da janela privilegiada do 18º andar, vejo as poucas luzes darem lugar ao sol que vai chegando, ouço o silêncio dar lugar aos primeiros carros que circulam nas ruas até agora desertas. Minha resenha já tem cara, corpo. Falta a ela apenas uma personalidade -que ela vai ganhar logo mais, antes que eu consiga sair de casa. Mais um dia vai começando em Sampa. Bom dia!
Da série "textos de outros que poderiam ser meus"
O que é que ele vê nela? (Martha Medeiros, daqui)
E o que é que ela vê nele? Nossos amigos se interrogam sobre nossas escolhas, e nós fazemos o mesmo em relação às escolhas deles. O que é, caramba, que aquele Fulano tem de especial? E qual será o encanto secreto da Beltrana?
Vou contar o que ela vê nele: ela vê tudo o que não conseguiu ver no próprio pai, ela vê uma serenidade rara e isso é mais importante do que o Porsche que ele não tem, ela vê que ele se emociona com pequenos gestos e se revolta com injustiças, ela vê uma pinta no ombro esquerdo que estranhamente ninguém repara, ela vê que ele faz tudo para que ela fique contente, ela vê que os olhos dele franzem na hora de ler um livro e mesmo assim o teimoso não procura um oftalmologista, ela vê que ele erra, mas quando acerta, acerta em cheio, que ele parece um lorde numa mesa de restaurante mas é desajeitado pra se vestir, ela vê que ele não dá a mínima para comportamentos padrões, ela vê que ele é um sonhador incorrigível, ela o vê chorando, ela o vê nu, ela o vê no que ele tem de invisível para todos os outros.
Agora vou contar o que ele vê nela: ele vê, sim, que o corpo dela não é nem de longe parecido com o da Daniella Cicarelli, mas vê que ela tem uma coxa roliça e uma boca que sorri mais para um lado do que para o outro, e vê que ela, do jeito que é, preenche todas as suas carências do passado, e vê que ela precisa dele e isso o faz sentir importante, e vê que ela até hoje não aprendeu a fazer um rabo-de-cavalo decente, mas faz um cafuné que deveria ser patenteado, e vê que ela boceja só de pensar na palavra bocejo e que faz parecer que é sempre primavera, de tanto que gosta de flores em casa, e ele vê que ela é tão insegura quanto ele e é humana como todos, vê que ela é livre e poderia estar com qualquer outra pessoa, mas é ao seu lado que está, e vê que ela se preocupa quando ele chega tarde e não se preocupa se ele não diz que a ama de 10 em 10 minutos, e por isso ele a ama mesmo que ninguém entenda.
O que é que ele vê nela? (Martha Medeiros, daqui)
E o que é que ela vê nele? Nossos amigos se interrogam sobre nossas escolhas, e nós fazemos o mesmo em relação às escolhas deles. O que é, caramba, que aquele Fulano tem de especial? E qual será o encanto secreto da Beltrana?
Vou contar o que ela vê nele: ela vê tudo o que não conseguiu ver no próprio pai, ela vê uma serenidade rara e isso é mais importante do que o Porsche que ele não tem, ela vê que ele se emociona com pequenos gestos e se revolta com injustiças, ela vê uma pinta no ombro esquerdo que estranhamente ninguém repara, ela vê que ele faz tudo para que ela fique contente, ela vê que os olhos dele franzem na hora de ler um livro e mesmo assim o teimoso não procura um oftalmologista, ela vê que ele erra, mas quando acerta, acerta em cheio, que ele parece um lorde numa mesa de restaurante mas é desajeitado pra se vestir, ela vê que ele não dá a mínima para comportamentos padrões, ela vê que ele é um sonhador incorrigível, ela o vê chorando, ela o vê nu, ela o vê no que ele tem de invisível para todos os outros.
Agora vou contar o que ele vê nela: ele vê, sim, que o corpo dela não é nem de longe parecido com o da Daniella Cicarelli, mas vê que ela tem uma coxa roliça e uma boca que sorri mais para um lado do que para o outro, e vê que ela, do jeito que é, preenche todas as suas carências do passado, e vê que ela precisa dele e isso o faz sentir importante, e vê que ela até hoje não aprendeu a fazer um rabo-de-cavalo decente, mas faz um cafuné que deveria ser patenteado, e vê que ela boceja só de pensar na palavra bocejo e que faz parecer que é sempre primavera, de tanto que gosta de flores em casa, e ele vê que ela é tão insegura quanto ele e é humana como todos, vê que ela é livre e poderia estar com qualquer outra pessoa, mas é ao seu lado que está, e vê que ela se preocupa quando ele chega tarde e não se preocupa se ele não diz que a ama de 10 em 10 minutos, e por isso ele a ama mesmo que ninguém entenda.
Ó, vida cruel....
Estou morrendo de rir com esse guia prático do blog intelectual. Rindo pra não chorar. Ainda não fechei a porra da resenha de Era dos extremos, que tenho que entregar amanhã... É que não consigo me dedicar a isso... Poxa, são quase três da manhã. E eu não consigo dormir, também. Já passeei por todos os blogs de amigos e conhecidos... Meu despertador toca às 6h!
Estou morrendo de rir com esse guia prático do blog intelectual. Rindo pra não chorar. Ainda não fechei a porra da resenha de Era dos extremos, que tenho que entregar amanhã... É que não consigo me dedicar a isso... Poxa, são quase três da manhã. E eu não consigo dormir, também. Já passeei por todos os blogs de amigos e conhecidos... Meu despertador toca às 6h!
Se você quiser me queira
Se você marcar bobeira
Volto pra mamãe, volto pra papai.
Corro pro Xingu, fujo pra Xangai.
Se você não der bandeira
Que você me quer, não terá.
Meu amor de fato, meu beijo fatal.
Minha solidão, nem meu carnaval.
Se você não me quer mais
Se você não me quer mais, eu quero.
Se você não me quer nunca mais
Eu fico dodói, fico jururu.
Vou pro Junqueri, volto pra Bangu.
(Dodói, Zeca Baleiro)
Se você marcar bobeira
Volto pra mamãe, volto pra papai.
Corro pro Xingu, fujo pra Xangai.
Se você não der bandeira
Que você me quer, não terá.
Meu amor de fato, meu beijo fatal.
Minha solidão, nem meu carnaval.
Se você não me quer mais
Se você não me quer mais, eu quero.
Se você não me quer nunca mais
Eu fico dodói, fico jururu.
Vou pro Junqueri, volto pra Bangu.
(Dodói, Zeca Baleiro)
A cabeça presa no pescoço
Do meu diário de um solteiro morando sozinho: só uma pessoa como eu poderia perder a chave do próprio carro. Pois é, aconteceu. É que hoje foi meu rodízio, e eu tive que trocar de carro com o meu pai. Na troca e destroca, acabei deixando a chave dentro do armário (eu ia descobrir depois, em meio a um desespero que me fez procurar até mesmo dentro da geladeira -vai saber!). Enfim, já achei a chave e está tudo bem. Mas que tomei um puta susto, tomei! Vou começar a deixar a chave em um lugar só...! Preciso me organizar... Tempo, rotinas etc etc etc...
Lembrete
(Carlos Drummond de Andrade)
Se procurar bem, você acaba encontrando
não a explicação (duvidosa) da vida,
mas a poesia (inexplicável) da vida.
Do meu diário de um solteiro morando sozinho: só uma pessoa como eu poderia perder a chave do próprio carro. Pois é, aconteceu. É que hoje foi meu rodízio, e eu tive que trocar de carro com o meu pai. Na troca e destroca, acabei deixando a chave dentro do armário (eu ia descobrir depois, em meio a um desespero que me fez procurar até mesmo dentro da geladeira -vai saber!). Enfim, já achei a chave e está tudo bem. Mas que tomei um puta susto, tomei! Vou começar a deixar a chave em um lugar só...! Preciso me organizar... Tempo, rotinas etc etc etc...
Lembrete
(Carlos Drummond de Andrade)
Se procurar bem, você acaba encontrando
não a explicação (duvidosa) da vida,
mas a poesia (inexplicável) da vida.
6.5.03
Como o arco-íris
Ontem foi Yom Hazikaron, mas hoje é Yom Haatzmaut, dia da independência do Estado de Israel -que comemora 55 anos, apesar de todas as tentativas terroristas de acabar com seu direito de existência. Essa apresentação resume o sentimento que temos em relação à data... É como se fosse o arco-íris depois da tempestade. Vale a pena assistir.
Na Marcha da Vida internacional, que ocorre todo ano entre a Polônia (onde se visita campos de concentração e o que foi a vida judaica do país) e Israel (onde se chega em meio às comemorações de independência) esse sentimento é ainda mais forte. Enfim, deve ser e é o que narram as pessoas que foram. Eu espero ir ano que vem.
Demonstração
Hoje então Israel comemora seus 55 anos. E a bandeira está na janela de casa...
Ontem foi Yom Hazikaron, mas hoje é Yom Haatzmaut, dia da independência do Estado de Israel -que comemora 55 anos, apesar de todas as tentativas terroristas de acabar com seu direito de existência. Essa apresentação resume o sentimento que temos em relação à data... É como se fosse o arco-íris depois da tempestade. Vale a pena assistir.
Na Marcha da Vida internacional, que ocorre todo ano entre a Polônia (onde se visita campos de concentração e o que foi a vida judaica do país) e Israel (onde se chega em meio às comemorações de independência) esse sentimento é ainda mais forte. Enfim, deve ser e é o que narram as pessoas que foram. Eu espero ir ano que vem.
Demonstração
Hoje então Israel comemora seus 55 anos. E a bandeira está na janela de casa...
O que não se diz para se eleger...
Violência faz Argentina parecer Brasil, diz candidato
O presidente do clube Boca Juniors e candidato de centro-direita a prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, afirmou hoje que a onda de sequestros e violência na Argentina "é cada vez mais parecida ao que historicamente se vive na Colômbia ou no Brasil".
Parece que alguém se esqueceu de que foi na Argentina que explodiram duas bombas -uma na Amia (entidade máxima da comunidade judaica) e outra na Embaixada israelense em Buenos Aires- na década de 1990. Pior, parece que alguém se esqueceu que foi a Argentina -e seu governo- que acobertou toda a investigação dos dois atentados -que mataram mais de duzentas pessoas, deixaram centenas de feridos e até hoje não estão resolvidos.
Cada coisa se diz para se eleger, não é?!
Violência faz Argentina parecer Brasil, diz candidato
O presidente do clube Boca Juniors e candidato de centro-direita a prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, afirmou hoje que a onda de sequestros e violência na Argentina "é cada vez mais parecida ao que historicamente se vive na Colômbia ou no Brasil".
Parece que alguém se esqueceu de que foi na Argentina que explodiram duas bombas -uma na Amia (entidade máxima da comunidade judaica) e outra na Embaixada israelense em Buenos Aires- na década de 1990. Pior, parece que alguém se esqueceu que foi a Argentina -e seu governo- que acobertou toda a investigação dos dois atentados -que mataram mais de duzentas pessoas, deixaram centenas de feridos e até hoje não estão resolvidos.
Cada coisa se diz para se eleger, não é?!
5.5.03
Dia de lembrar, pra não esquecer
"Lembrar pra não esquecer" parece ter virado um slogan batido, mas é mais que isso. É um ideal que se persegue no judaísmo. Lembra-se para não se esquecer e não se deixar esquecer. Não se deixa esquecer para que não se repita.
A verdade, porém, é que tudo se repete -as tragédias, perseguições, o anti-semitismo, fundamentalismos, terrorismo etc. Hoje é Yom Hazikaron, dia da lembrança. É o dia em que relembramos os mortos pelas guerras (as seis guerras -independência, anos 1950, seis dias, atrito, Yom Kipur e Líbano) e pelo terrorismo em Israel. É triste.
[Veja aqui como o Yom Hazikaron é "celebrado" em Israel -as pessoas saem dos carros durante o toque das sirenes que soam no país todo.]
Acabei de voltar de um lindo evento organizado pelos jovens da comunidade. Tenho orgulho de ser judeu (especialmente) nessas horas. Muito orgulho. Choro por dentro quando vejo uma garotinha de oito anos lendo palavras em hebraico com emoção, ou quando canto de olhos fechados o Hatikvá (esperança), o hino israelense. Um poema lido no evento foi escrito em homenagem a uma garota morta em um atentado. Diz assim:
E você nem mesmo sabe que deixou de existir, e ali está você deitada, tão bela, em meio aos terríveis destroços. Seu cabelo dourado adorna a sua fronte, e o anel acaricia a sua mão. Quem tirará você dali, bela menina? E quem terá coragem de cobrir o seu rosto com um manto negro, áspero? E você nem mesmo sabe que deixou de existir. Sua alma paira numa praça fecunda, passa por sobre esta terra, por sobre campos semeados e abertos, e você vem ao encontro do seu pai e da sua mãe. E você sabe que eles sabem. E você os vê calados -abrace-os, bela menina, pois por você eles choram, por você todos nós choramos. Porque chegou o momento do silêncio. (Miri Garzi)
"Lembrar pra não esquecer" parece ter virado um slogan batido, mas é mais que isso. É um ideal que se persegue no judaísmo. Lembra-se para não se esquecer e não se deixar esquecer. Não se deixa esquecer para que não se repita.
A verdade, porém, é que tudo se repete -as tragédias, perseguições, o anti-semitismo, fundamentalismos, terrorismo etc. Hoje é Yom Hazikaron, dia da lembrança. É o dia em que relembramos os mortos pelas guerras (as seis guerras -independência, anos 1950, seis dias, atrito, Yom Kipur e Líbano) e pelo terrorismo em Israel. É triste.
[Veja aqui como o Yom Hazikaron é "celebrado" em Israel -as pessoas saem dos carros durante o toque das sirenes que soam no país todo.]
Acabei de voltar de um lindo evento organizado pelos jovens da comunidade. Tenho orgulho de ser judeu (especialmente) nessas horas. Muito orgulho. Choro por dentro quando vejo uma garotinha de oito anos lendo palavras em hebraico com emoção, ou quando canto de olhos fechados o Hatikvá (esperança), o hino israelense. Um poema lido no evento foi escrito em homenagem a uma garota morta em um atentado. Diz assim:
E você nem mesmo sabe que deixou de existir, e ali está você deitada, tão bela, em meio aos terríveis destroços. Seu cabelo dourado adorna a sua fronte, e o anel acaricia a sua mão. Quem tirará você dali, bela menina? E quem terá coragem de cobrir o seu rosto com um manto negro, áspero? E você nem mesmo sabe que deixou de existir. Sua alma paira numa praça fecunda, passa por sobre esta terra, por sobre campos semeados e abertos, e você vem ao encontro do seu pai e da sua mãe. E você sabe que eles sabem. E você os vê calados -abrace-os, bela menina, pois por você eles choram, por você todos nós choramos. Porque chegou o momento do silêncio. (Miri Garzi)
Remix Século XX
Eu estava ouvindo Adriana Calcanhotto e passeando pelas notícias no portal da Agência Estado. Agorinha... E me deparei com essa notícia, sobre a morte no Rio do poeta Waly Salomão. No disco Público, gravado ao vivo, Adriana explica: "eu vou ler agora um poema novo, de Waly Salomão, que ele chama de Remix Século XX e eu chamo de Polivox". Esse é o poema da música... Eu adoro como ela amassa o papel no final da leitura!!! Aliás, adoro Adriana Calcanhotto, essa Adriana Calcanhotto!
Armar um tabuleiro de palavras-souvenirs
Apanhe e leve algumas palavras como souvenirs
Faça você mesmo seu micro tabuleiro enquanto jogo lingüístico
Babilaque, pop, chinfra, tropicália, parangolé, beatnick, vietkong, bolchevique, technicolor, biquini, pagode, axé, mambo, rádio, cibernética;
Celular, automóvel, buceta, favela, lisérgico, maconha, ninfeta, megafone, microfone, clone, sonar, sputinick, dada;
Sagarana, stéreo, subdesenvolvimento, existencialismo, fórmica, arroba, antivirus, motossera, mega-sena;
Cubofuturismo, biopirataria, dodecafônico, polifônico, naviloca, polivox, polivox, polivox, polivox, polivox, polivox, polivox...
Eu estava ouvindo Adriana Calcanhotto e passeando pelas notícias no portal da Agência Estado. Agorinha... E me deparei com essa notícia, sobre a morte no Rio do poeta Waly Salomão. No disco Público, gravado ao vivo, Adriana explica: "eu vou ler agora um poema novo, de Waly Salomão, que ele chama de Remix Século XX e eu chamo de Polivox". Esse é o poema da música... Eu adoro como ela amassa o papel no final da leitura!!! Aliás, adoro Adriana Calcanhotto, essa Adriana Calcanhotto!
Armar um tabuleiro de palavras-souvenirs
Apanhe e leve algumas palavras como souvenirs
Faça você mesmo seu micro tabuleiro enquanto jogo lingüístico
Babilaque, pop, chinfra, tropicália, parangolé, beatnick, vietkong, bolchevique, technicolor, biquini, pagode, axé, mambo, rádio, cibernética;
Celular, automóvel, buceta, favela, lisérgico, maconha, ninfeta, megafone, microfone, clone, sonar, sputinick, dada;
Sagarana, stéreo, subdesenvolvimento, existencialismo, fórmica, arroba, antivirus, motossera, mega-sena;
Cubofuturismo, biopirataria, dodecafônico, polifônico, naviloca, polivox, polivox, polivox, polivox, polivox, polivox, polivox...
"Máfia muito grande, enorme"
Uma garota foi baleada hoje na Estácio de Sá, universidade no Rio. Essas coisas me deixam louco... Relato de uma carioca que eu conheci hoje, no ICQ: "Isso é péssimo, e sabe o que é pior? Não é por falta de policiamento que a violência do Rio continua, é uma máfia muito grande, enorme". Triste. O Brasil é triste.
Uma garota foi baleada hoje na Estácio de Sá, universidade no Rio. Essas coisas me deixam louco... Relato de uma carioca que eu conheci hoje, no ICQ: "Isso é péssimo, e sabe o que é pior? Não é por falta de policiamento que a violência do Rio continua, é uma máfia muito grande, enorme". Triste. O Brasil é triste.
Fama?
Outro dia eu estava falando com um pessoal da faculdade sobre como a fama vem -e vai- fácil. Exemplo recente é o da ex-BBB Sabrina, que não ganhou o prêmio do programa mas vai encher os bolsos com o cachê que vai receber da Playboy. A revista vai fazer sucesso, certamente. Depois de dois meses, ninguém mais vai se lembrar dela. A fama é assim mesmo, frágil.
É disso, entre outras coisas, que trata o filme Confissões de uma mente perigosa (Confessions of a dangerous mind), excelente. A história é a do apresentador de TV Chuck Berris, contada do seu próprio ponto-de-vista (com base em uma "autobiografia não-autorizada") e a partir de entrevistas com pessoas que estiveram próximas dele. Além de uma trilha sonora muito caprichada, fotografia excelente e a novidade da estréia do ex-Plantão Médico George Clooney na direção, Confissões... discute de forma bem-humorada o peso da fama -a dificuldade de ter e a batalha para superar a perda.
No fim, trata-se de um filme sobre os dias de hoje. Aqueles programas que Chuck Berris criou são, na verdade, os mesmos que vemos na TV até hoje (como o Fica comigo, da MTV, pra não falar dos exemplos do SBT, que são muitos). A acusação que pesou sobre ele, a de que seus programas estariam "estragando" a televisão, permanecem também até hoje, atuais e verdadeiros. Mas não importa -o que se destaca no filme foi a capacidade de Berris de oferecer ao público o que o público queria ver.
Isso tudo é feito de forma sensacional -o narrador em primeira pessoa aparece nu em um tempo próximo do espectador, diante de suas memórias e trancado dentro de um quarto de hotel barato. E narra entre nostálgico e arrependido os fatos de sua vida dupla -durante o dia é um produtor de TV e à noite, um assassino a serviço da CIA (My name is Charles Hirsch Berris. I have written pop songs, I have been a television producer. In addition I have murdered thirty-three human-beings). Pelo menos é isso que ele conta...
Confissões... é também um filme sobre o amor, sobre sexo (muito sexo!), sobre a violência... sobre a vida. Enfim, é uma trama que vale a pena.
Outro dia eu estava falando com um pessoal da faculdade sobre como a fama vem -e vai- fácil. Exemplo recente é o da ex-BBB Sabrina, que não ganhou o prêmio do programa mas vai encher os bolsos com o cachê que vai receber da Playboy. A revista vai fazer sucesso, certamente. Depois de dois meses, ninguém mais vai se lembrar dela. A fama é assim mesmo, frágil.
É disso, entre outras coisas, que trata o filme Confissões de uma mente perigosa (Confessions of a dangerous mind), excelente. A história é a do apresentador de TV Chuck Berris, contada do seu próprio ponto-de-vista (com base em uma "autobiografia não-autorizada") e a partir de entrevistas com pessoas que estiveram próximas dele. Além de uma trilha sonora muito caprichada, fotografia excelente e a novidade da estréia do ex-Plantão Médico George Clooney na direção, Confissões... discute de forma bem-humorada o peso da fama -a dificuldade de ter e a batalha para superar a perda.
No fim, trata-se de um filme sobre os dias de hoje. Aqueles programas que Chuck Berris criou são, na verdade, os mesmos que vemos na TV até hoje (como o Fica comigo, da MTV, pra não falar dos exemplos do SBT, que são muitos). A acusação que pesou sobre ele, a de que seus programas estariam "estragando" a televisão, permanecem também até hoje, atuais e verdadeiros. Mas não importa -o que se destaca no filme foi a capacidade de Berris de oferecer ao público o que o público queria ver.
Isso tudo é feito de forma sensacional -o narrador em primeira pessoa aparece nu em um tempo próximo do espectador, diante de suas memórias e trancado dentro de um quarto de hotel barato. E narra entre nostálgico e arrependido os fatos de sua vida dupla -durante o dia é um produtor de TV e à noite, um assassino a serviço da CIA (My name is Charles Hirsch Berris. I have written pop songs, I have been a television producer. In addition I have murdered thirty-three human-beings). Pelo menos é isso que ele conta...
Confissões... é também um filme sobre o amor, sobre sexo (muito sexo!), sobre a violência... sobre a vida. Enfim, é uma trama que vale a pena.
3.5.03
Nome em ideogramas
Eu me apaixonei por idiomas orientais e ainda espero estudar pelo menos mais dois depois do hebraico (um deles será o árabe, certamente). Há mais ou menos um ano, quando eu estava no kibutz, em Israel, um voluntário que tinha vindo da Coréia do Sul escreveu meu nome no idioma dele. Tenho até hoje o papel guardado.
Enfim, tudo isso pra dizer que eu encontrei um site que desenha nomes em japonês. E esse aí, pronunciado "Gaburieru", seria o meu nome (confere, Bia?!). Bonito, né? Qualquer dia eu coloco aqui meu nome em coreano, se eu arrumar um scanner!
Pedra, papel, tesoura...
Falando em japonês, já jogou Jo quem pô? Divirta-se!
Brimos
Essas são as duas versões (imprensa e manuscrito) do meu nome ("Gavriel") em hebraico:
E assim, de acordo com descoberta do Michel, se escreve meu nome, pronunciado "Gibrial", em árabe:
Eu me apaixonei por idiomas orientais e ainda espero estudar pelo menos mais dois depois do hebraico (um deles será o árabe, certamente). Há mais ou menos um ano, quando eu estava no kibutz, em Israel, um voluntário que tinha vindo da Coréia do Sul escreveu meu nome no idioma dele. Tenho até hoje o papel guardado.
Enfim, tudo isso pra dizer que eu encontrei um site que desenha nomes em japonês. E esse aí, pronunciado "Gaburieru", seria o meu nome (confere, Bia?!). Bonito, né? Qualquer dia eu coloco aqui meu nome em coreano, se eu arrumar um scanner!
Pedra, papel, tesoura...
Falando em japonês, já jogou Jo quem pô? Divirta-se!
Brimos
Essas são as duas versões (imprensa e manuscrito) do meu nome ("Gavriel") em hebraico:
E assim, de acordo com descoberta do Michel, se escreve meu nome, pronunciado "Gibrial", em árabe:
Sobre mutantes e preconceito
Fui ver X-Men 2, um pouco a contragosto, confesso. Não sou grande fã da série, nunca me interessei e fiquei me sentindo um pouco peixe fora d'água entre tantos profundos conhecedores do filme. Mesmo assim fui, e gostei.
Na verdade, eu gostei tanto que saí do cinema perguntando se há livros (e não apenas gibis) sobre o X-Men, para que eu possa ler a respeito e entender mais sobre os mutantes e seus poderes. Ninguém soube me responder, nem a Ana Paula, fanática pela história criada nos anos 1960 por Stan Lee.
Enfim... Ainda estou procurando e aceito sugestões! A verdade é que o filme também me inspirou, como eu contei, na resenha que eu estou escrevendo sobre o livro Era dos extremos... E, para olhos atentos (não para aqueles que o Estadão definiu como exército de nerds!), o filme tem uma mensagem muito interessante, com cenas que remetem a passagens bíblicas e a uma discussão sobre o preconceito (contra mutantes, assim como judeus, homossexuais, negros etc).
Vale dizer que o site é muito bom, com uma versão em português, inclusive. Vale a pena visitar. Agora fica a pergunta: se vai mesmo ser uma trilogia (a Ana Paula garantiu que sim), quando virá o X3?!
Fui ver X-Men 2, um pouco a contragosto, confesso. Não sou grande fã da série, nunca me interessei e fiquei me sentindo um pouco peixe fora d'água entre tantos profundos conhecedores do filme. Mesmo assim fui, e gostei.
Na verdade, eu gostei tanto que saí do cinema perguntando se há livros (e não apenas gibis) sobre o X-Men, para que eu possa ler a respeito e entender mais sobre os mutantes e seus poderes. Ninguém soube me responder, nem a Ana Paula, fanática pela história criada nos anos 1960 por Stan Lee.
Enfim... Ainda estou procurando e aceito sugestões! A verdade é que o filme também me inspirou, como eu contei, na resenha que eu estou escrevendo sobre o livro Era dos extremos... E, para olhos atentos (não para aqueles que o Estadão definiu como exército de nerds!), o filme tem uma mensagem muito interessante, com cenas que remetem a passagens bíblicas e a uma discussão sobre o preconceito (contra mutantes, assim como judeus, homossexuais, negros etc).
Vale dizer que o site é muito bom, com uma versão em português, inclusive. Vale a pena visitar. Agora fica a pergunta: se vai mesmo ser uma trilogia (a Ana Paula garantiu que sim), quando virá o X3?!
2.5.03
Ponto final
Mais uma semana passou, e hoje acho que vou conseguir finalmente voltar à sinagoga, depois de alguns shabatot sem ir. Já estava sentindo falta. Shabat Shalom leKulam. Já consegui ultrapassar a barreira da primeira página da resenha do livro Era dos extremos. Faltam outras três. O filme que vi ontem (e que vou comentar amanhã), X-Men 2, me inspirou...! Estou me entupindo de Leite Moça, por recomendação...!! E minha casa está em ordem!
Mais uma semana passou, e hoje acho que vou conseguir finalmente voltar à sinagoga, depois de alguns shabatot sem ir. Já estava sentindo falta. Shabat Shalom leKulam. Já consegui ultrapassar a barreira da primeira página da resenha do livro Era dos extremos. Faltam outras três. O filme que vi ontem (e que vou comentar amanhã), X-Men 2, me inspirou...! Estou me entupindo de Leite Moça, por recomendação...!! E minha casa está em ordem!
Pausa para uma crônica
E vale dizer que eu tirei essa do "Blog do Meu Pai", que eu li de cabo a rabo... São emocionantes os relatos de uma blogueira que não quer deixar morrer a memória do pai -que já faleceu. "Escrevo para meu pai viver mais", diz Stella, a autora.
Me fez lembrar de uma música do Pato Fu, Canção pra você viver mais, feita (se eu não me engano) em homenagem ao pai da Fernanda Takai, que tinha na época acabado de morrer (o pai, não ela).
A babá, de Adriana Falcão [sobre a autora]
Ela veio do interior. Onze irmãos. Começou a ajudar a mãe logo cedo, tomou conta de menino, catou piolho, caiou muro, passou fome, cortou cana. Um dia veio pro Rio de Janeiro, "agora, sim, o negócio vai ser outro". E lavou roupa, levou golpe, fez faxina, trabalhou em casa de madame, lustrou prata, engomou vestido de festa, levou gato angorá em pet shop, arrumou criança pra aula. Hoje ela cuida de uma velhinha bem velhinha que infelizmente não sai mais da cama. Logo no primeiro dia de serviço avisaram que dona Diva não falava. Porque duvidou disso, ela foi logo puxando conversa.
– A senhora tem cara de quem gosta de sorvete.
Breve silêncio.
– A mocinha falou comigo?
– Falei que a senhora tem cara de quem gosta de sorvete.
– Gosto muito do de pistache porque é verde.
– Com casquinha de biscoito?
– E muita calda por cima. O Major sempre me trazia, quando chegava da rua. Ele nunca deixou de me trazer nem que fosse um bombonzinho, um perfuminho, uma margarida...
A partir de então, dona Diva fala o dia inteiro.
– Quantos anos eu tenho mesmo?
– 91.
– Mentira sua.
Agora, sim, ela aprendeu. Sempre que a patroa pergunta a própria idade, ela responde "5". Ou 12. No máximo, 20. A velhinha fica feliz da vida.
– Tão engraçadinha essa menina.
– Não é menina, dona Diva, é o cachorro.
– Vocês pensam que me enganam.
O cachorro da casa passou a ser uma menina pra agradar dona Diva, que nunca gostou muito de cachorro. Precisa ver como ele fica lindo de lacinho e de vestido.
– Você não vai me levar pra escola hoje?
– É mesmo. Que burrice a minha. Vou só engomar seu uniforme primeiro.
– Você é muito demorada.
– A senhora é que não imagina o trabalho que dá pra passar aquela saia, prega por prega.
Mentira nem sempre é mentira de verdade. Esse tipo de filosofia, ela aprende no dia-a-dia.
– Vá tomando seu suquinho enquanto eu vou buscar a toalha.
– Pensa que eu não sei que você bota remédio dentro? E pode esquecer o banho.
Além de babá, ela passou a acumular as funções de enfermeira, mágica, diplomata, carteiro e autora de cartas fictícias.
– Olha o que acabou de chegar: carta de Alzira, sua amiga de infância.
– Finalmente. Cadê meus óculos?
– Deixa que eu leio pra senhora. "Querida Diva, por aqui está tudo bem, graças a Deus..."
(Desde a II Guerra dona Alzira não dá notícias.)
– E cadê Olavinho, que nunca mais apareceu?
– Tá ótimo. Bonito. Gordo. Mandou avisar que na semana que vem aparece sem falta.
(Olavinho não dá as caras há mais de trinta anos.)
– Não está na hora do meu balé?
– Seu balé não é hoje não, dona Diva. É dia de terça e quinta.
Quando esquece as coisas, a velhinha fica tão triste que não custa nada dar uma mãozinha.
– Eu preciso telefonar pro... pra... pro...
– Pro seu professor de piano.
– Que professor de piano, menina! Eu preciso telefonar pra...
– Pra costureira?
– Já disse que não.
– Claro que não. A senhora precisa ligar pro seu avô, que hoje é aniversário dele.
– Você quer parar de me atrapalhar? Eu já lembrei. Preciso telefonar pro Major pra saber se ele vai atrasar pra janta.
(O Major morreu em 1969.)
– Pode deixar que eu ligo. – (Disca um número qualquer.) – Só dá ocupado.
– Quantos anos eu tenho mesmo?
– 16.
– Então deixa pra lá. Com 16 eu não conhecia o Major ainda.
– É mesmo. Que burrice a minha.
E vale dizer que eu tirei essa do "Blog do Meu Pai", que eu li de cabo a rabo... São emocionantes os relatos de uma blogueira que não quer deixar morrer a memória do pai -que já faleceu. "Escrevo para meu pai viver mais", diz Stella, a autora.
Me fez lembrar de uma música do Pato Fu, Canção pra você viver mais, feita (se eu não me engano) em homenagem ao pai da Fernanda Takai, que tinha na época acabado de morrer (o pai, não ela).
A babá, de Adriana Falcão [sobre a autora]
Ela veio do interior. Onze irmãos. Começou a ajudar a mãe logo cedo, tomou conta de menino, catou piolho, caiou muro, passou fome, cortou cana. Um dia veio pro Rio de Janeiro, "agora, sim, o negócio vai ser outro". E lavou roupa, levou golpe, fez faxina, trabalhou em casa de madame, lustrou prata, engomou vestido de festa, levou gato angorá em pet shop, arrumou criança pra aula. Hoje ela cuida de uma velhinha bem velhinha que infelizmente não sai mais da cama. Logo no primeiro dia de serviço avisaram que dona Diva não falava. Porque duvidou disso, ela foi logo puxando conversa.
– A senhora tem cara de quem gosta de sorvete.
Breve silêncio.
– A mocinha falou comigo?
– Falei que a senhora tem cara de quem gosta de sorvete.
– Gosto muito do de pistache porque é verde.
– Com casquinha de biscoito?
– E muita calda por cima. O Major sempre me trazia, quando chegava da rua. Ele nunca deixou de me trazer nem que fosse um bombonzinho, um perfuminho, uma margarida...
A partir de então, dona Diva fala o dia inteiro.
– Quantos anos eu tenho mesmo?
– 91.
– Mentira sua.
Agora, sim, ela aprendeu. Sempre que a patroa pergunta a própria idade, ela responde "5". Ou 12. No máximo, 20. A velhinha fica feliz da vida.
– Tão engraçadinha essa menina.
– Não é menina, dona Diva, é o cachorro.
– Vocês pensam que me enganam.
O cachorro da casa passou a ser uma menina pra agradar dona Diva, que nunca gostou muito de cachorro. Precisa ver como ele fica lindo de lacinho e de vestido.
– Você não vai me levar pra escola hoje?
– É mesmo. Que burrice a minha. Vou só engomar seu uniforme primeiro.
– Você é muito demorada.
– A senhora é que não imagina o trabalho que dá pra passar aquela saia, prega por prega.
Mentira nem sempre é mentira de verdade. Esse tipo de filosofia, ela aprende no dia-a-dia.
– Vá tomando seu suquinho enquanto eu vou buscar a toalha.
– Pensa que eu não sei que você bota remédio dentro? E pode esquecer o banho.
Além de babá, ela passou a acumular as funções de enfermeira, mágica, diplomata, carteiro e autora de cartas fictícias.
– Olha o que acabou de chegar: carta de Alzira, sua amiga de infância.
– Finalmente. Cadê meus óculos?
– Deixa que eu leio pra senhora. "Querida Diva, por aqui está tudo bem, graças a Deus..."
(Desde a II Guerra dona Alzira não dá notícias.)
– E cadê Olavinho, que nunca mais apareceu?
– Tá ótimo. Bonito. Gordo. Mandou avisar que na semana que vem aparece sem falta.
(Olavinho não dá as caras há mais de trinta anos.)
– Não está na hora do meu balé?
– Seu balé não é hoje não, dona Diva. É dia de terça e quinta.
Quando esquece as coisas, a velhinha fica tão triste que não custa nada dar uma mãozinha.
– Eu preciso telefonar pro... pra... pro...
– Pro seu professor de piano.
– Que professor de piano, menina! Eu preciso telefonar pra...
– Pra costureira?
– Já disse que não.
– Claro que não. A senhora precisa ligar pro seu avô, que hoje é aniversário dele.
– Você quer parar de me atrapalhar? Eu já lembrei. Preciso telefonar pro Major pra saber se ele vai atrasar pra janta.
(O Major morreu em 1969.)
– Pode deixar que eu ligo. – (Disca um número qualquer.) – Só dá ocupado.
– Quantos anos eu tenho mesmo?
– 16.
– Então deixa pra lá. Com 16 eu não conhecia o Major ainda.
– É mesmo. Que burrice a minha.
Da série "personagens da sua infância"
(E da sua adolescência, juventude, idade adulta e velhice...)
Hoje faz aniversário o Fausto Silva. Nascido em 1950, o apresentador do programa Domingão do Faustão completou no mês de abril 13 anos de presença tradicional aos domingos nas telas e lares brasileiros.
(E da sua adolescência, juventude, idade adulta e velhice...)
Hoje faz aniversário o Fausto Silva. Nascido em 1950, o apresentador do programa Domingão do Faustão completou no mês de abril 13 anos de presença tradicional aos domingos nas telas e lares brasileiros.
1.5.03
Ressonando
Outra boa pedida musical é a velha Bonnie Tyler. E, nada a ver um com o outro, Zeca Baleiro, dica que eu peguei aqui.
Outra boa pedida musical é a velha Bonnie Tyler. E, nada a ver um com o outro, Zeca Baleiro, dica que eu peguei aqui.
Pagar, pagar, pagar...
Para quem achava que a taxa do lixo seria o último absurdo da administração Marta, mais um: taxa da luz (ou taxa do poste, como eu chamaria!). Além de pagar pela luz que consumimos, teremos que pagar pela luz pública, também. E, diferentemente do que rola com a taxa do lixo, essa não tem faixas de valores: são R$ 3,50 fixos por mês para residências e R$ 11 para imóveis não-residenciais... A cobrança vai começar a chegar terça que vem.
Enquanto isso, ainda esperamos a gasolina baixar os 5,02% prometidos... Quem viajou no feriado se deu mal: teve que abastecer com a gasolina ainda no preço velho. A redução não vai ser gritante -cerca de R$ 0,10 por litro-, mas pelo menos vai ajudar a pessoas como eu, que rodam mais de 50 quilômetros por dia, a economizar alguma grana no fim do mês.
E importante: o talão antigo da Zona Azul vai valer até 30 de junho. Mais uma das coisas que a gente paga e não vê retorno. Além de ter que ficar horas brigando por uma vaga na rua, ainda deixamos o carro, pagamos R$ 2 por hora, no mínimo (uma vez um sujeito quis me cobrar R$ 4 pelo cartão no qual figurava "R$ 1,80"...), e corremos o risco de não encontrá-lo na volta... Tomara que os novos cartões dificultem mesmo a ação dos flanelinhas.
Blá, blá, blá
Em tempo: vocês ouviram o discurso de primeiro-de-maio do Lula? Não é por nada não, mas às vezes ele parece esquecer que não é mais sindicalista e que virou presidente da República... Tem um comportamento tão... tão... tão despreparado, sei lá... Ele falou como se estivesse em um comício, e disse tanta bobagem...
De toda forma, eu tenho que dar o braço a torcer e elogiar pelo menos duas ações do governo Lula. Uma é a entrega das propostas de reforma tributária e da Previdência ao Congresso, acompanhada por uma campanha publicitária muito interessante do ponto-de-vista didático: ensina à população o que são as reformas e a importância delas. Isso, com um olhar muito otimista, poderá -quem sabe?- ajudar a criar um sentimento de politização e de participação social nas pessoas. Tomara.
Outro elogio meu vai não a uma ação, de fato, mas ao carisma que o Lula tem com a população. Ele foi aplaudido de pé pelos fiéis que estava na Igreja em São Bernardo para a missa do 1º de maio. Mais que isso, mesmo falando as bobagens que ele fala, o Lula sabe, pelo jeito simples, se dirigir ao povo. Espero, também em um exercício de otimismo, que isso sirva como ferramenta para tornar a população mais participativa.
De toda forma, eu ainda preferia o FHC com sua atuação e os discursos de fazer babar. Não sou cego nem cético e sei quando devo elogiar. Mas até agora, na minha avaliação, o melhor presidente que o Brasil teve desde o fim da ditadura foi mesmo o FHC. Quem sabe o Lula não acabe levando esse troféu? Tomara, de novo! Como brasileiro, devemos torcer pelo país, e não por um ou outro governo, afinal.
Para quem achava que a taxa do lixo seria o último absurdo da administração Marta, mais um: taxa da luz (ou taxa do poste, como eu chamaria!). Além de pagar pela luz que consumimos, teremos que pagar pela luz pública, também. E, diferentemente do que rola com a taxa do lixo, essa não tem faixas de valores: são R$ 3,50 fixos por mês para residências e R$ 11 para imóveis não-residenciais... A cobrança vai começar a chegar terça que vem.
Enquanto isso, ainda esperamos a gasolina baixar os 5,02% prometidos... Quem viajou no feriado se deu mal: teve que abastecer com a gasolina ainda no preço velho. A redução não vai ser gritante -cerca de R$ 0,10 por litro-, mas pelo menos vai ajudar a pessoas como eu, que rodam mais de 50 quilômetros por dia, a economizar alguma grana no fim do mês.
E importante: o talão antigo da Zona Azul vai valer até 30 de junho. Mais uma das coisas que a gente paga e não vê retorno. Além de ter que ficar horas brigando por uma vaga na rua, ainda deixamos o carro, pagamos R$ 2 por hora, no mínimo (uma vez um sujeito quis me cobrar R$ 4 pelo cartão no qual figurava "R$ 1,80"...), e corremos o risco de não encontrá-lo na volta... Tomara que os novos cartões dificultem mesmo a ação dos flanelinhas.
Blá, blá, blá
Em tempo: vocês ouviram o discurso de primeiro-de-maio do Lula? Não é por nada não, mas às vezes ele parece esquecer que não é mais sindicalista e que virou presidente da República... Tem um comportamento tão... tão... tão despreparado, sei lá... Ele falou como se estivesse em um comício, e disse tanta bobagem...
De toda forma, eu tenho que dar o braço a torcer e elogiar pelo menos duas ações do governo Lula. Uma é a entrega das propostas de reforma tributária e da Previdência ao Congresso, acompanhada por uma campanha publicitária muito interessante do ponto-de-vista didático: ensina à população o que são as reformas e a importância delas. Isso, com um olhar muito otimista, poderá -quem sabe?- ajudar a criar um sentimento de politização e de participação social nas pessoas. Tomara.
Outro elogio meu vai não a uma ação, de fato, mas ao carisma que o Lula tem com a população. Ele foi aplaudido de pé pelos fiéis que estava na Igreja em São Bernardo para a missa do 1º de maio. Mais que isso, mesmo falando as bobagens que ele fala, o Lula sabe, pelo jeito simples, se dirigir ao povo. Espero, também em um exercício de otimismo, que isso sirva como ferramenta para tornar a população mais participativa.
De toda forma, eu ainda preferia o FHC com sua atuação e os discursos de fazer babar. Não sou cego nem cético e sei quando devo elogiar. Mas até agora, na minha avaliação, o melhor presidente que o Brasil teve desde o fim da ditadura foi mesmo o FHC. Quem sabe o Lula não acabe levando esse troféu? Tomara, de novo! Como brasileiro, devemos torcer pelo país, e não por um ou outro governo, afinal.
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