1.5.03

Pagar, pagar, pagar...
Para quem achava que a taxa do lixo seria o último absurdo da administração Marta, mais um: taxa da luz (ou taxa do poste, como eu chamaria!). Além de pagar pela luz que consumimos, teremos que pagar pela luz pública, também. E, diferentemente do que rola com a taxa do lixo, essa não tem faixas de valores: são R$ 3,50 fixos por mês para residências e R$ 11 para imóveis não-residenciais... A cobrança vai começar a chegar terça que vem.

Enquanto isso, ainda esperamos a gasolina baixar os 5,02% prometidos... Quem viajou no feriado se deu mal: teve que abastecer com a gasolina ainda no preço velho. A redução não vai ser gritante -cerca de R$ 0,10 por litro-, mas pelo menos vai ajudar a pessoas como eu, que rodam mais de 50 quilômetros por dia, a economizar alguma grana no fim do mês.

E importante: o talão antigo da Zona Azul vai valer até 30 de junho. Mais uma das coisas que a gente paga e não vê retorno. Além de ter que ficar horas brigando por uma vaga na rua, ainda deixamos o carro, pagamos R$ 2 por hora, no mínimo (uma vez um sujeito quis me cobrar R$ 4 pelo cartão no qual figurava "R$ 1,80"...), e corremos o risco de não encontrá-lo na volta... Tomara que os novos cartões dificultem mesmo a ação dos flanelinhas.

Blá, blá, blá
Em tempo: vocês ouviram o discurso de primeiro-de-maio do Lula? Não é por nada não, mas às vezes ele parece esquecer que não é mais sindicalista e que virou presidente da República... Tem um comportamento tão... tão... tão despreparado, sei lá... Ele falou como se estivesse em um comício, e disse tanta bobagem...

De toda forma, eu tenho que dar o braço a torcer e elogiar pelo menos duas ações do governo Lula. Uma é a entrega das propostas de reforma tributária e da Previdência ao Congresso, acompanhada por uma campanha publicitária muito interessante do ponto-de-vista didático: ensina à população o que são as reformas e a importância delas. Isso, com um olhar muito otimista, poderá -quem sabe?- ajudar a criar um sentimento de politização e de participação social nas pessoas. Tomara.

Outro elogio meu vai não a uma ação, de fato, mas ao carisma que o Lula tem com a população. Ele foi aplaudido de pé pelos fiéis que estava na Igreja em São Bernardo para a missa do 1º de maio. Mais que isso, mesmo falando as bobagens que ele fala, o Lula sabe, pelo jeito simples, se dirigir ao povo. Espero, também em um exercício de otimismo, que isso sirva como ferramenta para tornar a população mais participativa.

De toda forma, eu ainda preferia o FHC com sua atuação e os discursos de fazer babar. Não sou cego nem cético e sei quando devo elogiar. Mas até agora, na minha avaliação, o melhor presidente que o Brasil teve desde o fim da ditadura foi mesmo o FHC. Quem sabe o Lula não acabe levando esse troféu? Tomara, de novo! Como brasileiro, devemos torcer pelo país, e não por um ou outro governo, afinal.

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