28.5.03

Despedida?
Queria que esse texto, que eu li aqui, fosse meu. Na verdade, eu, como ele, percebi que o blog é mesmo uma porta. Por aqui conheci gente com quem eu nunca teria a oportunidade de cruzar na vida real. E que agora, posso chamar de amigos.

Mas é mais que isso, na verdade. Tenho notado (e é claro que o blog nada tem a ver com isso) que tenho um humor refinado, que faz as pessoas rirem, mesmo. Tenho, por alguma razão, a capacidade que nunca tive de conquistar as pessoas, de cativá-las, de fazer e manter verdadeiras amizades. Outro dia de papo pro ar na faculdade, percebi como o bom da vida está nos amigos, nas risadas, nas gozações...

Bom, o texto do sujeito não é meu e eu não vou me despedir do 23ª idade. Nem dos meus poucos e fiéis leitores. Mas eu preciso de verdade fazer algumas das coisas que ele sugere lá, como responder alguns emails antigos, resgatar amigos e costumes, otimizar meu sono, trabalhar a vaidade de outro jeito, escolher melhor os textos que quero escrever ou registrar no tempo. Queria poder transformar isso em mais do que palavras soltas em um blog...

9 é o meu número. por isso queria que a soma dos algarismo de 27/05/03 desse 9, de alguma forma. ou que fossem 9 meses, 999 posts, 999 dias, 99 semanas, 9 histórias de amor, 81 (9x9) textos inesquecíveis, 9 novas formas de [vi]ver a vida, qualquer coisa assim, mas sinto que são apenas 9 minutos até eu terminar de escrever o último post deste blog.
estaria mentindo se dissesse que está
tudo bem, que só quero mais tempo e menos vitrine, ou se usasse qualquer subterfúgio para disfarçar o incômodo dos últimos dias. cansei, simplesmente. cansei dos outros e das convenções. cansei de querer ser lido, cansei de quererem me ler. volto ao caderninho debaixo do travesseiro e à caneta. vou aproveitar para responder alguns e-mails antigos, resgatar amigos e costumes, otimizar meu sono, trabalhar a vaidade de outro jeito, escolher melhor os textos que quero escrever ou registrar no tempo.
é bom demais descobrir pessoas através de blogs – encontrei muita confluência, fiz amigos. dei e recebi carinho, isso vale a experiência. me aprendi, também: enfrentei medos, liberei rancores, declarei verdades que nem sempre acharam espaço fora do blog, entendi (uma parte das) minhas fraquezas e pude ver o que tem de melhor e pior em mim – não que eu tenha lidado com isso sempre da forma mais produtiva, mas me foi dada a chance. eu me dei as chances, e essa constatação é um presente por que agradeço muito.
sem mais delongas, que está na hora de almoçar.
carpe diem, certo?
9 beijos, então, para as novas pessoas que entraram na minha vida por esta porta. obrigado por me acompanharem, pelas broncas, pelo respeito, pela torcida, por tudo. estou vivo, não vou sumir, a gente se vê!

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