Blogueiro convicto
Hoje fui comentarista de Internet no radiojornal da faculdade, voltado para jovens. Falei depois de uma matéria que contava como os blogs são prejudiciais na medida em que trancam os jovens dentro de casa e não alimentam relações reais. Discordo. Meu comentário, então, foi assim (fica bem mais bonito escrito do que falado, especialmente se a voz trêmula é minha...):

Tem um aspecto interessante sobre os blogs. Eu, que também sou um blogueiro convicto, e um leitor viciado, acho que o blog é a prática de uma espécie de “narcisismo intelectual”, como li uma vez. Escrevemos sobre o nosso dia, sobre o que nós pensamos, sobre a nossa vida e no fim ficamos ansiosos para receber uma mensagem qualquer, mesmo que seja de alguém desconhecido.

E tem o lado profissional do blog. É aquela velha história. O que um jornalista que cobre uma guerra no Oriente Médio tem a informar, você pode ler todo dia no jornal. Mas o que ele sente ao trabalhar sob fogo cruzado, você só checa no blog.

Se os blogs isolam ou não os jovens em casa e se fazem dele um ermitão, isso é uma discussão que eu deixo para os psicólogos. A verdade é que essa ferramenta, pela facilidade que envolve, veio para revolucionar a Internet ainda mais. Os números estão aí para provar isso.