3.6.03

Desabafos de um nostálgico
Começou mais um mês e mais um semestre vai acabando. Provas, correria, trabalho, prazos, falta de tempo... E, paralelamente, eu me fascino com São Paulo. Em que outro lugar do mundo se poderia passear de carro pelas ruas, às onze da noite, e ver tanto movimento, tanta vida, tanto agito...? A cidade não pára. Quase não pára. Agora, quase uma da manhã, o que vejo pela janela é outro cenário: tudo assustadoramente tranqüilo, quieto, abandonado. Amanhã a vida se renova e tudo volta ao normal.

Estou cansado. Cansado de correr contra o tempo, de tentar provar pra todo mundo que eu não preciso provar nada pra ninguém, das palhaçadas que me fazem porque eu deixo que me façam... Estou cansado da faculdade e da falta de perspectivas que ela me proporciona. Estou cansado e carente de desafios, de questionamento. Estou cansado e dolorido, como se eu fosse um velho de noventa anos. Estou cansado da minha falta de tempo, de correr o tempo todo, de raramente poder contemplar a beleza da vida.

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