Hora do teste, que hora mais feliz
(Inspirado no Diário Intramuros da Camila)
Spanish or Italian
What language are you?
E já que a hora é de teste, diga lá: você realmente conhece o Gabo? Faça o teste e descubra quanto você conhece de mim!
Baseado em fatos reais...
Diretamente de 31.78/35.22, mais conhecida como Jerusalém, escrevo para quem quiser ler - um pouco da vida e do dia-a-dia de um sujeito perdido em Israel.
31.3.04
30.3.04
Contra o tempo
Legal a coluna do Ricardo Guimarães na Trip. Ele fala sobre a nossa corrida contra o tempo e sobre como, na verdade, nos sobra cada vez menos tempo, quando deveria ocorrer o contrário. Aqui.
Legal a coluna do Ricardo Guimarães na Trip. Ele fala sobre a nossa corrida contra o tempo e sobre como, na verdade, nos sobra cada vez menos tempo, quando deveria ocorrer o contrário. Aqui.
Tecnologia
Coisa linda essa tal de tecnologia! Agora, por meio do meu blog, você pode, se souber meu telefone (eu não vou contar!), mandar um Torpedo pra mim. Basta clicar aqui ou, a qualquer momento, em Mande-me um TIM TORPEDO, aí ao lado!
Coisa linda essa tal de tecnologia! Agora, por meio do meu blog, você pode, se souber meu telefone (eu não vou contar!), mandar um Torpedo pra mim. Basta clicar aqui ou, a qualquer momento, em Mande-me um TIM TORPEDO, aí ao lado!
29.3.04
Paixão?
Fui ver o polêmico filme do Mel Gibson, A paixão de Cristo. Polêmico e violento. Como não conheço o assunto a fundo, li essa semana algumas coisas a respeito, como uma espécie de FAQ feita por um repórter da Folha, Marcio Antonio Campos, que sustenta que o filme não é anti-semita.
O filme é anti-semita. Anti-semita, sádico, provocativo e irresponsável. Como Campos mesmo afirma, o filme incentiva o ódio a judeus em mentes predispostas ao anti-semitismo, o que também é perigoso e igualmente nocivo. O texto de Campos relembra, inclusive, que o pai de Gibson pôs em dúvida, em entrevistas recentes, a ocorrência do Holocausto...
Em outro texto, também da Folha, Marcelo Negromonte, editor de Diversão & Arte do UOL, analisa o filme do ponto-de-vista técnico -e o compara com outras produções: "Como em O Senhor dos Anéis, o filme é uma adaptação bastante fiel do livro [a Bíblia], até com os 'idiomas' originais da trama, o que é bem visto pelos fãs".
Um outro texto, da AOL, me embrulhou o estômago. É assinado por Rodrigo Brancatelli, que -aliás- estudou comigo. Embrulhou meu estômago pela escolha que o repórter fez como fonte: um sujeito desclassificado, presidente de uma dissidência da preconceituosa Tradição, Família e Propriedade (TFP)... Ele mesmo nega que o Holocausto tenha ocorrido.
Não mudei minha opinião. O filme é sim anti-semita.
Fui ver o polêmico filme do Mel Gibson, A paixão de Cristo. Polêmico e violento. Como não conheço o assunto a fundo, li essa semana algumas coisas a respeito, como uma espécie de FAQ feita por um repórter da Folha, Marcio Antonio Campos, que sustenta que o filme não é anti-semita.
O filme é anti-semita. Anti-semita, sádico, provocativo e irresponsável. Como Campos mesmo afirma, o filme incentiva o ódio a judeus em mentes predispostas ao anti-semitismo, o que também é perigoso e igualmente nocivo. O texto de Campos relembra, inclusive, que o pai de Gibson pôs em dúvida, em entrevistas recentes, a ocorrência do Holocausto...
Em outro texto, também da Folha, Marcelo Negromonte, editor de Diversão & Arte do UOL, analisa o filme do ponto-de-vista técnico -e o compara com outras produções: "Como em O Senhor dos Anéis, o filme é uma adaptação bastante fiel do livro [a Bíblia], até com os 'idiomas' originais da trama, o que é bem visto pelos fãs".
Um outro texto, da AOL, me embrulhou o estômago. É assinado por Rodrigo Brancatelli, que -aliás- estudou comigo. Embrulhou meu estômago pela escolha que o repórter fez como fonte: um sujeito desclassificado, presidente de uma dissidência da preconceituosa Tradição, Família e Propriedade (TFP)... Ele mesmo nega que o Holocausto tenha ocorrido.
Não mudei minha opinião. O filme é sim anti-semita.
Trilha sonora
Sky, so vast is the sky,
With far away clouds just wandering by
Where do they go,
Oh I don't know, don't know
Wind that speaks to the leaves
Telling stories that no one believes
Stories of love belong to you and to me
Oh Dindi, if I only have words I would say
All the beautiful things that I see
When you're with me, oh my Dindi
Oh Dindi, like the song of the wind in the trees,
That's how my life is singing Dindi
Happy Dindi, when you're with me
I love you more each day, yes I do, yes I do,
I'd let you go away if you take me with you
Don't you know Dindi, I've been running, and searching for you
Like a river that can't find sea
That would be me without you my Dindi.
(Dindi, Tom Jobim)
Pequenos prazeres
Acordar cedo, de bom humor, sair de carro e comprar jornal no semáforo. Um sorriso logo cedo. MPB ao vivo no Roda Viva.
Sky, so vast is the sky,
With far away clouds just wandering by
Where do they go,
Oh I don't know, don't know
Wind that speaks to the leaves
Telling stories that no one believes
Stories of love belong to you and to me
Oh Dindi, if I only have words I would say
All the beautiful things that I see
When you're with me, oh my Dindi
Oh Dindi, like the song of the wind in the trees,
That's how my life is singing Dindi
Happy Dindi, when you're with me
I love you more each day, yes I do, yes I do,
I'd let you go away if you take me with you
Don't you know Dindi, I've been running, and searching for you
Like a river that can't find sea
That would be me without you my Dindi.
(Dindi, Tom Jobim)
Pequenos prazeres
Acordar cedo, de bom humor, sair de carro e comprar jornal no semáforo. Um sorriso logo cedo. MPB ao vivo no Roda Viva.
28.3.04
Míngua
Sweet dreams are made of these
Who am I to disagree
I traveled the world and the seven seas
Everybody's looking for something
Poucas coisas são tão tristes hoje como assistir ao fim de um amor. Nem mesmo, acho, ser parte de um amor que chega ao fim pode ser tão triste. Ver duas pessoas que se amaram olhando um para o outro sem aquele brilho nos olhos de outrora, sem carinho, sem vontade de ficar perto. Sentir que nada pode ser feito para que volte a ser como antes. Ser o único a ver o abismo que existe entre as duas pessoas...
Como é triste um amor minguado.
Sweet dreams are made of these
Who am I to disagree
I traveled the world and the seven seas
Everybody's looking for something
Poucas coisas são tão tristes hoje como assistir ao fim de um amor. Nem mesmo, acho, ser parte de um amor que chega ao fim pode ser tão triste. Ver duas pessoas que se amaram olhando um para o outro sem aquele brilho nos olhos de outrora, sem carinho, sem vontade de ficar perto. Sentir que nada pode ser feito para que volte a ser como antes. Ser o único a ver o abismo que existe entre as duas pessoas...
Como é triste um amor minguado.
27.3.04
TCCar
TCCar significa fazer o TCC! Minha monografia, tão abrangente quanto sessenta anos de jornalismo, e tão específica quanto a história de vida de um jornalista com sessenta anos de carreira, precisa ficar pronta até junho. Comecei pelo quarto capítulo, o que fala dos dias atuais da vida dele, porque é o período que eu acompanhei de perto.
TCCar significa abrir muitos dos livros que eu já li, um dia, e que acumulam poeira nas minhas prateleiras para encontrar inspiração. O velho e o mar e O carteiro e o poeta me ajudaram nessa tarefa. Eu me sinto como o jovem Manolín que ajuda o velho Santiago na pescaria. E me sinto como o carteiro que leva a correspondência de Pablo Neruda. Tenho o prazer de ser algo entre um e outro.
Inspiração é a palavra para TCCar. Há dias nos quais, como o narrador de O carteiro..., em que sequer uma linha nasce. Há outros, contudo, como hoje, e hoje é um dia especial, em que páginas desfilam preenchidas com meus dedos à toda atividade diante dos meus olhos atrás da tela de vidro, na página outrora branca do documento de Word.
Até agora não concluí sequer um capítulo. Tenho até 15 de abril para terminar o primeiro deles, que é o quarto. Vou terminar. A inspiração está vindo e ajudando. As entrevistas estão sendo feitas. Idéias vão surgindo a cada linha que leio, a cada palavra que ouço de quem viveu outras épocas ao lado do meu personagem real.
Meu TCC não vai ser apenas um TCC. Quero que ele seja mais que o resumo de anos de curso, mais que três letras abreviando uma época maravilhosa e de intenso crescimento. Preciso voltar ao trabalho.
TCCar significa fazer o TCC! Minha monografia, tão abrangente quanto sessenta anos de jornalismo, e tão específica quanto a história de vida de um jornalista com sessenta anos de carreira, precisa ficar pronta até junho. Comecei pelo quarto capítulo, o que fala dos dias atuais da vida dele, porque é o período que eu acompanhei de perto.
TCCar significa abrir muitos dos livros que eu já li, um dia, e que acumulam poeira nas minhas prateleiras para encontrar inspiração. O velho e o mar e O carteiro e o poeta me ajudaram nessa tarefa. Eu me sinto como o jovem Manolín que ajuda o velho Santiago na pescaria. E me sinto como o carteiro que leva a correspondência de Pablo Neruda. Tenho o prazer de ser algo entre um e outro.
Inspiração é a palavra para TCCar. Há dias nos quais, como o narrador de O carteiro..., em que sequer uma linha nasce. Há outros, contudo, como hoje, e hoje é um dia especial, em que páginas desfilam preenchidas com meus dedos à toda atividade diante dos meus olhos atrás da tela de vidro, na página outrora branca do documento de Word.
Até agora não concluí sequer um capítulo. Tenho até 15 de abril para terminar o primeiro deles, que é o quarto. Vou terminar. A inspiração está vindo e ajudando. As entrevistas estão sendo feitas. Idéias vão surgindo a cada linha que leio, a cada palavra que ouço de quem viveu outras épocas ao lado do meu personagem real.
Meu TCC não vai ser apenas um TCC. Quero que ele seja mais que o resumo de anos de curso, mais que três letras abreviando uma época maravilhosa e de intenso crescimento. Preciso voltar ao trabalho.
23.3.04
Pausa
Você ligou para o Gabo. No momento não posso atender. Estou ainda me dedicando a acabar o 4º capítulo do meu trabalho de conclusão de curso. Após o sinal, deixe sua mensagem, hora da ligação e telefone que eu entro em contato assim que voltar à vida normal. Isso pode demorar. Mas não nos desesperemos. É por uma boa causa, afinal. E não pode passar de 15 de abril. Depois disso, tenho outros 5 capítulos para escrever!
Piiiiiiiii...
Você ligou para o Gabo. No momento não posso atender. Estou ainda me dedicando a acabar o 4º capítulo do meu trabalho de conclusão de curso. Após o sinal, deixe sua mensagem, hora da ligação e telefone que eu entro em contato assim que voltar à vida normal. Isso pode demorar. Mas não nos desesperemos. É por uma boa causa, afinal. E não pode passar de 15 de abril. Depois disso, tenho outros 5 capítulos para escrever!
Piiiiiiiii...
Diálogo propício para dias de Paixão de Cristo
(Copiado descaradamente do Victor
Grinbaum, que escreveu isso faz tempo!)
-- Você é judeu?
-- Sim, sou.
-- Judeu é aquela religião que não acredita em D-s, né?
-- Não senhora. O judaísmo foi a primeira religião a aceitar D-s como o Criador. O que os judeus não aceitam é Jesus como o Messias.
-- Então vocês não acreditam em Cristo Jesus?
-- É quase isso. Para nós, Jesus é conhecido como Rebi Yeshua ben Yossef, um sábio do judaísmo.
-- Então você não aceitam a Bíblia?
-- Muito pelo contrário! Foram os judeus que escreveram aquilo que vocês cristão conhecem como o Velho Testamento.
-- E o novo?
-- Para nós não há.
-- Então vocês não conhecem a Bíblia.
-- Por quê não?
-- Porque não lêem o Novo Testamento onde está a verdade de Cristo Jesus.
-- Isso significa que a senhora é que sabe ler a Bíblia?
-- Nós cristãos é que temos a verdadeira Bíblia!
-- A senhora lê a sua Bíblia em que idioma?
-- Como?
-- Em que língua está escrita a Bíblia que a senhora lê?
-- Em português!
-- A senhora concorda que a Bíblia em português que a senhora lê é uma tradução da Bíblia em inglês?
-- Sim.
-- Que por sua vez é traduzida do alemão, né?
-- Sim.
-- Que é uma versão da Bíblia em latim, não?
-- É.
-- Que foi traduzida do hebraico, não é verdade?
-- Sim.
-- Pois é. Eu leio a Bíblia no original.
(Copiado descaradamente do Victor
Grinbaum, que escreveu isso faz tempo!)
-- Você é judeu?
-- Sim, sou.
-- Judeu é aquela religião que não acredita em D-s, né?
-- Não senhora. O judaísmo foi a primeira religião a aceitar D-s como o Criador. O que os judeus não aceitam é Jesus como o Messias.
-- Então vocês não acreditam em Cristo Jesus?
-- É quase isso. Para nós, Jesus é conhecido como Rebi Yeshua ben Yossef, um sábio do judaísmo.
-- Então você não aceitam a Bíblia?
-- Muito pelo contrário! Foram os judeus que escreveram aquilo que vocês cristão conhecem como o Velho Testamento.
-- E o novo?
-- Para nós não há.
-- Então vocês não conhecem a Bíblia.
-- Por quê não?
-- Porque não lêem o Novo Testamento onde está a verdade de Cristo Jesus.
-- Isso significa que a senhora é que sabe ler a Bíblia?
-- Nós cristãos é que temos a verdadeira Bíblia!
-- A senhora lê a sua Bíblia em que idioma?
-- Como?
-- Em que língua está escrita a Bíblia que a senhora lê?
-- Em português!
-- A senhora concorda que a Bíblia em português que a senhora lê é uma tradução da Bíblia em inglês?
-- Sim.
-- Que por sua vez é traduzida do alemão, né?
-- Sim.
-- Que é uma versão da Bíblia em latim, não?
-- É.
-- Que foi traduzida do hebraico, não é verdade?
-- Sim.
-- Pois é. Eu leio a Bíblia no original.
Pausa
Você ligou para o Gabo. No momento não posso atender. Estou me dedicando a acabar o 4º capítulo do meu trabalho de conclusão de curso. Após o sinal, deixe sua mensagem, hora da ligação e telefone que eu entro em contato assim que voltar à vida normal. Isso pode demorar. Mas não nos desesperemos. É por uma boa causa, afinal. E não pode passar de 15 de abril. Depois disso, tenho outros 5 capítulos para escrever!
Piiiiiiiii...
Você ligou para o Gabo. No momento não posso atender. Estou me dedicando a acabar o 4º capítulo do meu trabalho de conclusão de curso. Após o sinal, deixe sua mensagem, hora da ligação e telefone que eu entro em contato assim que voltar à vida normal. Isso pode demorar. Mas não nos desesperemos. É por uma boa causa, afinal. E não pode passar de 15 de abril. Depois disso, tenho outros 5 capítulos para escrever!
Piiiiiiiii...
22.3.04
"Abre as pernas, encosta no carro..."
Nos barracos da cidade
Ninguém mais tem ilusão
No poder da autoridade
De tomar a decisão
E o poder da autoridade
Se pode, não faz questão
Se faz questão, não consegue
Enfrentar o tubarão
Ô-ô-ô, ô-ô
Gente estúpida
Ô-ô-ô, ô-ô
Gente hipócrita
O governador promete
Mas o sistema diz não
Os lucros são muito grandes
Mas ninguém quer abrir mão
Mesmo uma pequena parte
Já seria a solução
Mas a usura dessa gente
Já virou um aleijão
Cheguei em casa. É quase uma da manhã. Fui autuado no caminho. Deve ter sido burrice, minha, só pode ter sido. Mas passei um semáforo vermelho, coisa que ninguém faz em São Paulo à noite, e fui pego. Verdade que tinha uma viatura da PM parada ali perto. Mas mesmo assim, senti medo de parar, coisa que raramente se sente em São Paulo à noite. Não reclamei da multa. O sujeito é pago ("não importa quanto eu ganho, mas eu ganho para isso", ele ia me dizer mais tarde) e deve cumprir com o dever.
Mas eu acho que se eu tenho uma missão ela deve ser a de fazer as pessoas pensarem. E eu disse ao policial, enquanto ele preenchia a multa, cheio de dúvidas e dificuldade, que queria fazer uma pergunta "com todo o respeito". E fiz. Perguntei se como civil, andando no carro dele, ele costuma repeitar todos os sinais. Desconversou, como resposta. Insisti, porque perguntar é do meu feitio. E ele disse que com uma viatura policial ao lado, nunca.
Contei que tenho medo de parar no vermelho. Não para me livrar da multa, mas para fazê-lo pensar. E contei que já fui assaltado oito vezes em São Paulo. E contei que um conhecido meu, quando tínhamos, ele e eu, dezenove anos, foi morto com dois tiros no Morumbi à luz do dia porque o ladrão que ia levar o carro dele achou que era uma arma que ele ia sacar quando, nervoso, tentava desatar o cinto de segurança. E contei que não confio na pol?cia, nem no tal "respeito" que ela tem junto à população. E lembrei dos ataques às delegacias ano passado...
Ouvi dele algumas coisas nobres. Mas que não me tiram o medo e não vão me fazer parar em semáforos vermelhos à noite. Mas que, no mínimo, me sensibilizaram -porque sei que temos uma polícia mal paga e despreparada. O policial, evitando olhar nos meus olhos, disse que rasgaria a farda e viraria bóia-fria se fizessem algo contra mim naquele cruzamento. E que arriscaria a vida dele para salvar a minha, caso alguém tentasse me assaltar.
Quando cheguei em casa, com a multa no bolso, uma viatura estava quase na porta do prédio. Na parede ao lado, três rapazes encostados com braços e pernas abertas. Passei devagar, olhando, e entrei na garagem. Do 18º andar, ouvi barulhos e fui olhar. Outros três rapazes caminhavam na rua sem notar a viatura. Um deles, vândalo, começou a chutar um orelhão. Parou aos gritos de uma policial. Os três então entraram em um Mercedes. E foram embora, sem nenhum "arranhão".
Fique com as conclusões. Se eu tenho uma missão ela deve ser a de fazer as pessoas pensarem.
Nos barracos da cidade
Ninguém mais tem ilusão
No poder da autoridade
De tomar a decisão
E o poder da autoridade
Se pode, não faz questão
Se faz questão, não consegue
Enfrentar o tubarão
Ô-ô-ô, ô-ô
Gente estúpida
Ô-ô-ô, ô-ô
Gente hipócrita
O governador promete
Mas o sistema diz não
Os lucros são muito grandes
Mas ninguém quer abrir mão
Mesmo uma pequena parte
Já seria a solução
Mas a usura dessa gente
Já virou um aleijão
Cheguei em casa. É quase uma da manhã. Fui autuado no caminho. Deve ter sido burrice, minha, só pode ter sido. Mas passei um semáforo vermelho, coisa que ninguém faz em São Paulo à noite, e fui pego. Verdade que tinha uma viatura da PM parada ali perto. Mas mesmo assim, senti medo de parar, coisa que raramente se sente em São Paulo à noite. Não reclamei da multa. O sujeito é pago ("não importa quanto eu ganho, mas eu ganho para isso", ele ia me dizer mais tarde) e deve cumprir com o dever.
Mas eu acho que se eu tenho uma missão ela deve ser a de fazer as pessoas pensarem. E eu disse ao policial, enquanto ele preenchia a multa, cheio de dúvidas e dificuldade, que queria fazer uma pergunta "com todo o respeito". E fiz. Perguntei se como civil, andando no carro dele, ele costuma repeitar todos os sinais. Desconversou, como resposta. Insisti, porque perguntar é do meu feitio. E ele disse que com uma viatura policial ao lado, nunca.
Contei que tenho medo de parar no vermelho. Não para me livrar da multa, mas para fazê-lo pensar. E contei que já fui assaltado oito vezes em São Paulo. E contei que um conhecido meu, quando tínhamos, ele e eu, dezenove anos, foi morto com dois tiros no Morumbi à luz do dia porque o ladrão que ia levar o carro dele achou que era uma arma que ele ia sacar quando, nervoso, tentava desatar o cinto de segurança. E contei que não confio na pol?cia, nem no tal "respeito" que ela tem junto à população. E lembrei dos ataques às delegacias ano passado...
Ouvi dele algumas coisas nobres. Mas que não me tiram o medo e não vão me fazer parar em semáforos vermelhos à noite. Mas que, no mínimo, me sensibilizaram -porque sei que temos uma polícia mal paga e despreparada. O policial, evitando olhar nos meus olhos, disse que rasgaria a farda e viraria bóia-fria se fizessem algo contra mim naquele cruzamento. E que arriscaria a vida dele para salvar a minha, caso alguém tentasse me assaltar.
Quando cheguei em casa, com a multa no bolso, uma viatura estava quase na porta do prédio. Na parede ao lado, três rapazes encostados com braços e pernas abertas. Passei devagar, olhando, e entrei na garagem. Do 18º andar, ouvi barulhos e fui olhar. Outros três rapazes caminhavam na rua sem notar a viatura. Um deles, vândalo, começou a chutar um orelhão. Parou aos gritos de uma policial. Os três então entraram em um Mercedes. E foram embora, sem nenhum "arranhão".
Fique com as conclusões. Se eu tenho uma missão ela deve ser a de fazer as pessoas pensarem.
20.3.04
A realidade que imita a arte
Tem uma cena no filme Minha vida sem mim na qual a mocinha, que vai morrer no final (mas disso sabemos desde o começo), está na casa de um sujeito. Ele não tem nada além de pilhas de livros, onde se sentam num momento de constrangimento. Nem geladeira ele tem, o que me faz lembrar de algo...!
Enfim, decidem ouvir música no carro dele -nem som o cara tem em casa... E, música alta, só eles dois, olhares trocados, ela diz: "Se você não me beijar agora, vou gritar", como quem diz: "Vamos acabar com essa palhaçada?". E ela grita. E ele a beija. E em seguida ele repete: "Se você não me beijar agora, vou gritar". E ela a beija -ia ficar ridículo o cara gritando.
Shabat Shalom, folks.
Tem uma cena no filme Minha vida sem mim na qual a mocinha, que vai morrer no final (mas disso sabemos desde o começo), está na casa de um sujeito. Ele não tem nada além de pilhas de livros, onde se sentam num momento de constrangimento. Nem geladeira ele tem, o que me faz lembrar de algo...!
Enfim, decidem ouvir música no carro dele -nem som o cara tem em casa... E, música alta, só eles dois, olhares trocados, ela diz: "Se você não me beijar agora, vou gritar", como quem diz: "Vamos acabar com essa palhaçada?". E ela grita. E ele a beija. E em seguida ele repete: "Se você não me beijar agora, vou gritar". E ela a beija -ia ficar ridículo o cara gritando.
Shabat Shalom, folks.
18.3.04
A realidade que não imita a arte
Tem um filme, do qual não me lembro o nome, que tem o De Niro no papel principal. Pra variar, ele é um mafioso, desses que amamos. E ele tem um pupilo, de cujo nome não me lembro, que está apaixonado por uma garota. De Niro ensina ao rapaz algumas lições que, infelizmente, só funcionam mesmo na telona norte-americana.
Uma delas, uma das poucas (senão a única) das quais me lembro bem, ensina que o rapaz deve sempre abrir a porta do carro para a garota entrar -como um cavalheiro desses que raramente se vê hoje em dia... Ele deve dar a volta por trás do carro, como explica De Niro, e observar se a garota, de dentro do carro, destrava a porta para ele. Se o fizer, é um sinal: ela está a fim do rapaz.
Como é maravilhosamente romântico o cinema norte-americano...
Tem um filme, do qual não me lembro o nome, que tem o De Niro no papel principal. Pra variar, ele é um mafioso, desses que amamos. E ele tem um pupilo, de cujo nome não me lembro, que está apaixonado por uma garota. De Niro ensina ao rapaz algumas lições que, infelizmente, só funcionam mesmo na telona norte-americana.
Uma delas, uma das poucas (senão a única) das quais me lembro bem, ensina que o rapaz deve sempre abrir a porta do carro para a garota entrar -como um cavalheiro desses que raramente se vê hoje em dia... Ele deve dar a volta por trás do carro, como explica De Niro, e observar se a garota, de dentro do carro, destrava a porta para ele. Se o fizer, é um sinal: ela está a fim do rapaz.
Como é maravilhosamente romântico o cinema norte-americano...
17.3.04
Felicidade
Pode não ser nada disso para você. Mas a minha fórmula de felicidade, se é que isso existe, está bem próxima de coisas como voltar da faculdade à noite e não ligar o computador -em vez disso me entregar a um bom livro como O velho e o mar, de Ernest Hemingway, fascinante, viciante. E, ao adormecer, escutar quinze minutos de música numa FM até que o rádio desligue sozinho, no horário previamente programado. Ao acordar, ouvir notícias na AM e depois mais música na FM. Levantar da cama e, em vez de ligar o computador, ir até a padaria, a pé, comer pão na chapa e tomar café-com-leite.
São coisas pequenas, que fazem um dia terminar bem e o outro começar melhor ainda.
Pode não ser nada disso para você. Mas a minha fórmula de felicidade, se é que isso existe, está bem próxima de coisas como voltar da faculdade à noite e não ligar o computador -em vez disso me entregar a um bom livro como O velho e o mar, de Ernest Hemingway, fascinante, viciante. E, ao adormecer, escutar quinze minutos de música numa FM até que o rádio desligue sozinho, no horário previamente programado. Ao acordar, ouvir notícias na AM e depois mais música na FM. Levantar da cama e, em vez de ligar o computador, ir até a padaria, a pé, comer pão na chapa e tomar café-com-leite.
São coisas pequenas, que fazem um dia terminar bem e o outro começar melhor ainda.
16.3.04
Blog?
Para quem entende espanhol, o Terra.es criou um especial a respeito de blogs. Vale a pena ler, com depoimentos de quem faz e tem.
Para quem entende espanhol, o Terra.es criou um especial a respeito de blogs. Vale a pena ler, com depoimentos de quem faz e tem.
Cultura
Podia ser uma propaganda dessas da Mastercard! Teatro: 50 reais. Museu: 20 reais. Livro: 40 reais. Cinema: 15 reais. Exposição: 15 reais. Concerto: 70 reais. É verdade que existem muitas coisas boas e baratas, algumas grátis, até. Mas a maioria dos produtos culturais no Brasil, país de pobres, país de desigualdades sociais gritantes, é muito cara e, por isso, inacessível. Quem é que pode pagar tudo isso para passar duas, três horas consumindo cultura? Quem é que pode se dar o prazer de entrar numa livraria e levar um, dois títulos para casa, a esses preços?
Tem coisas que só com Mastercard. E dá-lhe juros, depois.
Podia ser uma propaganda dessas da Mastercard! Teatro: 50 reais. Museu: 20 reais. Livro: 40 reais. Cinema: 15 reais. Exposição: 15 reais. Concerto: 70 reais. É verdade que existem muitas coisas boas e baratas, algumas grátis, até. Mas a maioria dos produtos culturais no Brasil, país de pobres, país de desigualdades sociais gritantes, é muito cara e, por isso, inacessível. Quem é que pode pagar tudo isso para passar duas, três horas consumindo cultura? Quem é que pode se dar o prazer de entrar numa livraria e levar um, dois títulos para casa, a esses preços?
Tem coisas que só com Mastercard. E dá-lhe juros, depois.
15.3.04
Sem graça
Quando rimos da tragédia alheia, embora isso aconteça mais do que deveria acontecer, algo está errado. Mesmo quando rimos da tragédia de quem mora tão longe e vive em uma realidade cultural tão diferente da nossa. É o que eu saí pensando depois de ver Divórcio à moda iraniana no CCBB, outro dia. O documentário explora a luta das mulheres pelo divórcio no país de regime ditatorial. Fazia parte de uma mostra chamada Mulheres em apuros -melhor título não há...
A legislação atrasada do Irã trata a mulher como cidadã de segunda classe. Dá poucos direitos e impõe muitos deveres. O direito ao divórcio é assegurado, mas sob difíceis circunstâncias -geralmente se o marido não aceita, elas não se separam. E, se aceita, o casal, ainda que separado, é obrigado a viver sob o mesmo teto durante um determinado tempo. Essas e outras regras absurdas são abordadas no documentário, produzido por uma cineasta inglesa.
É verdade que há cenas, no acompanhamento de alguns casos julgados por uma corte de Teerã, que fazem rir. Mas é um fazer rir sarcástico. É uma risada da tragédia alheia. Coisas de que rimos por tão ridículas que parecem à sociedade em que vivemos -essa que, se não é igualitária porque paga menos a mulheres do que a homens, por exemplo, pelo menos não prevê chibatadas como pena por "crimes" que sequer merecem ser chamados assim.
Acho que o documentário, que vai passar de novo na quarta-feira, 17 de março, às 20h no Centro Cultural Banco do Brasil, é um alerta ao mundo -muito adequado, em dias de volta do terrorismo internacional praticado por radicais como os que postulam leis assim. Vale a pena ser visto e divulgado. Para que o mundo saiba como a mulher é tratada naqueles regimes ditatoriais...
Frase da semana
Declaramos nossa responsabilidade pelo ocorrido em Madrid, precisamente dois anos e meio depois dos atentados de Nova York e Washington. É uma resposta a sua colaboração com os criminosos, o presidente norte-americano George W. Bush e seus aliados. É uma resposta aos crimes que vocês cometeram no mundo e, mais concretamente, no Iraque e no Afeganistão. Se D-s quiser, outras respostas virão. Vocês querem a vida, nós queremos a morte, o que exemplifica o que disse o profeta Maomé; se vocês não cessarem suas injustiças, o sangue correrá cada vez mais, e esses atentados representam muito pouco em comparação com o que poderia acontecer através do que vocês chamam de terrorismo. Este é um aviso do porta-voz militar da Al-Qaeda na Europa, Abu Dujan Al Afgani (texto completo do vídeo reivindicando a autoria dos atentados em Madrid).
Quando rimos da tragédia alheia, embora isso aconteça mais do que deveria acontecer, algo está errado. Mesmo quando rimos da tragédia de quem mora tão longe e vive em uma realidade cultural tão diferente da nossa. É o que eu saí pensando depois de ver Divórcio à moda iraniana no CCBB, outro dia. O documentário explora a luta das mulheres pelo divórcio no país de regime ditatorial. Fazia parte de uma mostra chamada Mulheres em apuros -melhor título não há...
A legislação atrasada do Irã trata a mulher como cidadã de segunda classe. Dá poucos direitos e impõe muitos deveres. O direito ao divórcio é assegurado, mas sob difíceis circunstâncias -geralmente se o marido não aceita, elas não se separam. E, se aceita, o casal, ainda que separado, é obrigado a viver sob o mesmo teto durante um determinado tempo. Essas e outras regras absurdas são abordadas no documentário, produzido por uma cineasta inglesa.
É verdade que há cenas, no acompanhamento de alguns casos julgados por uma corte de Teerã, que fazem rir. Mas é um fazer rir sarcástico. É uma risada da tragédia alheia. Coisas de que rimos por tão ridículas que parecem à sociedade em que vivemos -essa que, se não é igualitária porque paga menos a mulheres do que a homens, por exemplo, pelo menos não prevê chibatadas como pena por "crimes" que sequer merecem ser chamados assim.
Acho que o documentário, que vai passar de novo na quarta-feira, 17 de março, às 20h no Centro Cultural Banco do Brasil, é um alerta ao mundo -muito adequado, em dias de volta do terrorismo internacional praticado por radicais como os que postulam leis assim. Vale a pena ser visto e divulgado. Para que o mundo saiba como a mulher é tratada naqueles regimes ditatoriais...
Frase da semana
Declaramos nossa responsabilidade pelo ocorrido em Madrid, precisamente dois anos e meio depois dos atentados de Nova York e Washington. É uma resposta a sua colaboração com os criminosos, o presidente norte-americano George W. Bush e seus aliados. É uma resposta aos crimes que vocês cometeram no mundo e, mais concretamente, no Iraque e no Afeganistão. Se D-s quiser, outras respostas virão. Vocês querem a vida, nós queremos a morte, o que exemplifica o que disse o profeta Maomé; se vocês não cessarem suas injustiças, o sangue correrá cada vez mais, e esses atentados representam muito pouco em comparação com o que poderia acontecer através do que vocês chamam de terrorismo. Este é um aviso do porta-voz militar da Al-Qaeda na Europa, Abu Dujan Al Afgani (texto completo do vídeo reivindicando a autoria dos atentados em Madrid).
14.3.04
Bocejo
Tenho usado muito o MSN. Gosto mais do que do ICQ, por diversas razões. Uma delas, que pode parecer (e é!) besta, é aquele monte de carinhas que podemos usar para demonstrar sentimentos. Às vezes, bastam elas para demonstrar como você se sente, como bastam as reticências para demonstrar que você não está com saco de responder ao que a outra pessoa disse. Toda uma teoria do mundo moderno e internético. Tem uma carinha lá, a que eu chamo de "do bocejo", que é ótima. Chega a ser engraçada a carinha de sono depois do bocejo. Parece comigo nas noites que eu passo pendurado no MSN! Enfim, não importa.
Importa que eu queria entender, e até hoje ninguém conseguiu me explicar, qual é a razão de bocejarmos quando outra pessoa boceja ao nosso lado (ou mesmo quando um cachorro boceja, ou alguém na TV boceja, ou quando falamos -ou lemos!- sobre bocejo). Já reparou? Acho que até as imagens aí no alto fazem a gente bocejar...! Qual a "mágica"? Está aí um assunto interessante para um dia "interessante" como o de hoje: domingo chuvoso!
E aí, você bocejou quantas vezes lendo este post?!
Tenho usado muito o MSN. Gosto mais do que do ICQ, por diversas razões. Uma delas, que pode parecer (e é!) besta, é aquele monte de carinhas que podemos usar para demonstrar sentimentos. Às vezes, bastam elas para demonstrar como você se sente, como bastam as reticências para demonstrar que você não está com saco de responder ao que a outra pessoa disse. Toda uma teoria do mundo moderno e internético. Tem uma carinha lá, a que eu chamo de "do bocejo", que é ótima. Chega a ser engraçada a carinha de sono depois do bocejo. Parece comigo nas noites que eu passo pendurado no MSN! Enfim, não importa.
Importa que eu queria entender, e até hoje ninguém conseguiu me explicar, qual é a razão de bocejarmos quando outra pessoa boceja ao nosso lado (ou mesmo quando um cachorro boceja, ou alguém na TV boceja, ou quando falamos -ou lemos!- sobre bocejo). Já reparou? Acho que até as imagens aí no alto fazem a gente bocejar...! Qual a "mágica"? Está aí um assunto interessante para um dia "interessante" como o de hoje: domingo chuvoso!
E aí, você bocejou quantas vezes lendo este post?!
13.3.04
12.3.04
Fora
Reconheço que fiz barbeiragens hoje no trânsito para chegar em tempo (e "tempo" é apenas modo de falar, porque eu só tinha meia hora!) na agência dos correios e despachar uma encomenda para a minha irmã. Corri, desviei cá e lá, até dei um banho em uma mulher porque a roda do carro entrou em um buraco que estava cheio de água -quis morrer de vergonha.
Mas foi uma delícia responder, com calma e serenidade, e deixar sem palavras uma mulher que queria de toda maneira arranjar briga comigo no trânsito:
Ela: Você devia dirigir mais devagar, filhinho. Seu carro está até riscadinho. Devia ser mais civilizado no trânsito. Não se dirige dessa forma... Blá, blá, blá...
Eu: Tem razão, me desculpe. É que eu me distraí com a beleza da sua filha (que estava sentada ao lado dela e, ao ouvir isso, fechou a janela, muda!!)
A mulher não tinha onde enfiar a cara. E eu só fiquei olhando e sorrindo!!! Quando abriu o sinal, ela arrancou, irritada, fazendo tudo que condenou em mim!
Reconheço que fiz barbeiragens hoje no trânsito para chegar em tempo (e "tempo" é apenas modo de falar, porque eu só tinha meia hora!) na agência dos correios e despachar uma encomenda para a minha irmã. Corri, desviei cá e lá, até dei um banho em uma mulher porque a roda do carro entrou em um buraco que estava cheio de água -quis morrer de vergonha.
Mas foi uma delícia responder, com calma e serenidade, e deixar sem palavras uma mulher que queria de toda maneira arranjar briga comigo no trânsito:
Ela: Você devia dirigir mais devagar, filhinho. Seu carro está até riscadinho. Devia ser mais civilizado no trânsito. Não se dirige dessa forma... Blá, blá, blá...
Eu: Tem razão, me desculpe. É que eu me distraí com a beleza da sua filha (que estava sentada ao lado dela e, ao ouvir isso, fechou a janela, muda!!)
A mulher não tinha onde enfiar a cara. E eu só fiquei olhando e sorrindo!!! Quando abriu o sinal, ela arrancou, irritada, fazendo tudo que condenou em mim!
11.3.04
Duzentos mortos, mil feridos
O saldo trágico dos atentados simultâneos ocorridos na manhã de hoje em Madrid não é apenas o número alto de vítimas, mas o horror do evento. De novo, a brutalidade do terrorismo mostra sua face. E de novo o mundo vai condenar o terrorismo, como faz sempre que algo assim acontece -menos quando acontece em Israel.
Está na hora da hipocrisia acabar. E está na hora de se colocar um basta no terrorismo. Em todo tipo de terrorismo.
Imprensa
O comportamento da imprensa espanhola, considerada uma das melhores do mundo, foi exemplar no "11 de setembro europeu": os jornais, como El País, El Mundo, La Vanguardia e ABC, abriram seu conteúdo sem exigir pagamento ou cadastro.
A iniciativa foi do principal jornal espanhol e europeu, o El País, que normalmente tem acesso restrito apenas aos assinantes. Os jornais concorrentes seguiram a decisão. Em seus portais, os veículos têm, além de informações atualizadas, imagens dos atentados.
UPDATE: A Rede
O grupo Al Qaeda ("a rede", em árabe") assumiu a autoria dos ataques. O número de vítimas é de quase 200 mortos, mais de 1,4 mil feridos... E o Terra brasileiro fez uma lista de ataques terroristas desde 11 de setembro sem incluir os sofridos por Israel. A hipocrisia segue...
O saldo trágico dos atentados simultâneos ocorridos na manhã de hoje em Madrid não é apenas o número alto de vítimas, mas o horror do evento. De novo, a brutalidade do terrorismo mostra sua face. E de novo o mundo vai condenar o terrorismo, como faz sempre que algo assim acontece -menos quando acontece em Israel.
Está na hora da hipocrisia acabar. E está na hora de se colocar um basta no terrorismo. Em todo tipo de terrorismo.
Imprensa
O comportamento da imprensa espanhola, considerada uma das melhores do mundo, foi exemplar no "11 de setembro europeu": os jornais, como El País, El Mundo, La Vanguardia e ABC, abriram seu conteúdo sem exigir pagamento ou cadastro.
A iniciativa foi do principal jornal espanhol e europeu, o El País, que normalmente tem acesso restrito apenas aos assinantes. Os jornais concorrentes seguiram a decisão. Em seus portais, os veículos têm, além de informações atualizadas, imagens dos atentados.
UPDATE: A Rede
O grupo Al Qaeda ("a rede", em árabe") assumiu a autoria dos ataques. O número de vítimas é de quase 200 mortos, mais de 1,4 mil feridos... E o Terra brasileiro fez uma lista de ataques terroristas desde 11 de setembro sem incluir os sofridos por Israel. A hipocrisia segue...
10.3.04
Passeio
Fiz hoje algo que todo paulistano deveria fazer regularmente: fui ao centro, de metrô, para visitar o Centro Cultural Banco do Brasil. Passeio gostoso, especialmente porque fazia um calor moderado, e não chovia -ao contrário do que acontecia um pouco longe de lá... No CCBB vi Divórcio à moda iraniana, documentário que faz parte da mostra Mulheres em apuros, que vai até o final da semana que vem. O filme merece, e vai ter, um post só pra ele. Amanhã, prometo!
O passeio é realmente uma forma deliciosa de conhecer a cidade, o que pulsa na cidade. A praça da Sé, a Catedral, pessoas correndo apressadas para todas as direções, engravatados saindo e entrando em bancos, cartazes ambulantes, ourives, dezenas de sujeitos vendendo passes, polícia por todo lado, ofertas irresistíveis de produtos desnecessários... E, pra quem procurar, um centro cultural, numa esquina da rua Álvares Penteado, num prédio antigo que vale a pena ser visitado, várias vezes. A programação deles é ótima.
Abrigo
Estava dirigindo na 23 de Maio quando desabou uma tempestade hoje. E reparei em um fenômeno curioso: os viadutos da avenida (para quem não conhece, é um dos principais eixos de Sampa) viram teto de vestiários improvisados por motoqueiros -que estacionam aos montes (chegam a atrapalhar ainda mais o trânsito) para colocar as roupas impermeáveis e seguir viagem.
Pena não ter uma câmera comigo naquela hora. Valia uma foto. Aliás, tenho que voltar a andar "armado"!
Vento
Apesar da chuva, que eu odeio, tem feito bastante calor em Sampa. O que eu também odeio... Não curto derreter dentro do meu milzinho (dentro do qual passo boa parte do dia) sem ar. Agora, quase início de madrugada de quinta (oba, já é quinta!) está batendo um vento delicioso. Nem tive coragem de fechar a janela da sala! E vou dormir com essa brisa e com a poesia da Cesaria Evora.
Fiz hoje algo que todo paulistano deveria fazer regularmente: fui ao centro, de metrô, para visitar o Centro Cultural Banco do Brasil. Passeio gostoso, especialmente porque fazia um calor moderado, e não chovia -ao contrário do que acontecia um pouco longe de lá... No CCBB vi Divórcio à moda iraniana, documentário que faz parte da mostra Mulheres em apuros, que vai até o final da semana que vem. O filme merece, e vai ter, um post só pra ele. Amanhã, prometo!
O passeio é realmente uma forma deliciosa de conhecer a cidade, o que pulsa na cidade. A praça da Sé, a Catedral, pessoas correndo apressadas para todas as direções, engravatados saindo e entrando em bancos, cartazes ambulantes, ourives, dezenas de sujeitos vendendo passes, polícia por todo lado, ofertas irresistíveis de produtos desnecessários... E, pra quem procurar, um centro cultural, numa esquina da rua Álvares Penteado, num prédio antigo que vale a pena ser visitado, várias vezes. A programação deles é ótima.
Abrigo
Estava dirigindo na 23 de Maio quando desabou uma tempestade hoje. E reparei em um fenômeno curioso: os viadutos da avenida (para quem não conhece, é um dos principais eixos de Sampa) viram teto de vestiários improvisados por motoqueiros -que estacionam aos montes (chegam a atrapalhar ainda mais o trânsito) para colocar as roupas impermeáveis e seguir viagem.
Pena não ter uma câmera comigo naquela hora. Valia uma foto. Aliás, tenho que voltar a andar "armado"!
Vento
Apesar da chuva, que eu odeio, tem feito bastante calor em Sampa. O que eu também odeio... Não curto derreter dentro do meu milzinho (dentro do qual passo boa parte do dia) sem ar. Agora, quase início de madrugada de quinta (oba, já é quinta!) está batendo um vento delicioso. Nem tive coragem de fechar a janela da sala! E vou dormir com essa brisa e com a poesia da Cesaria Evora.
9.3.04
Qualidade de vida?
Fiquei puto quando saí, hoje, para pagar contas no banco e achei melhor deixar tudo (chaves, dinheiro, carteira, documentos, relógio) guardado -levei só minha carteira de motorista, o único documento que sempre carrego. Fui a pé até o banco, que fica a seis quadras da casa da minha mãe, no Paraíso, ao lado de uma delegacia. Mesmo assim, não senti tranqüilidade de carregar tudo. Por isso fiquei puto.
Mas quando cheguei ao banco e entrei, sem ninguém olhando pra mim, sem ninguém pra me fazer mil perguntas ou me pedir para mostrar os itens metálicos que carrego no bolso, ou sequer precisando passar por uma porta com detector de metais, me surpreendi. E fiquei assustado. Mesmo que o banco fique ao lado da delegacia, não duvido que pensem em assaltá-lo. Quis sair rápido. Sorte que não tinha fila.
Que qualidade de vida é essa, da qual tanto falam quando se referem ao Brasil?
Só comigo?
É só comigo ou quando você conta dinheiro se confunde quando passa pelas notas de dois e de vinte reais? Pelo menos comigo e com a caixa do banco onde paguei as contas isso acontece...!
Fiquei puto quando saí, hoje, para pagar contas no banco e achei melhor deixar tudo (chaves, dinheiro, carteira, documentos, relógio) guardado -levei só minha carteira de motorista, o único documento que sempre carrego. Fui a pé até o banco, que fica a seis quadras da casa da minha mãe, no Paraíso, ao lado de uma delegacia. Mesmo assim, não senti tranqüilidade de carregar tudo. Por isso fiquei puto.
Mas quando cheguei ao banco e entrei, sem ninguém olhando pra mim, sem ninguém pra me fazer mil perguntas ou me pedir para mostrar os itens metálicos que carrego no bolso, ou sequer precisando passar por uma porta com detector de metais, me surpreendi. E fiquei assustado. Mesmo que o banco fique ao lado da delegacia, não duvido que pensem em assaltá-lo. Quis sair rápido. Sorte que não tinha fila.
Que qualidade de vida é essa, da qual tanto falam quando se referem ao Brasil?
Só comigo?
É só comigo ou quando você conta dinheiro se confunde quando passa pelas notas de dois e de vinte reais? Pelo menos comigo e com a caixa do banco onde paguei as contas isso acontece...!
Amor
Estou naqueles dias em que se tira o dia para pensar na vida. E, lendo os comentários ao post anterior, e os comentários que esses comentários geraram, entre as pessoas com quem andei falando no MSN, pensei mais. E pensei em loucuras por amor, em borboletas no estômago, no coração que pára de funcionar por alguns instantes, no cruzar de olhares definitivo, no toque intenso dos lábios, na palavra que define tudo, nos olhos cheios de lágrima pela emoção do beijo arrancado...
Como é bom amar. Que saudade eu tenho de quando o primeiro e o último pensamento do meu dia eram dedicados a uma pessoa, a ela... De quando eu conseguia, em pensamento, sentir o cheiro dela como se ela estivesse ali do meu lado... De quando eu a achava maravilhosamente linda, mesmo estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados... De quando eu não conseguia imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem ela...
Saudade desses tempos. Vontade que eles voltem.
Pequenos prazeres
Cachorro-quente de porta de escola ou de faculdade em Sampa: poucas coisas são tão saborosas e ao mesmo tempo nada nutritivas (who cares?)...! Especialmente aqueles prensados, que levam "de tudo": purê de batata, salada, salsicha, molhos...
Estou naqueles dias em que se tira o dia para pensar na vida. E, lendo os comentários ao post anterior, e os comentários que esses comentários geraram, entre as pessoas com quem andei falando no MSN, pensei mais. E pensei em loucuras por amor, em borboletas no estômago, no coração que pára de funcionar por alguns instantes, no cruzar de olhares definitivo, no toque intenso dos lábios, na palavra que define tudo, nos olhos cheios de lágrima pela emoção do beijo arrancado...
Como é bom amar. Que saudade eu tenho de quando o primeiro e o último pensamento do meu dia eram dedicados a uma pessoa, a ela... De quando eu conseguia, em pensamento, sentir o cheiro dela como se ela estivesse ali do meu lado... De quando eu a achava maravilhosamente linda, mesmo estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados... De quando eu não conseguia imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem ela...
Saudade desses tempos. Vontade que eles voltem.
Pequenos prazeres
Cachorro-quente de porta de escola ou de faculdade em Sampa: poucas coisas são tão saborosas e ao mesmo tempo nada nutritivas (who cares?)...! Especialmente aqueles prensados, que levam "de tudo": purê de batata, salada, salsicha, molhos...
8.3.04
Mulher
Ao observar uma mulher é necessário
muito mais do que a simples subjetividade de
um mero olhar quando deparar com uma diva.
O olhar às vezes escapa aos sentimentos mais
profundos. Não simplesmente a olhe, deleite-se
com os sentimentos mais profundos. As mulheres
fogem ao que se diz objeto. Observe-as sem vê-las,
pois desta forma sentirá uma coisa que o atraiçoa
por dentro, um leve torpor, um frio na barriga.
Não é só porque eu sou homem, e porque sou hetero, que amo as mulheres. Também não tem nada a ver com complexos de Édipo ou de quem quer que tenha escrito sobre paixões de filhos pelas mães. Tampouco diz respeito a sexo, hormônios, atração. Pelo menos não só a isso.
Amo as mulheres (melhor que dizer que amo a mulher, acho) porque amo. Porque elas são femininas. Porque elas sabem usar o olhar e arrancar da gente o que elas querem. Porque a inteligência emocional delas é alta, elas são emocionais e emotivas, elas choram, sorriem, gozam e vivem intensamente. Amo as mulheres porque me dei conta de que não sei viver sem elas...
"O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma multidão inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (esse desejo diz respeito a uma só mulher)".
(Milan Kundera)
Feliz dia internacional da mulher.
Hoje e todos os dias.
Ao observar uma mulher é necessário
muito mais do que a simples subjetividade de
um mero olhar quando deparar com uma diva.
O olhar às vezes escapa aos sentimentos mais
profundos. Não simplesmente a olhe, deleite-se
com os sentimentos mais profundos. As mulheres
fogem ao que se diz objeto. Observe-as sem vê-las,
pois desta forma sentirá uma coisa que o atraiçoa
por dentro, um leve torpor, um frio na barriga.
Não é só porque eu sou homem, e porque sou hetero, que amo as mulheres. Também não tem nada a ver com complexos de Édipo ou de quem quer que tenha escrito sobre paixões de filhos pelas mães. Tampouco diz respeito a sexo, hormônios, atração. Pelo menos não só a isso.
Amo as mulheres (melhor que dizer que amo a mulher, acho) porque amo. Porque elas são femininas. Porque elas sabem usar o olhar e arrancar da gente o que elas querem. Porque a inteligência emocional delas é alta, elas são emocionais e emotivas, elas choram, sorriem, gozam e vivem intensamente. Amo as mulheres porque me dei conta de que não sei viver sem elas...
"O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma multidão inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (esse desejo diz respeito a uma só mulher)".
(Milan Kundera)
Feliz dia internacional da mulher.
Hoje e todos os dias.
7.3.04
Intimidade é...
Eu poderia falar um montão sobre o que eu acho que intimidade é, mas a Martha Medeiros já fez isso e fez muito bem. Penso bem como ela. A propósito do filme mencionado no texto, Encontros e desencontros, quero muito ir ao cinema. Faz tempo que não vou e tem um monte de filmes (esse é um deles) que quero ver. Aceito convites descarados, desde que sejam verdadeiros...!
Eu poderia falar um montão sobre o que eu acho que intimidade é, mas a Martha Medeiros já fez isso e fez muito bem. Penso bem como ela. A propósito do filme mencionado no texto, Encontros e desencontros, quero muito ir ao cinema. Faz tempo que não vou e tem um monte de filmes (esse é um deles) que quero ver. Aceito convites descarados, desde que sejam verdadeiros...!
6.3.04
Nana, 23
Hoje faz aniversário a pessoa que faz de mim o irmão mais orgulhoso e babão que existe na face da Terra. Batam palmas para a Adriana, que completa vinte e três anos e, com isso, me faz sentir babão e velho! Feliz aniversário, baixinha! Que seus 23 sejam repletos de sucesso e de amor como têm sido os outros 22. Te amo.
Hoje faz aniversário a pessoa que faz de mim o irmão mais orgulhoso e babão que existe na face da Terra. Batam palmas para a Adriana, que completa vinte e três anos e, com isso, me faz sentir babão e velho! Feliz aniversário, baixinha! Que seus 23 sejam repletos de sucesso e de amor como têm sido os outros 22. Te amo.
Reforma
Fui acordado "de madrugada" pela faxineira, que chegou duas horas antes do combinado (essas coisas só acontecem quando você vai dormir às 5 da manhã...). Enquanto ela limpava meu quarto, aproveitei para fazer obras aqui no blog. Havia muitos defuntos entre os links e muitos endereços errados. Arrumei tudo, tirei uns, pus outros. Se você encontrar seu blog linkado aqui, faz-favor de também linkar o meu lá, se puder! E agora eu vou tentar dormir de novo!
Fui acordado "de madrugada" pela faxineira, que chegou duas horas antes do combinado (essas coisas só acontecem quando você vai dormir às 5 da manhã...). Enquanto ela limpava meu quarto, aproveitei para fazer obras aqui no blog. Havia muitos defuntos entre os links e muitos endereços errados. Arrumei tudo, tirei uns, pus outros. Se você encontrar seu blog linkado aqui, faz-favor de também linkar o meu lá, se puder! E agora eu vou tentar dormir de novo!
Embalos de sexta à noite
Já não me preocupo se eu não sei porque
Às vezes o que vejo quase ninguém vê
E eu sei que você sabe quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você...
Poucas coisas são comparáveis ao sublime prazer de tomar um choppe escuro bem acompanhado, em um bar descolado perto da avenida Paulista, regado a bom papo e risadas até altas horas da madrugada. Pra acabar, passar no Drive do Mc e pedir um Chicken McNuggets com seis, molho barbecue...
Já não me preocupo se eu não sei porque
Às vezes o que vejo quase ninguém vê
E eu sei que você sabe quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você...
Poucas coisas são comparáveis ao sublime prazer de tomar um choppe escuro bem acompanhado, em um bar descolado perto da avenida Paulista, regado a bom papo e risadas até altas horas da madrugada. Pra acabar, passar no Drive do Mc e pedir um Chicken McNuggets com seis, molho barbecue...
5.3.04
Diálogo
Eu estudo ainda na Metodista porque tranquei a faculdade em 2000. Faltavam quatro meses para a minha formatura, mas eu não ia mesmo me formar em dezembro daquele ano. Já vinha faltando muito, porque trabalhava muitas horas num site. E ainda queria lançar uma revista. E pensava em viajar para Israel...
Hoje, se não virei lenda e celebridade, como as pessoas brincam na faculdade, pelo menos fiquei conhecido pela minha história nada comum. Lançar revista, viajar para Israel etc etc etc... E as pessoas que não me conhecem e que têm alguma curiosidade me questionam sobre "de onde veio esse ser diferente".
Hoje sentei no laboratório para a aula de Edição e produção de textos para revistas, onde estou ainda, ouvindo a discussão de pauta para a revista que sai em junho, e travei o seguinte diálogo, curto e explicativo:
- Você veio da manhã?
- Não, vim do passado!
Faz sete anos que freqüento esses bancos escolares...
Eu estudo ainda na Metodista porque tranquei a faculdade em 2000. Faltavam quatro meses para a minha formatura, mas eu não ia mesmo me formar em dezembro daquele ano. Já vinha faltando muito, porque trabalhava muitas horas num site. E ainda queria lançar uma revista. E pensava em viajar para Israel...
Hoje, se não virei lenda e celebridade, como as pessoas brincam na faculdade, pelo menos fiquei conhecido pela minha história nada comum. Lançar revista, viajar para Israel etc etc etc... E as pessoas que não me conhecem e que têm alguma curiosidade me questionam sobre "de onde veio esse ser diferente".
Hoje sentei no laboratório para a aula de Edição e produção de textos para revistas, onde estou ainda, ouvindo a discussão de pauta para a revista que sai em junho, e travei o seguinte diálogo, curto e explicativo:
- Você veio da manhã?
- Não, vim do passado!
Faz sete anos que freqüento esses bancos escolares...
Fim da semana
Chegou o fim-de-semana, todos querem diversão! Só alegria, estamos no verão! Isso é o trecho de um rap (rap?) velho, muito velho, que eu cantava no meu primeiro emprego, aos 15 anos, sempre que a sexta-feira ia acabando. Sempre me lembro dele. E hoje, sexta-feira quase acabando, não podia ser diferente. Diferente é que amanhã, além de Shabat, é Purim! Então, desde já, Shabat Shalom e Chag Purim Sameach! Ainda não sei o que vou fazer para Purim... Vale a pena, hoje, ler esse belo relato e um texto que eu escrevi no ano passado a respeito de Purim!
Hoje, como todos os dias, é o primeiro dia do resto da minha vida. O que eu estou fazendo hoje vai definir o que eu vou ser ou onde eu vou estar amanhã. E o que eu vou fazer hoje é sentar, pela primeira vez, com a minha orientadora do TCC (o trabalho de conclusão de curso) para definir o caminho que vou tomar na minha pesquisa! São Bernardo da Borda do Campo, aí vou eu...
Chegou o fim-de-semana, todos querem diversão! Só alegria, estamos no verão! Isso é o trecho de um rap (rap?) velho, muito velho, que eu cantava no meu primeiro emprego, aos 15 anos, sempre que a sexta-feira ia acabando. Sempre me lembro dele. E hoje, sexta-feira quase acabando, não podia ser diferente. Diferente é que amanhã, além de Shabat, é Purim! Então, desde já, Shabat Shalom e Chag Purim Sameach! Ainda não sei o que vou fazer para Purim... Vale a pena, hoje, ler esse belo relato e um texto que eu escrevi no ano passado a respeito de Purim!
Hoje, como todos os dias, é o primeiro dia do resto da minha vida. O que eu estou fazendo hoje vai definir o que eu vou ser ou onde eu vou estar amanhã. E o que eu vou fazer hoje é sentar, pela primeira vez, com a minha orientadora do TCC (o trabalho de conclusão de curso) para definir o caminho que vou tomar na minha pesquisa! São Bernardo da Borda do Campo, aí vou eu...
4.3.04
Estranho...
Chego em casa e reparo que, como quase sempre, tinha deixado o MSN aberto. Várias mensagens piscando, me esperando. Numa delas, o seguinte diálogo, do qual eu não fiz parte:
Ela1 diz:
tá ausente
Ela2 diz:
ele tem quntos anos? volta por que?
Ela1 saiu da conversa
Você entendeu algo? Nem eu...
Dono de casa
É fácil viver sem geladeira, até. Basta não comer. Fácil!
Tecnologia
Meu palmtop, que tinha me abandonado completamente em Israel, voltou a funcionar. É uma sensação ótima! Algo equivalente a recuperar a memória depois de um trauma!
Dúvida cruel
Lembra do "zero-onze-catorze-zero-meia"? Uma vez eu liguei pra saber se as facas Ginsu eram capazes de cortar as meias Vivarina. Espero a resposta até hoje!
Chego em casa e reparo que, como quase sempre, tinha deixado o MSN aberto. Várias mensagens piscando, me esperando. Numa delas, o seguinte diálogo, do qual eu não fiz parte:
Ela1 diz:
tá ausente
Ela2 diz:
ele tem quntos anos? volta por que?
Ela1 saiu da conversa
Você entendeu algo? Nem eu...
Dono de casa
É fácil viver sem geladeira, até. Basta não comer. Fácil!
Tecnologia
Meu palmtop, que tinha me abandonado completamente em Israel, voltou a funcionar. É uma sensação ótima! Algo equivalente a recuperar a memória depois de um trauma!
Dúvida cruel
Lembra do "zero-onze-catorze-zero-meia"? Uma vez eu liguei pra saber se as facas Ginsu eram capazes de cortar as meias Vivarina. Espero a resposta até hoje!
Tesão
Que fique claro: não sei viver sem intensidade. Amo intensamente. Sou intensamente amigo. Sofro intensamente. Fico intensamente feliz. Transo com intensidade. Odeio intensamente, quando odeio. Não tem meio-termo. Não tem essa de quase gostar, de sofrer mais-ou-menos, de ser só um pouco feliz. Tudo o que eu faço procuro fazer com tesão -e essa é a palavra. Se não tem tesão, perco a vontade. Não faço. Deixo pra lá. E deixar pra lá é perigoso.
Não é um recado. Ou talvez seja, para muitas pessoas. Estou cansado de ver gente que deixa a vida passar diante dos olhos e, em vez de agarrá-la com todas as forças, suspira um suspiro de conformismo. Gente que prefere ficar pensando no que seria em vez de fazer ser, fazer acontecer. Gente que analisa muito e pouco faz, pouco vive.
Tenho me dado conta de como a vida é delicada, curta, frágil. Não quero chegar aos 50 anos (e estou na metade do caminho...), olhar para trás e perceber que a minha vida esteve esquecida no lixo. Quero viver.
É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã,
Porque se você parar pra pensar, na verdade não há...
Que fique claro: não sei viver sem intensidade. Amo intensamente. Sou intensamente amigo. Sofro intensamente. Fico intensamente feliz. Transo com intensidade. Odeio intensamente, quando odeio. Não tem meio-termo. Não tem essa de quase gostar, de sofrer mais-ou-menos, de ser só um pouco feliz. Tudo o que eu faço procuro fazer com tesão -e essa é a palavra. Se não tem tesão, perco a vontade. Não faço. Deixo pra lá. E deixar pra lá é perigoso.
Não é um recado. Ou talvez seja, para muitas pessoas. Estou cansado de ver gente que deixa a vida passar diante dos olhos e, em vez de agarrá-la com todas as forças, suspira um suspiro de conformismo. Gente que prefere ficar pensando no que seria em vez de fazer ser, fazer acontecer. Gente que analisa muito e pouco faz, pouco vive.
Tenho me dado conta de como a vida é delicada, curta, frágil. Não quero chegar aos 50 anos (e estou na metade do caminho...), olhar para trás e perceber que a minha vida esteve esquecida no lixo. Quero viver.
É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã,
Porque se você parar pra pensar, na verdade não há...
3.3.04
"Bons tempos", eu direi
Tem um email que circula de quando em quando na net falando das vantagens e desvantagens do período universitário. O último dos itens, me lembro, diz que por pior que aqueles anos possam parecer, eles vão deixar saudade. Ontem, quando saí da Metodista, tive essa sensação. Saí de lá quase onze da noite, depois da aula, no meio da bagunça que se forma ao redor dos bares. E me lembrei de quando comecei o curso, em 1997. Ficava em horas estendidas de intervalo batendo papo com os amigos... Tinha um clima de vida nova no ar, de independência, de ser dono do próprio nariz...
E hoje, pensando nisso, me lembrei de quando passei pro ginásio e, pela primeira vez, passei a usar canetas e cadernos "universitários". Antes, só lápis e cadernos de meio tamanho, horríveis. Era a glória poder escrever a caneta, e eu escrevia com diversas cores diferentes, me lembro bem! Adoro as mudanças. E a verdade é que me lembro com carinho de cada uma delas -como a de quando deixei de precisar usar o uniforme com o arco-íris e a silhueta de Dom Quixote para poder escolher a minha roupa.
Nostalgia é apelido.
Tem um email que circula de quando em quando na net falando das vantagens e desvantagens do período universitário. O último dos itens, me lembro, diz que por pior que aqueles anos possam parecer, eles vão deixar saudade. Ontem, quando saí da Metodista, tive essa sensação. Saí de lá quase onze da noite, depois da aula, no meio da bagunça que se forma ao redor dos bares. E me lembrei de quando comecei o curso, em 1997. Ficava em horas estendidas de intervalo batendo papo com os amigos... Tinha um clima de vida nova no ar, de independência, de ser dono do próprio nariz...
E hoje, pensando nisso, me lembrei de quando passei pro ginásio e, pela primeira vez, passei a usar canetas e cadernos "universitários". Antes, só lápis e cadernos de meio tamanho, horríveis. Era a glória poder escrever a caneta, e eu escrevia com diversas cores diferentes, me lembro bem! Adoro as mudanças. E a verdade é que me lembro com carinho de cada uma delas -como a de quando deixei de precisar usar o uniforme com o arco-íris e a silhueta de Dom Quixote para poder escolher a minha roupa.
Nostalgia é apelido.
2.3.04
Burocrata tem nove letras. Metodista também
Não pode ser coincidência. E o fato é que desde que entrei nesta universidade, da qual escrevo este singelo e raivoso post agora, várias coisas me levam a crer que não é mesmo. Vim mais cedo para cá porque hoje, sem falta, sairia o resultado de um pedido que, sem falta, sairia no dia 20 de fevereiro. Atrasou de novo e, com quase um mês de aulas, ainda não sei se vou poder me formar no fim do semestre... Dizer que é um absurdo é pouco. E ficar irritado nem sempre resolve. Mas não consigo não ficar. Essa Secretaria Acadêmica da Metodista é a única instituição que consegue estragar meu dia todos os dias. Hoje não foi diferente. Minha paciência tem limites... Caramba...
Não pode ser coincidência. E o fato é que desde que entrei nesta universidade, da qual escrevo este singelo e raivoso post agora, várias coisas me levam a crer que não é mesmo. Vim mais cedo para cá porque hoje, sem falta, sairia o resultado de um pedido que, sem falta, sairia no dia 20 de fevereiro. Atrasou de novo e, com quase um mês de aulas, ainda não sei se vou poder me formar no fim do semestre... Dizer que é um absurdo é pouco. E ficar irritado nem sempre resolve. Mas não consigo não ficar. Essa Secretaria Acadêmica da Metodista é a única instituição que consegue estragar meu dia todos os dias. Hoje não foi diferente. Minha paciência tem limites... Caramba...
1.3.04
Meu Brasil brasileiro
Tudo no Brasil é grande, exagerado. Voltei hoje de Campinas pensando nisso. As estradas são grandes. Os buracos também. A velocidade máxima permitida, 120 quilômetros horários, é alta. O verde ao redor das pistas é imenso, quase infinito. Os restaurantes de beira de estrada (como o que eu parei para comer curau e tomar suco de milho) são gigantes. Ao chegar em São Paulo, até o trânsito era exageradamente caótico...
Mas o Brasil, com suas estradas, seus buracos, os carros velozes, restaurantes e a natureza, mesmo com seu trânsito, é lindo. E até nisso, na beleza, é grandioso. É preciso estar de muito bom humor, acho, para encarar assim. E eu estava, com o rádio nas estações que eu ouço desde sempre, as músicas que tocam e que me tocam, a locução trôpega e inteligível no "meu" português.
Seria mentir dizer que tudo isso, além de tudo que eu sempre digo (os amigos, a família...), vai fazer falta. Vai fazer. Muita falta. Já sei. Por isso está nas minhas determinações viajar mais (não vou ficar em São Paulo nos feriados, isso é certo), conhecer alguma cidade nova, ir ao Rio, a Curitiba e a Brasília. Tenho 19 semanas, incluindo esta, para isso...
Em quatro meses vou embora do Brasil. Até lá não quero gastar dinheiro com nada que eu não possa levar comigo. Por isso, quero passar muito tempo com meus amigos e viajar muito -as lembranças, essas sim, vão viajar comigo. Que sejam as melhores.
Jota-bê
Saiu matéria minha no JB hoje. O tema é besta, mas está aqui.
Frase da semana
"Tenho que reconhecer que você é muito bem articulado".
Tudo no Brasil é grande, exagerado. Voltei hoje de Campinas pensando nisso. As estradas são grandes. Os buracos também. A velocidade máxima permitida, 120 quilômetros horários, é alta. O verde ao redor das pistas é imenso, quase infinito. Os restaurantes de beira de estrada (como o que eu parei para comer curau e tomar suco de milho) são gigantes. Ao chegar em São Paulo, até o trânsito era exageradamente caótico...
Mas o Brasil, com suas estradas, seus buracos, os carros velozes, restaurantes e a natureza, mesmo com seu trânsito, é lindo. E até nisso, na beleza, é grandioso. É preciso estar de muito bom humor, acho, para encarar assim. E eu estava, com o rádio nas estações que eu ouço desde sempre, as músicas que tocam e que me tocam, a locução trôpega e inteligível no "meu" português.
Seria mentir dizer que tudo isso, além de tudo que eu sempre digo (os amigos, a família...), vai fazer falta. Vai fazer. Muita falta. Já sei. Por isso está nas minhas determinações viajar mais (não vou ficar em São Paulo nos feriados, isso é certo), conhecer alguma cidade nova, ir ao Rio, a Curitiba e a Brasília. Tenho 19 semanas, incluindo esta, para isso...
Em quatro meses vou embora do Brasil. Até lá não quero gastar dinheiro com nada que eu não possa levar comigo. Por isso, quero passar muito tempo com meus amigos e viajar muito -as lembranças, essas sim, vão viajar comigo. Que sejam as melhores.
Jota-bê
Saiu matéria minha no JB hoje. O tema é besta, mas está aqui.
Frase da semana
"Tenho que reconhecer que você é muito bem articulado".
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