TCCar
TCCar significa fazer o TCC! Minha monografia, tão abrangente quanto sessenta anos de jornalismo, e tão específica quanto a história de vida de um jornalista com sessenta anos de carreira, precisa ficar pronta até junho. Comecei pelo quarto capítulo, o que fala dos dias atuais da vida dele, porque é o período que eu acompanhei de perto.
TCCar significa abrir muitos dos livros que eu já li, um dia, e que acumulam poeira nas minhas prateleiras para encontrar inspiração. O velho e o mar e O carteiro e o poeta me ajudaram nessa tarefa. Eu me sinto como o jovem Manolín que ajuda o velho Santiago na pescaria. E me sinto como o carteiro que leva a correspondência de Pablo Neruda. Tenho o prazer de ser algo entre um e outro.
Inspiração é a palavra para TCCar. Há dias nos quais, como o narrador de O carteiro..., em que sequer uma linha nasce. Há outros, contudo, como hoje, e hoje é um dia especial, em que páginas desfilam preenchidas com meus dedos à toda atividade diante dos meus olhos atrás da tela de vidro, na página outrora branca do documento de Word.
Até agora não concluí sequer um capítulo. Tenho até 15 de abril para terminar o primeiro deles, que é o quarto. Vou terminar. A inspiração está vindo e ajudando. As entrevistas estão sendo feitas. Idéias vão surgindo a cada linha que leio, a cada palavra que ouço de quem viveu outras épocas ao lado do meu personagem real.
Meu TCC não vai ser apenas um TCC. Quero que ele seja mais que o resumo de anos de curso, mais que três letras abreviando uma época maravilhosa e de intenso crescimento. Preciso voltar ao trabalho.
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