Um elogia...
Como contei, tive o privilégio, ainda que tardio (depois de cinco anos em cartaz), de assistir à peça Einstein, lá na Metodista. Um feliz professor do curso de RTV trouxe o ator Carlos Palma para três apresentações hoje, seguidas de debates. Vi a última delas e achei primorosa. Mais que a peça, contudo, que traz um ator "encarnado" de Albert Eintein, com trejeitos, fala e carisma do cientista, o debate foi ótimo.
Tive chance de fazer três perguntas. Quis saber como ele tinha montado o personagem, mesmo com distâncias física e espacial tão grandes, e com a responsabilidade de representar uma personalidade tão importante, não apenas como cientista, mas como humanista. Ele contou como foi o trabalho de montar seu Einstein, da influência que teve de pessoas mais velhas de sua família (o pai e o tio) para o papel etc. Depois perguntei se ele tinha tido a oportunidade de conhecer Israel e se tinha procurado a comunidade judaica para criar o personagem.
Nesse ponto, Palma teceu inflamados elogios à comunidade judaica e à nossa "organização". Contou que para o colégio Iavne, fez uma apresentação que teve que agendar meses antes, para que os professores tivessem tempo de bolar atividades multi-disciplinares tendo como base a peça. Contou do respeito que tem pelos judeus. Fiquei muito contente por ouvir as palavras, junto a outras cerca de 50 pessoas que estavam lá. É muito bom saber que há pessoas com tamanha admiração pelo povo judeu.
Palma está nos palcos com outra peça além de Einstein, do canadense Gordon Wiseman: Perdida, uma comédia quântica. Ambas estão em cartaz no Teatro João Caetano (R. Borges Lagoa 650, próximo ao Metrô Santa Cruz - telefone (11) 5573-3774). Tem desconto para ambas, ao preço de R$ 8 cada. E para quem quer ler mais sobre Einstein, um site legal.
... e outro mete pau...
Infeliz foi o comentário do Rubens Ewald Filho, na narração do Oscar, no último domingo. Quem acompanhou (eu não pude assistir porque estava sem televisão no meu apê!) sabe que o filme O Pianista levou duas estatuetas (melhor diretor, para Roman Polansky, que é judeu, e melhor roteiro adaptado). Pois bem, Rubens disse que "como a maioria dos membros da academia é composta por judeus, não se deveria ficar surpreso por filmes de diretores judeus serem premiados". Infeliz e desnecessário...
Enfim, eu ainda não vi esse filme, mas estou querendo muito. O site já deixa com gosto na boca. Tem também o trailer e fotos das cenas do filme. A história, baseada em fatos reais, é a de Wladyslaw Szpilman, um pianista judeu polonês que escapa da deportação de sua família para um campo de concentração e consegue sobreviver confinado nas ruínas do gueto de Varsóvia.
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