26.1.04

Sofrut
Concentração, dedicação e temência a D-s. Em linhas gerais é disso que uma pessoa precisa, além de seis meses a um ano de estudos, para virar sofer stam, como o que eu entrevistei em Beitar Illit nos dois últimos dias. Com uma vantagem: ele é brasileiro, de Belém, e muito carismático e didático. Como qualquer profissional, tem que gostar do que faz -e Isaac Benzecry, esse é seu nome, gosta.

"Sofer" significa escriba. "Stam" é uma dessas abreviaturas difíceis de aprender no hebraico: refere-se a sefer Torá, tefilin e meguilá ou mezuzá, exatamente aquilo que o profissional de sofrut (escrita) redige.

Isso tudo eu aprendi com Benzecry e é o que vai rechear minha segunda matéria, para a Revista 18. O mais interessante não foi só ter acompanhado Benzecry, mas ter estado no lugar dele, tentando escrever nos pergaminhos e com a pena -conforme a tradição multimilenar- e costurando um sefer Torá nos seus rolos.

As fotos, no álbum, denunciam! Por alguns instantes, trocamos de profissão, já que temos tarefas tão parecidas: ele ia para trás do bloco e da caneta e eu, para a mesa com a pena e os pergaminhos.

A cada dia as descobertas que eu faço da minha própria religião me fascinam mais e mais.

Ah...
Coincidências não existem à toa. Elas estão lá para dizer alguma coisa, seja na exibição de um filme, seja num ônibus. O negócio é entender o recado. Ou querer entender...

Nenhum comentário: