Campanha eleitoral é tudo igual, só muda o idioma...!
Começou hoje aqui em Israel a campanha eleitoral para as eleições de 28 de janeiro, para primeiro-ministro e deputados. É tudo igual! Acusações (o Likud, do premiê Ariel Sharon, está envolvido em um escândalo de corrupção), candidato lendo o texto da fala (e provavelmente pensando que só ele sabe que está lendo!), comícios, discursos sonorizados por aplausos e a coisa toda. Só muda o fato de que tudo é em hebraico!!
E as eleições israelenses são algo confuso. O sistema é o "parlamentarismo judaico", como bem definiu o Nahum: é mais próximo do sistema da Inglaterra do que do Brasil, mas com um quê judaico...! Os eleitores, se votam (é, aqui o voto não é obrigatório, como em alguns paisinhos governados por presidentes de araque...), elegem o primeiro-ministro diretamente e a legenda que mais lhes agradam. A briga rola dentro dos partidos, pela conquista dos melhores "lugares" na relação de candidatos à Knesset, o Parlamento.
É a 16ª eleição para escolher os chavrei-Knesset (deputados) que vão compor o Parlamento israelense nos quatro anos seguintes, se tudo correr bem (não houver impedimentos, renúncias, eleições antecipadas etc)! Vinte e sete partidos concorrem com seus candidatos, que vão de árabes a judeus ortodoxos, passando por seculares de esquerda e direita.
Os principais nomes para chefe de governo são o Sharon, atual premiê, pelo Likud (centro-direita), e o Amram Mitzna, prefeito de Haifa, pelo Avodá (esquerda). Um deles vai seguir a linha dos onze ex-premiês do Estado de Israel. Aliás, curiosidade: não parece haver uma lógica nos anos de governo: Ben Gurion começou com seis anos no cargo, depois teve um mandato de oito. E houve premiês com um ano no poder...
Em resumo é isso, mas tem muito mais, como é de se esperar! Eu vou acompanhar e contar pra vocês como vai se desenrolando o assunto! No dia das eleições não estarei mais aqui, o que é uma pena. Mas até lá, vou contando! Uma coisa legal é a campanha que já vem sendo feita nas ruas. O Sharon adesivou ônibus e espalhou cartazes nas paradas com o slogan "O povo quer Sharon" (até fizeram uma brincadeira com a foto da Sharon Stone!). O Mitzna está mais modesto e colocou menos pôsteres e em alguns pontos apenas. Vai perder, mas não por isso. Em momentos de guerra, como a que se vive em Israel, o eleitorado fica com a direita, tradicionalmente. E, especialmente no Estado judeu, tradição é tradição!
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