O fazer blog
Permita-me, caro leitor, fazer um post metalingüístico! Quero escrever sobre como é escrever um blog. Tem gente que não sabe que fazer blog, o que muitos acham que é bobagem, requer tempo. Não apenas o tempo de sentar e espancar o teclado, produzindo posts que emocionam, fazem rir, dão o recado, mas o tempo de pensar neles.
Confesso, caro leitor, que tenho o vício de pensar no meu blog o dia todo. Cada situação que ocorre na minha vida, no trabalho, nos estudos, andando na rua, sentado no banheiro, tomando uma ducha, batendo um papo etc, eu enxergo com outros olhos: os olhos do blogueiro!
Ontem, por exemplo, limpando uma mesa onde duas judias ortodoxas conversavam, não pude deixar de prestar atenção no papo. Elas não sabiam que eu, por acaso, entendo espanhol como se fosse português. Eu não contei pra elas. E flagrei duas judias ortodoxas de peruca e vestido comprido contando das calcinhas que estavam usando...! Foi hilário.
Mais hilário, contudo, naquele mesmo momento, esfregando a mesa como se eu fosse uma mosquinha ouvindo um diálogo que não deveria ouvir, foi imaginar isso transformado no que eu acabei de escrever, nessas seis linhas aí! Tive que segurar para não rir, sério!
Fazer blog é delicioso. Mas o blog não é um espelho da alma, não! Tem gente que pensa que conto tudo aqui! Engano redondo... E, daí, quem lê o blog, o que escrevo, o que confesso (e confesso muita coisa por aqui), o que denuncio, o que conto, não necessariamente me conhece. Tá?
Bom, sete da manhã no Oriente Médio. Hora de sair para estudar.
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