
Quando o cineasta Jorge Furtado filmou O homem que copiava, ou quando fez o curta Ilha das Flores, sua crítica ia direto a essa velha senhora.
Colocar uma galinha no final do filme, fora de contexto, como se fosse o personagem principal da trama pareceu estranho para quem viu O homem... Mas Furtado explica bem a razão do que fez: "A inclusão da galinha é também uma crítica à mania que a imprensa tem de supervalorizar matérias com bicho (nos anos oitenta, era quase uma regra do Jornal Nacional terminar com matérias sobre bichos)."
No livro O povo fala, um cineasta na área de jornalismo da TV brasileira, João Batista de Andrade faz a mesma crítica. Ele menciona, a exemplo de Furtado, os editoriais do Jornal Nacional que "festejavam o dia em que nascia algum animal exótico no zoológico"...
Muito se fala com relação à inclusão digital. Pouco se diz, contudo, do perigo que está por trás de deixar o cidadão sem acesso livre à boa informação, da falta de democratização da informação, mesmo nos dias de hoje, melhor idade da velha senhora.
E é disso que se tratam as críticas dirigidas por exemplo ao apreentador Gugu Liberato, do SBT, que maquiou ou permitiu que maquiassem personagens para caber em entrevistas bombásticas...
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Esse é o início de um artigo que estou
escrevendo sobre o assunto. Aceito sugestões!
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