O valor da vida
Um dos princípios do judaísmo é a valorização da vida. A coisa é tão séria que é permitido até mesmo aos ortodoxos passar por cima de outras leis tidas como muito importantes, como o respeito ao Shabat ou o jejum em Yom Kipur, para salvar uma vida. É por isso, por exemplo, que em 1973, na guerra de Yom Kipur, os soldados israelenses deixaram as sinagogas para combater pelo país.
Bom, tudo isso pra contar uma notícia que está no Estadão de hoje: Israel e Hezbollah negociam troca de presos. Pode parecer apenas mais uma negociação diplomática, mas quem ler a notícia vai entender do que eu falo...
Israel está considerando libertar 400 presos árabes, entre eles 200 palestinos, em troca de: 1) libertação pelo Hezbollah do empresário israelense Elhanan Tannenbaum; 2) entrega dos corpos de três soldados desaparecidos depois de seqüestrados pelo mesmo Hezbollah; e 3) informações sobre o paradeiro do piloto Ron Arad, desaparecido no Líbano em 1986.
Para quem não pegou a mensagem: Israel vai colocar nas ruas 400 potenciais terroristas (se não fossem, não estariam na cadeia) apenas para ter a tranqüilidade de salvar uma vida e obter a informação sobre o paradeiro de outras quatro.
E depois dizem que Israel é opressora e tudo mais. Não é Israel que ata explosivos ao corpo de seus cidadãos e os mandam para se explodir matando o maior número possível de inocentes. Não é Israel que dá cheques de US$ 25 mil para as famílias dos suicidas terroristas, como recompensa e prêmio... Tem coisas que eu não entendo, mesmo.
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