29.8.03

De volta, mesmo
'Am Israel chai' -judeus de todo o mundo dançam juntosFiquei muito tempo sem escrever. Odeio quando isso acontece porque voltar é mais difícil. Especialmente numa semana que teve notícias tristes como a do terrível atentado terrorista (desculpem-me pelo pleonasmo) que matou mais de 20 em Jerusalém, ou a do outro atentado que matou o embaixador brasileiro da ONU em Bagdá, Sérgio Vieira de Mello...

Especialmente numa semana na qual eu pude conhecer gente de lugares tão próximos como o Rio, a Argentina e o Uruguai, e tão distantes como o Canadá, os EUA e os países da FSU (Former Soviet Union). E na qual eu pude perceber como, na verdade, todas aquelas 400 pessoas de diferentes origens, idiomas e hábitos, formam um só povo. A foto que saiu na JTA (boa, Marcus! Sou eu mesmo!) mostra bem isso: nem forró, nem salsa, nem foxtrote e nem dança folclórica russa -apenas um só ritmo, o da música judaica!

Especialmente em uma semana que me permitiu sentar diante do Ground Zero, o lugar onde há dois anos, apenas, ainda estavam as torres do World Trade Center, e ali, sozinho, debaixo de um sol escaldante, pensar sobre quanta intolerância há no mundo. Estive ali e também estive no topo do Empire State Building, olhando pra baixo e pensando no mesmo assunto. E também estive na sede da ONU, pensando sobre o mesmo tema...

Nesta semana, nestes dez dias, eu passeei por Nova York e me perdi pacas nas estações do subway, comi panquecas com maple syrup no McDonald's, me deslumbrei com a organização da capital do mundo, e até levei uma multa...! Também conheci uma garota da Rússia, Lyudmila... Ensinei a ela a palavra que o seu idioma não tem:
saudade.


Mas estou de volta, mesmo!

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