Zona Franca e pouco estomago
Free Zone foi o filme do Amos Gitai do qual eu mais gostei. Dos que eu vi foi o unico, alias. Quando o entrevistei, anos atras, disse a ele que o considerava um irresponsavel por gerar anti-semitismo por causa do estupro conjugal (como o Estadao escreveu, na epoca) de Kadosh. Free Zone volta a tematica rotineira de Israel e coloca Natalie Portman (judia e israelense, sabiam?) como observadora de um conflito que parece nunca ter fim.
Nao vou contar o filme. O enredo tem menos importancia do que o contexto em que vi o longa. Mais interessante que o filme em si foi ver os israelenses levantando e saindo da sala no meio da projecao - infelizmente, as pessoas aqui nao tem estomago para o assunto - talvez porque ele faz parte da vida de uma forma tao intensa e direta; talvez porque simplesmente qualquer tentativa de retrata-lo no cinema soe muito artificial.
Gitai acertou, finalmente. Vale a pena ver.
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