24.6.05

Mãe, esse bicho bobo!
Cena de ontem: a mãe, nova, não mais de 30 anos, sobe no ônibus com o carrinho da filha, novinha, alguns meses apenas. Pede ajuda (a minha ajuda) para segurar o carrinho enquanto vai até o motorista pagar a passagem. Volta, agradece. E passa a cuidar do movimento do carrinho em cada curva, em cada vez que o ônibus freia bruscamente, em cada aceleração exagerada.

Ela dá água para a bebê, que parecia ter sede. E aí, entre um e outro gole, agachada diante do carrinho e com os olhos brilhando com os olhos da criança, ela começa a beijar os pezinhos, a mão pequenininha, faz carinho no cabelo e no braço da menina, tão carente e tão entregue ao amor e aos cuidados da mãe. E a mãe deslumbrada, ainda. Ainda e sempre, para sempre.

Não tem nada como amor de mãe. Saudade da minha.

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