Sim, vivo
Quando você deixa de escrever e as pessoas reclamam, escrevem e até ligam, é bom sinal. Sinal, pelo menos, de que as pessoas lêem o que você escreve. E dia desses descobri novos leitores, na família! Gulp...!
A vida vai bem. Namorada por aqui, depois de oito meses longe. Estranho, até. Dá a sensação de que nos conhecemos no aeroporto, sexta-feira passada, e não três anos atrás. Estranho. Mas bom, muito bom!
Fora a namorada, estudo, estudo, estudo e insistir com a professora para não me baixar de sala. Ela quer, bate na tecla todo dia; eu sei que se baixar me desmotivo. Prometi me esforçar para acompanhar melhor a turma. Promessa difícil de cumprir!
E trabalho, quase nada. Deixei o Aroma de lado uns dias. Não dá para conciliar oito horas diárias de trabalho lá e o estudo que eu prometi para a professora. Impossível. Estou exausto e não é porque a namorada chegou!
Hoje estive em Gilo, bairro de Jerusalém com residências de luxo. Cercado por quase todos os lados por vilas árabes. Lá moram os donos do meu apê, um casal de velhinhos simpáticos. Fui pagar o aluguel, deixar os cheques até o final do ano.
No caminho, vi duas coisas que preferia saber que não existem, mas existem. Sou daqueles que não gostam de tapar o sol com a peneira. Numa placa trilíngüe de trânsito indicando direções, o árabe estava pichado e, por cima dele, a infeliz frase "morte aos árabes".
Menos fundamentalista e mais necessário e compreensível em dias de não-paz foi ver, mesmo assim triste e indignado, policiais de fronteira parando um micro-ônibus cheio de palestinos e revistando um por um. Será que vai chegar o dia em que não precisaremos mais disso tudo?
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