Acabou o Taka
E, no tekes de fim (israelense é chegado em uma cerimônia!), marcou a atitude da francesa religiosa de 19 anos que, durante os cinco meses de curso, me detonou por eu ser azul e "querer entregar Gaza para os terroristas". Ela tirou do pulso uma pulseira de pedrinhas e me deu, dizendo: "para você me devolver na próxima vez em que nos encontrarmos, para que tenha uma próxima vez".
É dessas pequenas coisas que o bonito da vida é feito. Fiquei emocionado, sem exagero. E, como um bobo de 26 anos, procurei alguma coisa para dar a ela, em troca. Não achei, mas dei a promessa de que sim haverá próxima vez e de que na próxima, levo alguma coisa minha para que tenha mais uma! E nos despedimos, entre sorrisos tímidos e o constragimento de não poder matar a timidez com um abraço, porque ela é religiosa.
E acabou o Taka, cinco meses depois. Fotos, sorrisos, declarações de agradecimento aos professores e à equipe que, nem tinha noção, é bem maior do que imaginava. Acabou a segunda fase da aliá - e com ela, a sensação de tristeza por estar deixando mais uma etapa. E a esperança de que as pessoas - como a francesa, os russos, os latinos e todos que passaram como eu por essa atribulada fase - fiquem em contato. Com ou sem pulseira, porque tem uma coisa bem mais significativa entre nós...
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