Há um ano
O ano passado foi para mim o de mais experiências, vivências e emoções. E tudo certamente começou mais ou menos nesta época, quando eu estava planejando minha ida para Israel. A viagem mudou algumas vezes de configuração. Eu ia inicialmente participar da Marcha da Vida, que começa em Yom Hashoá (dia do Holocausto) na Polônia, percorre campos de concentração, e vai para Israel em meio às festas de Yom Haatzmaut (dia da Independência). A viagem acabou cancelada, por falta de quórum no meio da segunda Intifada.
A segunda alternativa foi a de participar de um programa que Israel estava oferecendo para jovens judeus de todo o mundo exatamente por conta da situação nada boa por lá (especialmente na economia etc). Eu coloquei, então, um banner na Aleinu, para ajudar a atrair interessados e acabei me tornando um. Não só "um", mas o primeiro, como o Estadão, há exatamente um ano, noticiou. Essa era a idéia e eu participaria dos esforços da Maguen David Adom (Estrela de David Vermelha, o equivalente em Israel da Cruz Vermelha).
Uma terceira mudança acabou se tornando a definitiva: eu iria a Israel para passar três meses (isso acabou mudando de novo, para seis, quando eu já estava lá!), estudar hebraico em um ulpan (curso in loco do idioma) e trabalhar como voluntário em um kibutz, que acabou sendo definido como o En Dor, ao norte do país, perto da cidade de Afula. E assim foi. Dez dias depois da publicação da matéria no Estadão e na manhã seguinte do maior ato pela paz ocorrido em São Paulo -que eu ajudei a organizar e que reuniu 10 mil pessoas vestidas de branco-, eu embarcava rumo a Tel Aviv, com escala em Zurique.
Começariam, então, os melhores dias da minha vida, os mais intensos, os de maiores emoções e descobertas etc etc etc. Eu fiz um "diário" (entre aspas porque não escrevia todos os dias, afinal tinha uma vida para viver!) contando, com a ajuda das mais de duas mil fotos que fiz nos seis meses, cada momento que passei na terrinha. Então, assim como fazem os jornais, vou contando de vez em quando alguns lances dessa viagem, um ano depois. Não posso deixar de contar que eu morro de saudades de Israel, das pessoas que lá conheci, dos lugares a que fui, do trabalho (nos jardins!) que eu tinha no kibutz, do ulpan, de tudo. Só vivendo, estando lá para saber. Vou contando...!
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