31.10.02

Caso de polícia
Falei há pouco que a polícia brasileira me assusta, me ameaça. É verdade. Eu explico: quando estive em Israel, passei por uma situação bastante embaraçosa. Peguei carona no kibutz onde estava, En Dor, a caminho de Afula, a cidade mais próxima, de onde pegaria uma condução para Tel Aviv e, de lá, para Jerusalém, onde ia finalmente passar o feriado de Yom Kipur. Bom, por azar, acabei sendo deixado nove quilômetros antes do meu primeiro destino.

Estava ligando para chamar um táxi que me tiraria do meio da estrada quando dois policiais israelenses pararam, sem que eu notasse, desceram da viatura apontando armas para mim e, então, me pediram documentos e explicações. Tenho certeza de que se fosse no Brasil, eles teriam atirado antes. E depois, perguntado... O desfecho é ainda mais "raro": me deram carona para o local onde eu precisava ir.

Dia desses eu estava zapeando na TV e assisti, acho que na Gazeta, a cenas terríveis: policiais militares agredindo torcedores em um estádio de futebol, acuando as torcidas a ponto de fazer ceder um muro de proteção e provocar a queda de dezenas de pessoas. Dantesco! Animal! Está certo que essas torcidas são verdadeiras escolas de crime... Vão para os jogos para badernar em vez de torcer. Mas não é essa a atitude que se espera de uma polícia pró-ativa, eficaz. Isso é atitude de ladrão!

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