8.6.04

Vinte e seis
Moro num prédio que fica na rota de descida dos aviões que chegam ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo. É nosso aeroporto doméstico. Sempre que vejo os aviões chegando, de costas para a minha janela, luzes piscando e trens de pouso abaixados, imagino as histórias que eles trazem. Gente que chega, talvez do Rio, talvez de Curitiba, de Brasília, de Porto Alegre, Recife, Florianópolis...

E fico imaginando no avião que, daqui a vinte e seis dias, vai me levar e levar as minhas histórias para Israel, para aquele aeroporto que pouca gente sabe que fica em Lod, e não em Tel Aviv, para o Aeroporto Ben Gurion, primeira lembrança que tenho daquele abril de 2002, dia quente, ensolarado, e as palmeiras ao redor das pistas dando as boas vindas...

Vinte e seis dias é muito pouco tempo.

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